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novembro 07, 2014

(i)reflexão para o f-d-s:

Ouvindo tantos comentários televisivamente angustiados quanto ao surgimento e crescimento inusitado do novo partido, em Espanha, o PODEMOS, depara-se-me uma dúvida metódica: 

- Cá pelo burgo, com a treta dos partidos que temos, não poderia surgir um zingarelho do mesmo tipo?... 

Nem que se chamasse NÃO PODEMOS... talvez com esta denominação mais afeiçoada ao nosso tão constante estar, assim a modos como quem quer e não pode...


julho 17, 2014

O acordo plural – serviço público

É nisto que dá o facto – temível! – de grande parte da nossa abordagem à cultura ocorrer através da televisão, com ou sem cabo, quando, tantas e tantas vezes, o único cabo de que aqui se poderá falar é o cabo de esquadra…

Já agora e para quem não saiba, esta expressão «de cabo de esquadra» provém de um tempo, não muito remoto, em que o cabo de qualquer esquadra, como o elemento menos graduado que era, não primar pelos seus conhecimentos académicos; saber ler e escrever lhe bastava para o desempenho da função, pelo que a expressão, que ainda hoje muito se utiliza, provenha também dos disparates proferidos por quem, tendo autoridade, não tinha, entretanto, sapiência em adequada conformidade, fenómeno que, aliás, volta a registar-se com profusão.

Isto tudo porque não há reunião de amigos, profissional ou outra, programa de rádio ou de televisão onde, proferido até por gente de onde tanto abismo não se esperaria, o termo «acordo» no seu plural não seja pronunciado «acórdos»… No mínimo, pressente-se alguma hesitação, um ah-ah-ah… constrangido, mas lá se soltam os «acórdos», expelidos sem apelo mas muito agravo, permanecendo no ar um certo cheiro a enxofre e a animal morto.

Por mim, um pouco cioso e zeloso destas coisas ligadas à nossa querida Língua Portuguesa, encetei de há longos anos uma campanha em favor dos acordos, mas com a sua identidade própria, isto é, pronunciados «acôrdos». É pois nesta cruzada que volto à baila, respigando como auxiliares, mais duas dicas que apurei na net. Vejam lá:

Instituto Superior de Educação http://linguamodadoisec.blogspot.pt/2010/08/qual-o-plural-de-acordo-acordos-ou.html:
30 Agosto 2010
Qual o plural de acordo? Ac[ô]rdos ou Ac[ó]rdos?
O plural de acordo é ac[ô]rdos – com ô fechado.
E porquê?
Porque esta é uma palavra formada por derivação regressiva a partir do verbo acordar, cuja vogal o se pronuncia /u/.
Quando se formou a palavra acordo (já no século XIV), o som da vogal o passou a /ô/, por ter a vogal passado a pertencer à sílaba tónica. No plural, naturalmente, a vogal mantém-se fechada (/ô/): ac[ô]rdos.
A regra mantém-se, por conseguinte, para outras palavras: a vogal o da sílaba tónica das palavras terminadas em o formadas por derivação regressiva de outras cujo radical tinha esse som fechado pronuncia-se /ô/ e, como regra geral, mantém essa pronúncia no plural: adorno, adornos (de adornar), consolo, consolos (de consolar), encosto, encostos (de encostar), acordo, acordos (de acordar)!

Também no Ciberdúvidas da Língua Portuguesa (http://ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=777)pode ler-se e confirmar-se:

/Acôrdo/, /acôrdos/
[Pergunta] Somos frequentemente confrontados, sobretudo nos noticiários televisivos e radiofónicos, com diferentes pronúncias do plural das palavras acordo (acôrdos; acórdos) e molho (môlhos; mólhos). Qual a «opção» correcta?
Paulo Luís de Castro :: :: Portugal
[Resposta] O plural de acordo (côr) é acordos (côr).
Em molho, temos duas palavras:
a) Molho (/môlhu/) a significar aquele líquido que se põe nas iguarias para lhes dar determinado sabor. O plural é /môlhos/.
b) Molho (mó) significando braçado, paveia: um molho de palha. O plural é /mólhos/.
José Neves Henriques :: 01/05/1997

Claro que ninguém pronuncia (ainda) «consólos» ou «encóstos» ou «adórnos», assim a modos como quem pronuncia «córnos»… mas, por razões que a razão e o saber desconhecem, o que há mais é opinadores a proferirem desbocadamente os malfadados «acórdos».

