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abril 27, 2014
«Grândola, Vila Morena! Meu sinal de alerta» - Mamãe Coruja
Grândola, Vila Morena!
Meu sinal de alerta.
Armem-se todos de cravos:
Enfim, a Liberdade desperta.
Grândola, Vila Morena!
Sabem aqueles que vêm à luta,
Ancestrais foram contidos,
Servindo aos luxos. Plena labuta.
Grândola, Vila Morena!
Nunca mais serás proibida
Hoje e sempre na lembrança,
Da História não ficarás esquecida.
Da ditadura fascista,
Das guerras com irmãos, tantos anos.
Não queríamos fogo nas armas...
Só cravos e amor, cantamos.
Com cravos vermelhos, quisera,
Estar à tua espera, Soares.
E que por toda Lisboa querida:
Grândola, Vila Morena, entoassem.
(Criado, agora, com carinho da Mamãe Coruja)
Blog Chama a Mamãe
Etiquetas:
efemérides/poemas,
luta popular,
poema,
Revoluções,
Sociedade,
valores
abril 25, 2014
25 de Abril, sempre!
Aqui vos deixo o meu poema para este Abril, com estes cravos
não
era nada, quase nada, e era Abril
não era nada
quase nada
e era Abril
flor sem tempo entretanto mais
urgente
invadindo-nos a alma de
repente
amorosa
airosa
mas febril
era um cravo ardente e a arma
em punho
era um olhar furtivo e tão
contido
a surgir na madrugada
destemido
era a nossa mão erguida em
testemunho
era um ser sem ser que a
pátria era
era um ser sem querer de
estar à espera
era um andar pelas ruas
clandestino
e era de homem o olhar – de
alma o menino
e houve um santo e uma senha
na alvorada
a erguerem-se numa só
feitas
à estrada
as vontades de ser livre e
ser inteiro
a rasgarem entre o denso
nevoeiro
o alvor
a alegria
a liberdade
e mostraram ao país outra
verdade
não era nada
quase nada
e era Abril
e esse cravo no cano de uma
espingarda
era a voz que gritava em
vozes mil
deste povo que envergando a
verde farda
soube dar novas cores ao mês
de Abril.
- Jorge Castro
abril 25, 2013
sempre que o homem quiser
estar em Abril é assim...
estar em Abril é assim
estar em Abril é assim
uma vontade de ser
de criar e de crescer
num tempo que é de outro modo
o tempo de criar pão
e saber ser mundo todo
sempre ao alcance da mão
estar em Abril é assim
um olhar de frente a vida
por mais que alguém o desdiga
e um desdenhar da sorte
quando se dá a passada
naquela dura jornada
em que a vida perde o norte
estar em Abril acontece
quando dentro de alguém cresce
um grito cru de esperança
e na espuma do medo
num velho muro se escreve
um poema - um cravo breve
verde e rubro de mudança
estar em Abril é bandeira
que se hasteia numa praça
quando vem lá outro alguém
que é alguém de outra maneira
e na orla da desgraça
canta contigo também
canções no vento que passa
estar em Abril é assim
sentir-te perto de mim
quando a mágoa nos afasta.
- Jorge Castro
25 de Abril de 2013
fevereiro 15, 2013
tomar por tomar - venha o Diabo escolher...
- porque o Francisco José Viegas achou por bem dar uma de vernácula cidadania…
se por lhana facturinha
vem o fisco pressuroso
digamos asinha-asinha
presumir que és manhoso
não fica mal ao Francisco
tratando o fisco por tu
dizer – e aqui eu arrisco –
«– ó fisco vai tomar no cu!»
o Francisco garganeiro
que sabe de tanto aperto
foi-se ao governo certeiro
por ser parvo ou ser esperto?
afinal porque o tomar
tal qual se passa em Abrantes
anda a dar-me que pensar
que estamos como era d’antes
mas muito mais cuidadosos
por demais p’ra quem precisa
furam-nos bolsos furiosos
mas usam sempre camisa
se o Francisco tal diz
entre o levar e o apanhar
acha melhor mais feliz
aconselhar o tomar
será enfim às colheres
à pazada à cachaporra
mas tomar quanto quiseres
dar no fisco até que morra
valha exemplo de maiores
contra os canhões da desgraça
sabem mais são sabedores
e sabem que o Passos passa
o pior é que em passando
o Passos passa e lá vem
atrás do Passos andando
outro a lixar-nos também
a lixar-nos e tomando
mesmo naquilo que é seu
quem sabe lá vão gostando
e quem se trama sou eu
pergunto ao Passos que passa
o que sabe ele e não diz
e o Passos faça o que faça
faz de conta que não quis
triste sina má desgraça
que assim vai no meu país
pergunta ao vento que passa
talvez ele saiba o que diz…
Etiquetas:
efemérides/poemas,
opinião,
pensamento crítico
abril 25, 2011
Mais Abril!
Mais Abril, sim, de referências. Abril desse orgulho de se tomar em nossas mãos o destino, hasteando bandeiras de Liberdade - essa mesma, a que se escreve com maiúscula, no tempo e no modo!
- ... Era a manhã imatura de neblinas de 25 de Abril de 1974. Nas mãos trementes, uma máquina fotográfica Voightlander, com filme de 36 fotografias, a preto e branco; mas no coração ganhava alento uma aventura de mil arco íris. Com 25 de Abril, sempre!
quando Abril chega mais perto
cansa o viver de joelhos
neste tempo sempre incerto
de secar cravos vermelhos
no presente enclausurado
sem golpe de asa que o fira
vive um povo amortalhado
nos pântanos da mentira
na tristeza triste infinda
do país onde me perco
quantos se lembram ainda
da flor nascida no esterco?
a nossa raiz de esperança
que em tempos de solidão
na noite mais triste lança
a sua voz que diz NÃO!
não ao inglório viver
não ao pasmo não à fome
não a um futuro sem ser
não a um povo sem nome
triste foi Pedro soldado
sem barcos e já sem guerra
desfeito o nome bordado
mas dando o seu nome à terra
terra de uma flor ridente
das portas que Abril abriu
soldado poeta gente
flor de mãos que aí floriu
erguida por mãos libertas
noutro sonho noutro dia
tantas novas descobertas
de outra cor de outra harmonia
e lá vem sempre outro Abril
um combate outra vontade
outra cor no céu de anil
que anuncia a liberdade
por Abril por mim por ti
Abril maior mundo afora
e ser português aqui
por ser português agora!
- Fotografia e poema de Jorge Castro
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