maio 07, 2010

Petição pela extinção das lombas nas estradas portuguesas


Lomba «disfarçada» de passagem de peões, à entrada da Mealhada, vindo de Grada. De um lado, um passeio. Do outro, uma valeta e um terreno agrícola. Passagem? Só se for de ovelhinhas. Repare-se na areia no chão, posta por causa dos derrames de óleo naquela armadilha.

Já tinha enviado há um ano uma carta para ao presidente da Câmara Municipal da Mealhada sobre este assunto. A resposta foi inócua. Há um mês enviei uma carta idêntica para o presidente da Câmara Municipal de Anadia. Ainda não tive resposta.
Agora assinei esta petição da iniciativa de cidadãos das Caldas da Rainha:

"É com indignação que todos os dias vemos surgir inúmeras lombas ao longo das estradas portuguesas, por vezes sem que qualquer tipo de sinalização as denuncie. Justificam-nas afirmando: “objectivo de fazer reduzir a velocidade excessiva das viaturas”.
A verdade é que, não se pode combater esta infracção com outra ilegalidade, colocando obstáculos nas estradas, omissos na lei e que põem em causa a segurança dos seus utilizadores.
Nascem como cogumelos! Como acontece, por exemplo, no concelho de Caldas da Rainha. No troço rodoviário Caldas da Rainha – Benedita, 20 km portanto, existem 16 lombas. Se contarmos a viagem de regresso, são 32 no total… Ocorre ainda que numa distância de 1 km, existem 6 lombas, algumas com apenas 50 m entre elas.
Apenas os veículos do tipo todo-o-terreno estão mecanicamente preparos para ultrapassar estes obstáculos, ao contrário dos utilitários (a esmagadora maioria das viaturas em circulação em Portugal), que sendo baixos, facilmente embatem nesses empecilhos, mesmo circulando com velocidade reduzida.
Por outro lado, há um acréscimo significativo de poluição, resultante do “pára/arranca” interminável a somar ao desgaste da viatura, que tanto nos custa a “sustentar”… Resumidamente, pagamos as lombas, o combustível e o mecânico e contribuímos mais para o aquecimento global!
Aquele/a que teve esta “esplêndida” ideia, decerto não considerou a circulação das ambulâncias e outros veículos de emergência, nos preciosos minutos que perdem na transposição destes entraves. Ora na eventualidade de um sinistrado em estado crítico ter de ser transportado rapidamente para o hospital necessitando de ser reanimado durante o transporte, estes obstáculos podem fazer a diferença entre salvar ou perder aquela vida!
Já para não falar nos custos com a sua implementação, cujos saem do erário público, ou seja, do bolso de todos os contribuintes, verbas essas que, alegadamente, nunca são suficientes para o que realmente é necessário.
Pelos fundamentos apresentados, vêm os abaixo assinados, nos termos da Constituição da República Portuguesa e ao abrigo das leis vigentes, fazer petição para que sejam removidas todas as lombas que se encontram nas estradas portuguesas em geral, e nos concelhos de Alcobaça e Caldas da Rainha em particular.
Os signatários"

A petição está disponível aqui.

Entretanto, descobri este artigo muito interessante sobre as lombas ditas redutoras de velocidade.

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Estava um comentário engraçado. Que pena ter-lo (está correcto, em Português?) retirado...
    Dizia assim:
    "Ora aqui está uma coisa que não entendo: então você nasce em Caria (que bem conheço como terra Beirã bem portuguesa), licencia-se na FEUC, apresenta o curriculo que aqui está ao lado, e no entanto... não sabe falar Português?...
    Tudo o que leio aqui e assinado por si, mais parece escrito por um emigrante há mais de 50 anos fora do país, ou então uma tradução livre efectuada pelo tradutor do Google!...
    Como é possível?..."

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  3. Hahahahahahaha...
    Fui eu que escrevi o comentário! E porquê? -então não é que, quando o IExplorer me abre a página, todos os textos que lá estavam escritos me apareceram num português perfeitamente macarrónico, de facto semelhante a uma qualquer daquelas traduções digitais do Google, algo também semelhante ao linguajar de um imigrante que, da língua, só aprendera alguns rudimentos?!

    Estranho, não é?!... Por isso mesmo, e porque tal me pareceu uma aberracção, deixei o tal comentário.

    Acontece que, logo após, fiz o "refresh" da mesma página e, para meus espanto, já lá estava tudo direitinho, EM BOM E BELO PORTUGUÊS!... Afinal, os mistérios da net também são insondáveis...

    Daí que me tivesse apressado a eliminar o comentário.
    Explicado o fenómeno. Afinal, ainda bem que, por aqui, nem sempre tudo o que parece, é!

    Queira aceitar as minhas desculpas, caro Paulo Moura.

    PS - Já agora, também sou licenciado pela Univ. de Coimbra (posteriormente lá professor), e conheço perfeitamente Caria (como, aliás, toda a Beira Interior). Sempre que aí passo (sou motard), aproveito sempre para almoçar no Restaurante BEBIANA, perto do cruzamento da ponte.
    (A propósito, quer recomendar-me uma melhor sujestão?)

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  4. Bem... não há duas sem três, e a propósito desta mesma lomba que aqui mostra na foto do post, devo dizer-lhe que a conheço perfeitamente, já que por lá passo imensas vezes (já morei na Mealhada).
    Pois, meu caro, a foto não mostra toda a dimensão da aberracção que lá está... aquilo só mesmo saído de um mentecapto que deveria estar internado no Sobral Cid, quanto mais não fosse, só por isto.
    Então não é que o atrazado mental (nem sei quem foi) mandou colocar esta passadeira com cerca de 25 cm de altura, sem qualquer serventia como passadeira e no final de uma recta de quase 2 Km de extensão?

    Terá sido ali construída para evitar acidentes, segundo diz; na verdade, tem sido causadora de variadíssimos acidentes e de uma imensa quantidade de viaturas com a suspensão, a direcção e o motor partidos!

    Grande génio, este autarca, não é?
    Este... e todos os outros que fazem estas borradas, ainda por cima com o nosso dinheiro!

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  5. Bem, antes assim. Eu já pensava que tinha de ir fazer um curso da nova ortografia portuguesa.
    Em Caria, há um café mesmo no centro (o largo contíguo ao do antigo posto da GNR) que é o Cangas. Sempre serviu petiscos... mas agora o rapaz que está à frente daquilo mostra o que aprendeu num curso de Hotelaria. E serve pratos bem saborosos. Fui lá só uma vez mas amigos meus que trabalham lá fazem do Cangas a sua cantina.
    Depois conte.

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