Se calhar, é por isso que a grande maioria dos «acórdos» não passa de letra morta…

agosto 30, 2011

"Estou cinco anos numa universidade e nunca ninguém me ensinou a vender o meu produto"

E esta nunca me ocorreria: "É preciso bater punho"...
Como diz o Pedro Laranjeira, isto vale mais do que seis meses na Universidade.





O Charlie esclarece:
"O rapaz tem razão, mas não toda. O Mundo é dominado pelos dominadores dos interesses. De que servio a inúmeros produtores de fruta (por exemplo) da região Oeste terem criada a sua marca regional de qualidade, com investimentos em maquinaria de selecção e calibragem, armazenamento a frio se depois de forma perversa o mercado é dominado pelos tubarões da distribuição que impõem preços impraticáveis e ruinosos à produção? De tal sorte é criminosa a prática de domínio de mercado que uma das empresas comprava toda a produção de maçã seleccionada para depois misturar novamente e apresentar assim ao público, não a verdade, mas sim o que lhe interessava: a fruta portuguesa pode ser melhor mas tem má apresentação e o preço tem de ser baixo. Teria sido importante talvez, nesse sector, o surgimento não de um vendedor (porque a fruta está sempre vendida) mas alguém capaz de pôr travão a estes desmandos e práticas, a raiar sempre a ilegalidade e a nadar em pleno na imoralidade. As boas ideias têm sempre mercado, a inovação é apelativa. No entanto, também aqui, há boas ideias aceites e guardadas à espera do momento que os donos do mundo acham mais conveniente. Quando há três anos o mercado dos televisores se viu subitamente agitado pelo surgimento dos 3D, três dimensões mas com óculos, ninguém ou pouca gente sabia que toda a tecnologia para se ver imagens tridimensionais estava pronta a sair. No entanto, dada a novidade e o desconhecimento generalizado, foi um belíssimo negócio vender televisores e depois os óculos pelo preço de quase outro televisor. Como se vê, nem sempre uma boa ideia faz de imediato um bom negócio e muitas vezes só muito mais tarde alguém tira todo o partido dela e quase nunca o inventor. Neste particular, daqui a algum tempo irá rebentar a "novidade" TV 3D sem necessidade de óculos.
No sector automóvel, desde muito cedo apareceram ideias inovadoras para baixar o consumo dos motores e mesmo alternativas aos subprodutos do crude. Mas não interessavam a uma economia que apostava não na redução mas no aumento do consumo. Para se vender uma boa ideia é preciso agarrá-la bem para que ninguém no-la tire. Vendê-la aos sete ventos, divulgá-la, insistir e esperar ter a sorte de haver alguma brecha livre por onde germine em direcção ao sol; ou seja, vendê-la com os proveitosos retornos que permitam o crescimento do dono da ideia."

agosto 04, 2011

«Análise de investimentos, racionalidade económica e processo de decisão empresarial» - António Ricciulli e António Martins


