outubro 29, 2005

Missão cumprida

Na tarde de sexta-feira, 28, tive a oportunidade de apresentar aos colegas presentes no 1º Congresso dos Economistas o que penso sobre a lacuna da argumentação na formação dos gestores em Portugal.
Para quem entender útil, deixo aqui disponível a apresentação em Power Point.
Comecei por dizer algo como isto (enquanto apresentava a primeira imagem, com a capa do livro «Persuacção»):
"Peço-lhes que imaginem, por absurdo, que eu aproveitaria o facto de ser neste momento a pessoa que está mais alto nesta sala e com um microfone ligado para dizer «colegas, têm que comprar este livro». Muito provavelmente seria mal interpretado e a minha atitude não seria compreendida. Mas se tentasse explicar que a minha comunicação é uma síntese do conteúdo deste livro, que está disponível para quem quiser aprofundar este tema, decerto os colegas já aceitariam esta explicação. Saindo da imaginação, o que constatamos na realidade é que, nas organizações, muito frequentemente o argumento da força se sobrepõe à força dos argumentos (...)".
Notei que, não sendo a argumentação um tema assumido pela classe, não deixa de ser sintomático que muitos colegas tenham abordado, nas suas comunicações, assuntos que necessitam, de uma forma ou de outra, de competências em argumentação. Alguns exemplos:

Competitividade
Carlos Ricardo - «Comunicação organizacional e gestão de recursos humanos» - alertou para a relevância das estratégias de comunicação dentro das empresas;
Rui Saraiva - «Gestão e Portugal - propostas para uma 'união de facto'» - propôs aumentar a transparência nas decisões;

Modelo de desenvolvimento económico
Mário Baptista - (comunicação não distribuída) - destacou a importância da gestão participativa por objectivos;

ConferênciaVítor Constâncio (keynote speaker) - citou Myrdal, que alerta para a "necessidade de explicitação de valores".

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