Esta cena dos incêndios tem o condão de me
titilar laivos atávicos (e racionalmente tidos como errados) que trago
escondidos... e que tendem a espreitar perante os televisivamente chamados
«cenários dantescos» com que temos vindo a ser massacrados.
Não porque as labaredas em questão provenham
de algum fogo primordial que era o lar e defesa dos nossos ancestrais mas,
muito pelo contrário, porque estas chamas me parecem muito mais irmãs, cheias de
uma outra perversidade, daquelas da Inquisição, destinadas a destruir
humanidades
O que fazer com os incendiários? E com quem
esteja - e há-de estar! - por trás deles? Até que ponto existe a consciência de
que um incendiário e o seu mandante, nomeadamente de uma floresta, são gente
(?) que está a perpetrar um acto contra a Humanidade? Mas a Humanidade como
conceito que contém a fauna e a flora de que é suposto fazermos parte, claro. E
bens patrimoniais, tanto como os imateriais, que são de todos, também.
E os recursos que mobilizam quando há
tantas outras premências que se impõem?
Atá-los a um pinheiro e deixar arder...?
Acusá-los, muito justamente, de homicídio tentado ou, até, premeditado, com o correspondente
quadro penal? Enfim, ocorre-me aquela poema em que se diz que há uma célula em mim que quer respirar e não
pode... e apenas me ocorre o pensamento (grito), profundo mas impotente, de
que tem de se pôr cobro a isto.
Eu continuo a pensar que, em muitos casos, isto não é obra de paranóicos isolados...
ResponderEliminarA gente sabe, toda a gente sabe, que não o é. E também sabemos ou talvez por medo da nossa própria segurança, que tendemos a delegar algum ou às vezes, muito capital de de prestígio às nossas instituições, judiciais e justiça à cabeça. Queremos acreditar, que por muito más que possam ser, não estão do lado de lá da balança, do lado do crime. Mas o próximo post que irei colocar, e que é um copy paste do resumo de um processo, mostra que devemos ter muito medo dos criminosos, mas dos que têm como missão vigiá-los, detê-los e julgá-los, ainda mais....
EliminarE não é teoria da conspiração: são factos com nomes, datas, acontecimentos.