Recentemente, o meu colega e amigo António Ricciulli teve publicado pela Universidade de Coimbra, como separata do Boletim de Ciências Económicas - 2011, um pequeno (42 páginas) grande trabalho em parceria com António Martins (professor da FEUC) sobre a forma como são tomadas as decisões nas organizações.
É gratificante verificar que há muitos pontos de confluência deste estudo com o meu livro «Persuacção». Por exemplo, quando citam H. Mintzberg ao observar que "os gestores seniores recorrem à persuasão, à negociação e ao estabelecimento de alianças que facilitam a passagem das decisões que eles próprios pretendem tomar".
Referem o uso da intuição, tantas vezes usada e raras vezes identificada nos estudos desta área.
Transcrevem uma constatação de um executivo observada por S. P. Robbins e que eu traduzo o melhor que posso: "Por vezes, para tornar aceitável ou agradável uma decisão instintiva, temos que a camuflar com «roupas de dados», mas esta afinação é usualmente feita após a tomada de decisão". É o que eu costumo dizer, usando a imagem de "atirar uma seta primeiro e depois pintar o alvo à volta do sítio onde se acertou".
A fundamentação das decisões é usualmente feita com base quase exclusiva em argumentos económicos, racionais e intuitivos. O Ricciulli e o António Martins acrescentam argumentos não puramente económicos, argumentos relacionados com os jogos de poder e argumentos resultantes da intuição do decisor.
Confluem de novo com o tema do meu livro «Persuacção» quando alertam para as "inúmeras limitações de funcionamento" da lógica racional, de que resulta a "impossibilidade de dissociar emocionalidade e racionalidade em decisores sensatos, prevendo-se a presença de ambas com prevalências variáveis".
Depois de uma abordagem à técnicas de análise de projectos, o Ricciulli e o António Martins regressam às emoções e à racionalidade nas decisões. Utilizam as descobertas de A. Damásio no âmbito da neurologia para fundamentarem as limitações da racionalidade e as deficiências nas estratégias de raciocínio. Identificam as armadilhas habituais nas decisões tomadas individualmente e abordam também as decisões em grupo. Com uma conclusão que só será surpreendente para quem nunca tenha estado neste «mundo dos decisores»: "foi possível observar que os executivos não eram desprovidos de sentimentos e emoções, embora 84% deles achasse que seria imaturo deixar transparecer tais comportamentos durante as reuniões com a finalidade de tomar decisões". Por isso, "estes decisores (são) compelidos a esconder os seus sentimentos e emoções, disfarçando-os de problemas técnicos ou intelectuais, ou criando barreiras organizacionais defensivas, recusando-se a discutir ideias que de alguma forma pudessem expor o seu estado de espírito".
Os decisores devem saber usar a intuição e a emoção nos seus raciocínios. E citam J. F. Amaral: "Será sempre racional, ser racional?"
E regressam aos estudos de A. Damásio para abordarem a memória de emoções e de sentimentos do decisor, que é parte integrante do mecanismo de decisão.


Neste gráfico, apresentam as duas vias do processo de decisão:
A) via racional;
B) via emocional.

E concluem que, como defende C. Anderson, só o "conjunto do armamento emocional" permite aos indivíduos aperceberem-se que estão perante uma situação em que se lhes exige uma decisão.
Bem hajas, Ricciulli, pela aula e pela dedicatória.

maio 06, 2011

A minha primeira experiência prática de democracia

Foi em 1975, no Liceu da Covilhã. O professor de Educação Física não veio nesse dia e, como estávamos já todos equipados com fatos de ginástica, decidimos aproveitar o tempo para fazermos um jogo de futebol. Houve um colega que quis ir para guarda-redes mas nenhum outro se ofereceu para a outra baliza.
Alguém teve uma ideia genial:
- Fazemos uma votação.
Ninguém se opôs nem apresentou alternativas, pelo que ele continuou:
- Quem vota no Paulo Moura para guarda-redes?
Todos levantaram a mão... e eu também, mas para lhes  fazer um manguito... e fui para o balneário mudar de roupa.

dezembro 26, 2009

Persuasão dos mendigos

Quem, como eu, já tocou viola (com o meu parceiro Mário Rui na gaita de beiços) em tantas ruas, estações de caminhos de ferro, túneis de metro em Coimbra e por essa Europa fora... ainda dá mais valor à estratégia do mendigo da direita.

março 19, 2006

Organogramas, hierarquias e linhas da frente

Na sua crónica «À Luz do Dia» de ontem, na revista «Xis» do jornal «Público», Laurinda Alves escreveu que "felizmente não existe na XIS uma hierarquia em forma de pirâmide mas uma linha da frente onde cabemos todos e onde todos avançamos ao mesmo ritmo. Um ritmo muito contagiante, devo dizer."No meu livro «Persuacção - o que não se aprende nos cursos de gestão», defendo esse mesmo princípio e proponho que o organograma seja visto em cima de uma mesa e não afixado numa parede:
"O gestor não está «no topo da pirâmide» (visão deformada dada pelo tradicional organograma, visto na vertical) e sim «na ponta da seta» (imagem dada pelo organograma visto na horizontal): assegurando a direcção a seguir, a coerência da estratégia e a coesão da estrutura da organização. Se esta imagem fosse alterada, muitos preconceitos, complexos de superioridade (ou de inferioridade, para quem se sente «por baixo»), distanciamentos remuneratórios e «sociais» desapareceriam ou seriam, no mínimo, atenuados. No que respeita ao tema específico que estamos a abordar, poderia contribuir para uma mais fácil persuasão para a mudança, quando essa necessidade fosse detectada em qualquer área, por qualquer elemento da organização." (pág. 46)

janeiro 20, 2006

Política, mente?! Correcto!


