janeiro 20, 2006

Política, mente?! Correcto!


"A retórica, envolvendo uma lógica dialogante, é própria do debate político democrático. A democracia, na verdade, implica, de algum modo, a substituição do predomínio do número pela supremacia do diálogo, da argumentação e do convencimento. E isso supõe a revalorização de um pensamento e de uma prática retórica.
Mas há retórica e retórica, boa e má (...)"
[Rui Alarcão expõe exemplos de ambas, no seu ponto de vista]
Fonte: Artigo de opinião de Rui Alarcão para o «Diário as Beiras» - 2006-01-20 [pode ler aqui todo o artigo]

Não me interessa aqui comentar os exemplos práticos de retórica «boa» ou «má» dados por Rui Alarcão, seguindo o conselho da minha avó materna desde pequeno:
- Se te perguntarem qual é o teu partido, responde que a tua política é a política do trabalho.
Mas há que elogiar esta posição em defesa da retórica como arte da persuasão racional. E, como podem ler em «Persuacção - o que não se aprende nos cursos de gestão», aprender retórica é a melhor forma de nos prevenirmos do seu mau uso por quem pretende manipular a informação que recebemos e o nosso pensamento.
A política mente? Correcto! Mas o pior que podemos fazer, como cidadãos, é deixar passar os disparates como se não fosse nada connosco. Como se os assuntos da política fossem só para os políticos.
O que mais me satisfaz é ver que, de uma forma geral, a população portuguesa está cada vez mais informada e, quando se argumenta que algo está podre na república de Portugal, exigem-se contra-argumentos racionais por parte dos políticos. A frustração quando tal não acontece vai acumulando... até alguns, por todos, dizerem basta!
Quem assim argumenta, amigo é.

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