"Outrora fomos uma potência mundial, um país que tomou a iniciativa e o rumo do seu destino nas Suas mãos.
Temos um legado e uma tradição de empreendedores a preservar. No passado descobrimos o mundo, contra todas as adversidades.
Hoje, em Portugal, estamos sempre à espera de que venha alguém superior (chefe, politico) com as directrizes ou um plano de actuação que tenhamos de seguir.
Não se toma a iniciativa, o espírito empreendedor e a tomada de riscos não são incentivados nas universidades, escolas e em grande parte das empresas. Tem tudo a ver, na minha opinião, com a qualidade de líderes que estamos a formar na nossa sociedade.
Um verdadeiro líder pode não ter a autoridade formal para recompensar ou punir boas/más prestações, mas as pessoas que o rodeiam reconhecem nele uma verdadeira autoridade ao satisfazer os seus pedidos, ou seja, se devidamente motivados os colaboradores tomam a iniciativa sem que seja necessário andar a puxar pelos galões.
Nas organizações inovadoras e modernas, as pessoas - que são o motor do desenvolvimento das empresas - assumem a autoridade apenas e só através do sucesso alcançado em anteriores iniciativas.
A questão vital nesta nova teoria de gestão é a de que os colaboradores seguem um líder porque é essa a sua livre vontade e não porque o têm de fazer.
É essa a motivação que os faz ir para além do trabalho necessário e esperado, ou seja, o de ir sempre um pouco mais além daquilo que lhes é exigido e que acaba por fazer a diferença, com entusiasmo, motivação e paixão.
O Marechal da Prússia Helmuth von Moltke (1800 - 1891) estabeleceu a elaboração de directrizes aos seus oficiais em vez de ordens.
Moltke pretendeu desenvolver o empreendedorismo nas suas fileiras ao motivar os oficiais prussianos a tomas decisões por iniciativa própria.
Os grandes empreendedores criam uma cultura empresarial na qual a sua visão e valores são vividos por colaboradores que pensam de uma forma independente.
Hans Hinterhuber e Wolfgang Popp elaboraram para a HBR um artigo em que, partindo da análise de Moltke, sugeriram que os empreendedores e gestores, à semelhança de atletas de alta competição (exemplos: Michael Schumacher ou Tiger Woods) para se tornarem campeões necessitam de muito treino e trabalho contínuo, com a finalidade de desenvolverem competências pessoais a fim de melhorarem as Suas aptidões naturais. Hinterhuber e Popp criaram um questionário que pode ajudar um gestor a medir a Sua competência de liderança e gestão estratégica.
Aqui estão descriminadas as questões que servirão de base para uma análise introspectiva de cada um de nós.:
1. Tem uma visão empreendedora sobre o futuro da Sua empresa/departamento?
2. Está consciente da filosofia da empresa e do papel que desempenha nela?
3. Sente que os seus produtos, serviços ou marca oferecem ao seu cliente um claro benefício e à sua empresa uma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes?
4. As pessoas que dependem de si hierarquicamente agem de uma forma independente e de acordo com os objectivos da empresa, sem uma dose exagerada de supervisão da Sua parte?
5. O seu departamento/empresa reflecte a Sua própria visão?
6. Envolve os Seus subordinados no planeamento estratégico?
7. Os valores corporativos da sua empresa/departamento estão alinhados com esse planeamento estratégico?
8. Observa atentamente os seus concorrentes de mercado e tenta aprender algo de novo com eles?
9. É da opinião de que o seu sucesso se deve ao seu trabalho árduo e não à sorte?
10. Está a tentar deixar o mundo num local melhor do que aquele que é no presente?
Henrique Plöger Abreu"
* publicado originalmente no blog do Fórum de Reflexão Económica e Social
junho 21, 2006
junho 06, 2006
A lógica é-nos familiar
"Já acabei de ler o «Persuacção» (só agora tive descanso dos estudos).
Gostei bastante! Para mim, valeu pela sistematização de algo que me era algo familiar, mas perfeitamente abstracto. Por exemplo, a aplicação da lógica sempre me foi familiar, mas nunca a «analisei» formalmente...
MN"
Tiveste a mesma sensação a ler o «Persuacção» que eu tive a escrevê-lo: são conceitos com que estamos familiarizados mas ao mesmo tempo nunca os sistematizámos...
Gostei bastante! Para mim, valeu pela sistematização de algo que me era algo familiar, mas perfeitamente abstracto. Por exemplo, a aplicação da lógica sempre me foi familiar, mas nunca a «analisei» formalmente...
MN"
Tiveste a mesma sensação a ler o «Persuacção» que eu tive a escrevê-lo: são conceitos com que estamos familiarizados mas ao mesmo tempo nunca os sistematizámos...
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