"A retórica, envolvendo uma lógica dialogante, é própria do debate político democrático. A democracia, na verdade, implica, de algum modo, a substituição do predomínio do número pela supremacia do diálogo, da argumentação e do convencimento. E isso supõe a revalorização de um pensamento e de uma prática retórica.
Mas há retórica e retórica, boa e má (...)"
[Rui Alarcão expõe exemplos de ambas, no seu ponto de vista]
Fonte: Artigo de opinião de Rui Alarcão para o «Diário as Beiras» - 2006-01-20 [pode ler aqui todo o artigo]

Não me interessa aqui comentar os exemplos práticos de retórica «boa» ou «má» dados por Rui Alarcão, seguindo o conselho da minha avó materna desde pequeno:
- Se te perguntarem qual é o teu partido, responde que a tua política é a política do trabalho.
Mas há que elogiar esta posição em defesa da retórica como arte da persuasão racional. E, como podem ler em «Persuacção - o que não se aprende nos cursos de gestão», aprender retórica é a melhor forma de nos prevenirmos do seu mau uso por quem pretende manipular a informação que recebemos e o nosso pensamento.
A política mente? Correcto! Mas o pior que podemos fazer, como cidadãos, é deixar passar os disparates como se não fosse nada connosco. Como se os assuntos da política fossem só para os políticos.
O que mais me satisfaz é ver que, de uma forma geral, a população portuguesa está cada vez mais informada e, quando se argumenta que algo está podre na república de Portugal, exigem-se contra-argumentos racionais por parte dos políticos. A frustração quando tal não acontece vai acumulando... até alguns, por todos, dizerem basta!
Quem assim argumenta, amigo é.

outubro 11, 2005

Cá está!

Jimmy Wales, fundador e director da Wikipédia, em entrevista a Paulo Moura (meu homónimo do jornal «Público») - revista «Pública» nº 489 de 9 de Outubro de 2005:

(...) Os artigos de enciclopédia devem ser escritos, não por especialistas, mas pelo povo?
Devem ter grande qualidade mas não reflectir o ponto de vista de alguém. Devem ser equilibrados, neutros (...).Não será isso apenas possível se se escrever um artigo muito superficial sobre um assunto?
Não acho. Deixe-me dar exemplos de tópicos onde há controvérsia. O aborto. A minha visão é completamente diferente da da igreja católica. Mas posso sentar-me com um padre muito conservador e...Podem conversar.Mais do que isso. Podemos escrever um artigo juntos. É como se estivéssemos a discutir o tema e entrasse uma pessoa que não sabe nada sobre o aborto. Eu e o padre podemos combinar: vamos escrever um artigo para que ele compreenda o que estamos a discutir. Não precisamos de dar respostas nem de nos entendermos.Talvez se possa fazer isso com um padre católico, mas com um fundamentalista islâmico...
Se é alguém verdadeiramente extremista talvez não aceite alguns dos princípios básicos necessários para se poder cooperar.
Que princípios são esses?
Aceitar a razão, o pensamento argumentativo, a persuasão. Temos também de partir do princípio de que todas as pessoas são razoáveis e inteligentes, que não são desonestas nem têm como objectivo destruir as outras (...).

