novembro 14, 2008

Deixa cá ver se isto pega...

Aprendi no liceu (sim, sim, já não se usa) que as árvores durante o dia libertam oxigénio e à noite libertam dióxido de carbono.
Ou seja, como diria o já saudoso George Bush, as árvores são boas de dia mas más à noite.
Logo, por que não se cortam todas as árvores ao fim do dia e não são replantadas de manhã?

Não sei se esta ideia pega, mas já houve algo parecido que pegou mesmo:
Benjamin Franklin (1706-1790) escreveu um artigo humorístico para o «Journal de Paris em 26 de Abril de 1784 (quando já tinha 78 anos) com o título «Um projecto económico». Franklin queixa-se de os parisienses se levantarem tarde, já pelo meio dia. Ironicamente, assegura aos leitores que o Sol se levanta muito mais cedo, diz tê-lo visto com os seus próprios olhos... Sugere que a hora mude e que no Verão a vida comece 60 minutos mais cedo. Faz algumas contas e diz que Paris poderá assim poupar anualmente 32 mil toneladas de cera de vela.

Mais sobre a mudança de hora aqui.

Troféus Ovos de Ouro


São tantos os candidatos na área da Educação que tenho de fazer uma selecção dos mais fresquinhos (não quero problemas com a ASAE).
Estes troféus não são atribuídos e sim atirados... mas devagarinho, para o colo do Ministério da Educação.


Ovo "uau!"


Maria de Lurdes Rodrigues ontem - "Uma parte da burocratização [do trabalho dos professores] pode ter sido induzida pelo Ministério"




Ovo de Economia Doméstica

para José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues, ex-aequo

Professora - É preciso comprarmos folhas de papel e tinteiros para a impressora.
Marido de professora - Mas ainda há pouco tempo comprei. Gastamos tanto dinheiro com coisas que deveria ser a escola a suportar...
Professora - Deixa estar. O que gastamos nisto, poupamos por não podermos sair de casa à noite, durante a semana, nem nos fins de semana, por eu ter de trabalhar para as papeladas da escola, para contactar os meus colegas para esclarecer pontos em que eles estão tão confusos como eu e para preparar as minhas aulas. Ah! E não vás trabalhar para o nosso computador que vou precisar de digitalizar documentos para a escola.


Ovo "OTL"

Pai de estudante do secundário - O teu professor de Geometria Descritiva já entregou o teste?
Estudante do secundário - Não, pai. Ele faltou nas duas últimas aulas. E os professores de substituição não entregam o teste, claro.
Pai de estudante do secundário - Então que têm feito nas aulas da substituição?
Estudante do secundário - O jogo da forca, por equipas.

novembro 13, 2008

Que raio de pedido de desculpas!

"Peço desculpa aos senhores professores por ter provocado tanta desmotivação, mas é do interesse dos pais, alunos e escolas"
Maria de Lurdes Rodrigues, ontem, na Assembleia da República

Tal como eu, por vezes as minhas filhas fazem disparates.
E elas sabem que, se há coisa que me revolta, é quando elas pedem desculpa com uma entoação que dá a entender que é um frete o que estão a dizer.
E, mais ainda, quando após o pedido de desculpas ainda pioram mais as coisas colocando os pais no papel de maus da fita.
Maria de Lurdes Rodrigues, ontem, para pedir desculpas aos professores da forma como o fez, mais valia ter estado calada. Ou ela acha que os professores não têm autoridade moral para contestarem as políticas do ministério da Educação?!
É do interesse dos pais e dos alunos que os professores não tenham tempo para preparar aulas?!
É do interesse das escolas chular (a palavra mais adequada que encontro é esta) os professores, roubando-lhes (sim, é isso mesmo) tempo da sua vida pessoal e familiar?! Ou que nome se pode chamar a alegar que "tempo de reuniões não conta para o horário de trabalho"?! E continuando a "assobiar para o ar" para a falta de meios nas escolas que obrigam os professores a comprar as ferramentas e os consumíveis de que necessitam para trabalhar?!
Quando digo isto, levo muita porrada de colegas e amigos que não são professores nem estão casados com um exemplar desses, como eu. Mas em geral ficam calados quando lhes pergunto como seria se, nas empresas ou instituições onde trabalham, tivessem que comprar um computador portátil e andar com ele entre a casa e o trabalho porque o patrão só disponibilizava um computador cheio de vírus para mais de uma centena de trabalhadores... e tivessem que produzir e imprimir em casa (à noite e aos fins de semana) a documentação que produzissem para a organização, pagando tudo isso (tempo e dinheiro) dos seus orçamentos familiares. Devia ser bonito, devia...

novembro 01, 2008

Mensagem nunca fora de horas

"Meu caro, sabes bem que estou solidário contigo no combate contra esta aberração de natureza. Claro que entendo o teu colega quando diz que só assina para a próxima. Era o que mais faltava raparem-nos agora mais uma horita de sono, neste tempo de crise instalada. Ainda que receie que se o Sócrates fizer as contas, venha a eliminar a mudança da hora desde que algum assessor lhe assegure que o rapinanço representará 0,0001% no cômputo do défice...
O que eu te posso assegurar, pela minha parte, é que a alvorada, cá por casa, se está a fazer às seis da manhã, acompanhando o nosso bio-ritmo, que o pobre (do bio-ritmo, entenda-se) já não está em idade de fazer adaptações tão violentas de seis em seis meses.
E assim me é sonegado, de uma forma ou de outra, o dia de 24 horas. Para nós passaram a ter 25 horas.
À meia-noite ainda só tenho o sono das 23 horas, mas acordo às seis porque o meu corpo me informa de que já são sete. É uma confusão do caraças!
Um abraço, sem horas.
OrCa"