"Ainda se lembram de quando, muito preocupada com o nosso bem estar e a nossa boa forma física, a Dinamarca propôs a pasteurização das massas queijeiras?E houve quem embandeirasse em arco... santa ingenuidade e abençoada ignorância!"
A. Vilhena
Visitei o link que sugere (do blog Café Portugal) e de facto surpreendeu-me a «estratégia dos dinamarqueses»:
"Lembram-se quando, muito preocupada com o nosso bem estar e a nossa boa forma física, a Dinamarca propôs a pasteurização das massas queijeiras. O que eu li por aí de aplauso a uma medida que ia matar germens, combater infecções e trazer saúde a rodos. Ingénuos, não perceberam que a indústria de laticínios dinamarquesa pressionava esta medida, não por estar preocupada com a qualidade de vida de cidadãos e consumidores mas, apenas, porque através da pasteurização conseguia quase anular as características distintivas dos diversos queijos. E depois de serem todos idênticos, eles até podiam fazer Queijo da Serra, Serpa, Ilha: passava a ser uma questão de alquimia e de rotulação."
Se é como diz, seria algo de maquiavélico.
Outra coisa que refere um dos comentadores - e concordo - é a diferente postura dos espanhóis face a estas medidas de pseudo-homogeneização da UE:
"Os nossos (des)governantes deviam negociar com a UE a manutenção e as boas práticas do nosso mundo rural, tal como fizeram os espanhóis."
E faço minhas as suas palavras:
"Deixem-me com as açordas, não me obriguem a espargos de lata e não me retirem do mercado as mação com bicho. Que eu tenho medo é das outras, tão bonitas, tão calibradas, tão quimicamente tratadas."
Disto, já Miguel Esteves Cardoso escrevia num dos primeiros números do Independente!...
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