julho 21, 2005

Falhas de comunicação do Governo

"Diogo Freitas do Amaral considera que houve falhas na forma com o Governo apresentou e explicou aos portugueses as medidas de austeridade para equilibrar as contas públicas. Na opinião do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o Executivo não foi tão persuasivo como podia ter sido na defesa das suas políticas.
«As medidas eram tão difíceis, demoraram tantas horas de trabalho e de ponderação a definir e a aprovar, que todos nós, a começar por mim, descuidámos a frente externa, a frente da explicação ao País das medidas tomadas. Mas isso certamente se vai intensificar», afirma o número três da hierarquia governamental, numa
entrevista ao DN.
Depois de citar o filósofo grego Xenofonte para sustentar que «hoje o poder político não se traduz apenas pela capacidade de mando, mas também pela capacidade de persuasão», Freitas considera que o Executivo «tem tido bastante, mas porventura seria necessário mais». E assume que «se alguma deficiência se pode apontar» a José Sócrates e à sua equipa, «é de não se ter explicado suficientemente a inevitabilidade da subida dos impostos».
Na opinião de Freitas do Amaral, nos próximos tempos os socialistas têm pela frente «um combate pela adesão do povo português às medidas» de redução do défice, impondo-se que cada um faça «o que lhe compete». «Os sindicatos e a oposição criticam - estão no seu direito. O Governo e o partido que o apoia têm que defender e explicar as medidas do Governo - esse é o seu dever. Se cada um fizer o que lhe compete, estou convencido que a maioria dos portugueses manterá a confiança no Governo e no primeiro-ministro.»"

Diário de Notícias
19.07.2005

A necessidade de persuadir - e de simultaneamente sabermos defender-nos de falácias - encontra-se presente em todas as vertentes das nossas vidas. Para o tema específico da persuasão política, recomendo a tese de mestrado de Paula do Espírito Santo, «o processo de persuasão política» (1997). Está disponível aqui em formato pdf.

maio 26, 2005

Blogs e navegantes da Web amigos

Bem hajam:
Gotinha, pelo post que publicaste no BLOGotinha a divulgar o livro «Persuacção»;

São Rosas, que num comentário no Murcon (do Júlio Machado Vaz), referiste este livro, a propósito da polémica da educação sexual nas escolas:
"Não é possível um diálogo racional com quem vê o sexo como pecado e coisa vergonhosa. As falácias são mais que muitas e, como escreve um amigo meu num livro de gestão fresquinho - «Persuacção - o que não se aprende nos cursos de gestão» - se não estivermos prevenidos, caímos sempre em armadilhas da argumentação falaciosa. O livro não é erótico :-) mas recomendo";

Ognid, pelo post da Catedral em que recomendaste a leitura e em que Aziluth comentou:
"Gosto do título. Auguro boas vendas. Tanta gente a precisar de persuasão e ainda mais de acção! Dava certamente jeito ao governo, agora que nos quer impingir a sua persuacção, aliás coacção tributária (entre outras coisitas pouco graves como seja trabalhar mais cinco anitos para chegar à reforma, eu que aos quarenta já começo a vergar...). Seja como for, quero expressar os meus votos de grande sucesso para o livro e antevejo outro público para além do clássico empresarial"

maio 11, 2005

Sinopse

Persuacção, s. f. forma particular de persuasão tendo uma determinada acção como fim último.

Embora esta palavra não apareça em nenhum dicionário, os gestores praticam-na. Ter consciência disso torna-nos a todos, elementos de organizações, menos vulneráveis às armadilhas de argumentação falaciosa. De que forma? Só lendo...

A mudança nas organizações nunca é um processo meramente técnico e puramente objectivo. Porque é preciso persuadir, provocando ou aumentando a adesão de terceiros, a argumentação para a acção assume uma importância vital para que as decisões – as escolhas – se tornem, na medida do possível, imunes às armadilhas que são colocadas pelos elementos da organização que resistem à mudança.
Estas armadilhas – as falácias – surgem ao longo de todo o processo de mudança: tanto na fase de preparação, como na de implementação e mesmo no controlo. Assumem a forma de argumentos não válidos, seja por sofrerem de vícios formais, de conteúdo ou por não cumprirem as regras de uma argumentação racional. É assim útil o domínio da argumentação – e das técnicas que lhe estão associadas – para desmontar argumentos falaciosos que interessa contrariar, sob pena de se pôr em causa o próprio processo de mudança, por vezes mesmo antes deste se iniciar.
Nesta obra, Paulo Proença de Moura propõe que se estabeleça uma ponte entre a gestão e a argumentação filosófica, para que o agente de mudança adquira competências que normalmente não são contempladas no ensino de gestão em Portugal.
Os vários casos práticos apresentados permitem reforçar a utilidade desta obra e o domínio da argumentação, não só para os gestores, mas também para todos os elementos da organização.

Autor: Paulo Proença de Moura
Editora: Edições Sílabo, Lda.
Preço de Venda ao Público: 16,90 €
Nº páginas: 200
Publicação: Maio de 2005