novembro 14, 2007

A mudança de hora é "a modos que uma passagem de escudos para euros semestral"

O OrCa é um lutador de causas. E esta é uma pela qual vale a pena lutar:

"Tu sabes que eu estou por ti neste combate. Já nem sei que mais argumento esgrimir para confirmar a grandiosidade do disparate...
A verdade é que, à medida que a idade vai entrando por nós adentro, pelas partes anatómicas mais conspícuas, tudo se nos torna de mais difícil adaptação e aconchego. É assim, que continuo com os sonos trocados e mais de dois terços dos relógios cá de casa continuam carentes de acerto.
Tem vantagens. Por exemplo, aos fins de semana nunca sei a quantas ando. Mas quando há compromissos é chato.
Os relógios é que já são tantos, por força das modernices, que os meus velhos dedos têm bem mais que fazer do que andar a acertá-los a todos, ainda para mais se daqui a seis meses volta tudo ao mesmo. É uma perda de tempo!
Depois, durante para aí um mês, um mês e meio, anda tudo aflito com as horas, não sendo raro ouvirmos alguém completar uma frase temporal com a funesta expressão 'pela hora antiga'. É assim a modos que uma passagem de escudos para euros semestral que nos destrambelha os neurónios e outras partes mais atreitas a rotinas biológicas.
Eu, se mandasse, mandava-os à fava... mas sempre pela hora antiga que era para chegarem mais cedo!

Um abraço.
OrCa"

3 comentários:

  1. Pois, meu caro, agradecendo o destaque, cá vou reiterando o que fica dito. Já lá vai um mês e o meu relógio biológico não me larga, nem condescende!

    Uma hora antes de ser preciso, lá vem a hora da mija - e nem tenho problemas prostáticos, felizmente... -, lá me vem o chamamento das torradas e do leitinho, como prenúncio de mais um mergulho na fila de trânsito.

    E, depois, tentar dormir para quê? Uma meia-horita? Só faz dores de cabeça. Ir para o trânsito mais cedo? Não vale a pena, pois chego ao emprego mais cedo mas não posso sair mais cedo... É só contrariedades e arrelias!

    Quando, daqui a cinco meses, já tiver convencido o meu biorritmo da inevitabilidade legal, mudam-me a hora outra vez! E reinicia-se a saga, agora com a agravante de desconvencer quem tinha acabado de ser convencido.

    Se isto não é um estúpido desperdício de esforços, é o quê?

    Um grande abraço.

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