outubro 26, 2017

Pequeno guia para não falhar a mudança de hora

A Paula Machado descobriu este pequeno guia para não falhar aquela coisa maravilhosa do próximo fim-de-semana que é a mudança da hora, na versão original de Vincent Didier, em francês.
Como mais vale rirmos do que chorarmos com a imbecilidade deste procedimento, fiz uma tradução adaptada. Aprendam:

outubro 17, 2017

reflexão porventura obscena, mas...

... acabado que foi de ser anunciado o Orçamento para 2018, o qual, ao contrário das desvairadas projecções dos profetas da desgraça do costume, apresentam a «geringonça» governamental com alento para mais um ano de governação, mantendo a inversão da catástrofe social levada a cabo pelo governo de Passos Coelho e Paulo Portas... e eis que dois terços do país desatam a arder até às raias da loucura, deixando (alegadamente) António Costa refém das incomensuráveis incúrias (nos últimos 200 anos...?) com que TODOS tratamos as zonas florestais, em Portugal.
 
Em cima de um clamoroso sucesso político de António Costa, menos de 24 horas depois, um domingo sangrento e calamitoso.
 
E ainda há quem não acredite em bruxas...
 
Só se espera que, tal como ocorreu a seguir ao terramoto de 1755, alguém tenha o vislumbre de transformar a desgraça num novo paradigma de desenvolvimento nacional. 

outubro 03, 2017

Mais detalhes sobre o Prémio Nobel da Medicina deste ano...

... atribuído pela descoberta dos mecanismos do relógio biológico:


Jeferry C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young são os três investigadores norte-americanos que foram premiados pela descoberta dos mecanismos moleculares do ritmo circadiano. Ou seja, os mecanismos que controlam o relógio biológico e que explicam como os seres humanos, plantas e animais adaptam o ritmo biológico de forma a estar sincronizado com o movimento da terra.

"O telefone tocou durante a noite e acordou-me. Fiquei sem respirar, literalmente", confessou Michael Rosbash em entrevista ao site oficial do Prémio Nobel. O entrevistador brinca com a ironia de lhe ter interrompido o sono, fundamental para manter o relógio biológico sincronizado, para falar da investigação sobre os mecanismos do ritmo circadiano.
"Há muitos anos que sabemos que os organismos vivos estão dotados de um relógio interno, biológico, que os ajuda a antecipar e adaptar ao ritmo regular de cada dia. Mas como funciona este relógio?", lançava o Comité Nobel no comunicado que anunciava os três vencedores e que justificava a atribuição do galardão: "Com extraordinária precisão, os nossos relógios internos adaptam a nossa fisiologia às tremendamente diferentes fases do dia [24 horas]. Estes relógios regulam funções essenciais como o comportamento, o sono, a temperatura do corpo e seu metabolismo. O nosso bem-estar é afetado quando se verifica um desajustamento temporário entre o ambiente externo e este relógio interno".
Jeffrey C. Hall e Michael Rosbash, que lecionaram na Universidade Brandeis, em Boston, e Michael Young, na Universidade Rockfeller, em Nova Iorque, usaram moscas da fruta para isolarem o gene que controla o ritmo biológico normal e demonstrarem como este gene origina uma proteína que se acumula na célula durante a noite e se degrada durante o dia.
"O que investigadores descobriram foi que em todas as nossas células existe um relógio biológico. Ou seja, existem genes que têm um ritmo circadiano. Mas além disso, há um relógio biológico central, o nosso pacemaker, que existe no cérebro, no hipotálamo. Esse relógio central é como se fosse o maestro do nosso ritmo circadiano e uma das coisas que mais regula o nosso ritmo circadiano é a terra, é a noite e dia", explica Cláudia Cavadas, investigadora do Centro de Neurociências da Universidade de Coimbra que trabalha esta área mas relacionada com o envelhecimento, que destaca: "Descobriram ainda que podemos tirar uma célula e colocá-la em cultura e durante um determinado tempo, alguns dias, mesmo não tendo o pacemaker, não tendo luz, tem um ritmo circadiano. Isto é muito relevante, porque já se descobriu que desregulando este ritmo circadiano, trocando as noites pelos dias, pode haver patologias. Trocar os dias pelas noites tem um impacto nas células do intestino e do estômago porque é suposto as células do estômago renovarem-se à noite. Pode ocorrer, por exemplo, o aumento da propensão de alguns tipos de cancro do estômago e intestino".

Fonte e imagem: DN

outubro 02, 2017

Um Prémio Nobel conseguirá demover os políticos de mudarem artificialmente a hora?


Notícia do DN de hoje:

Três investigadores americanos foram hoje distinguidos com o Nobel de Medicina pelo seu estudo sobre os mecanismos moleculares que determinam os nossos ritmos biológicos.

O prémio Nobel da Medicina foi hoje atribuído em conjunto aos investigadores Jeferry C. Hall, Miichael Rosbash e Michael W. Young por descobertas relativas aos mecanismos moleculares que controlam o ritmo circadiano.
"As descobertas efectuadas revelam como as plantas, os animais e os humanos adapatam os seus ritmos biológicos de forma a estarem sincronizados com o movimento da Terra", lê-se no comunicado, divulgado em Estocolmo, que anunciou a atribuição.
O Prémio Nobel de Medicina é o primeiro a ser anunciado em cada ano.
O texto do comunicado do Comité Nobel explica que "a vida na Terra está adaptada à rotação do nosso planeta. Há muitos anos que sabemos estarem os organismos vivos, inclusive os humanos, dotados de um relógio interno, biológico, que os ajuda a antecipar e adaptar ao ritmo regular de cada dia. Mas como funciona este relógio? Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael w. Young foram capazes de descortinar nos nossos relógios biológicos e explicar como estes funcionam. As suas descobertas elucidam como as plantas, animais e seres humanos adaptam os respectivos ritmos biológicos de forma a estarem sincronizados com os movimentos de rotação" do planeta.
O Comité Nobel explica no texto a justificar a atribuição do Prémio em 2017 que "com extraordinária precisão, os nossos relógios internos daptam a nossa fisiologia às tremendamente diferentes fases do dia [24 horas]. Estes relógios regulam funções essenciais como o comportamento, o nível de hormonas, o sono, a temperatura do corpo e seu metabolismo. O nosso bem-estar é afectado quando se verifica um desajustamento temporário entre o ambiente externo e este relógio interno". O Comité Nobel refere como exemplo a situação de se atravessarem diferentes fusos horários e vive a experiência de "jet leg".
Os três cientistas recorreram nos seus trabalhos a moscas da fruta para isolarem o gene que controla o ritmo biológico normal e demonstraram como este gene origina uma proteína que se acumula na célula durante o dia e se consome durante a noite. Uma divergência neste padrão pode resultar em doenças e desadequação motora e psicológica perante a realidade envolvente.

Jeffrey C. Hall e Michael Rosbash foram professores na Universidade Brandeis, em Boston, e Michael Young na Universidade Rockfeller, em Nova Iorque.