Vinte anos após ter terminado a licenciatura, foi hoje o dia em que pude mostrar a mim próprio se ainda valho algo em termos académicos. Já que, em termos empresariais, estamos conversados (e a ambiguidade desta frase é propositada).
Para trás, ficou o período lectivo do Mestrado em Ciências Empresariais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Que ultrapassou as minhas expectativas, tanto pelo curso como por mim. E em que me senti velhinho, ao lado do companheirão António Ricciulli, rodeados que estávamos de colegas recém-ou-quase-licenciados com idade para serem nossos filhos...
Hoje foi o dia da dissertação. Defendi a tese «Argumentação falaciosa e mudança organizacional», onde tentei sistematizar um aspecto que considero importantíssimo para quem trabalha numa organização: o risco quase permanente de se cair em armadilhas argumentativas.
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O júri, composto pelos Professores Correia Jesuíno (meu co-orientador, em conjunto com o Doutor Desidério Murcho), Pina da Silva e Fernando Carvalho, foi extremamente atencioso e honrou-me com a classificação de «muito bom por unanimidade».
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Recordarei sempre, em especial, algumas das palavras do Professor Correia Jesuíno: «O seu trabalho abre uma caixa de Pandora» e «convido-o a ir mais longe». Uma grande responsabilidade para mim.