- Em 2013, um deputado
aparentemente inominável perorou, em artigo de opinião, sobre a «peste
grisalha» insultando alegremente e fazendo indignar uma parte muito
significativa de portugueses. No seguimento, um grisalho e respeitável cidadão
elaborou um notável texto em que atirou um apurado par de verdades ao indigno.
Três anos são volvidos e um
tribunal (?) condena o grisalho cidadão ao pagamento de uma multa de 4.200
euros por difamação. Querem vocês saber das alegações? Pois aí vai este naco
precioso: as afirmações do idoso foram consideradas «insultuosas e suscetíveis de abalar a honra e a consideração pessoal, política e familiar do assistente».
Isto é: a luminária que produziu os dislates fundamentou-os (?) com outras preciosidades, tais como afirmar que «o envelhecimento dos portugueses e o incremento do seu índice de dependência», para além de provocarem um «aumento penoso dos encargos sociais com reformas, pensões e assistência médica», colocam em causa a «sobrevivência» de Portugal «enquanto país soberano».
Dizendo de forma ainda mais clara, um fedelho destemperado insulta toda uma comunidade de anciãos e fica incólume. Um elemento dessa comunidade responde-lhe – aliás, com uma qualidade e elegância inalcançável pelo fedelho mesmo quando for velhinho – e é obrigado, em tribunal, a pagar-lhe uma indemnização.
Conclusão: eu, em relação à independência das instituições, nada tenho contra. Já relativamente às atitudes estúpidas e/ou indecorosas dos seus agentes…
- O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, deixou esta quarta-feira recados ao Governo português. Disse o inteligente desta tourada que são os «mercados» que tudo corria bem até António Costa ter tomado posse.
Isto é: a luminária que produziu os dislates fundamentou-os (?) com outras preciosidades, tais como afirmar que «o envelhecimento dos portugueses e o incremento do seu índice de dependência», para além de provocarem um «aumento penoso dos encargos sociais com reformas, pensões e assistência médica», colocam em causa a «sobrevivência» de Portugal «enquanto país soberano».
Dizendo de forma ainda mais clara, um fedelho destemperado insulta toda uma comunidade de anciãos e fica incólume. Um elemento dessa comunidade responde-lhe – aliás, com uma qualidade e elegância inalcançável pelo fedelho mesmo quando for velhinho – e é obrigado, em tribunal, a pagar-lhe uma indemnização.
Conclusão: eu, em relação à independência das instituições, nada tenho contra. Já relativamente às atitudes estúpidas e/ou indecorosas dos seus agentes…
- O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, deixou esta quarta-feira recados ao Governo português. Disse o inteligente desta tourada que são os «mercados» que tudo corria bem até António Costa ter tomado posse.
Tem dito, aliás e
no que a Portugal respeita, tudo e mais um cento em favor do governo de Passos
Coelho e contra o actual governo, legitimamente constituído.
De que é que
Portugal e o actual governo estão à espera para pedir esclarecimentos
institucionais ao governo alemão sobre as atitudes deste seu tão limitado
membro? Sei lá, uma convocatória do embaixador alemão com nota de desagrado e
pedido de esclarecimentos… Qualquer coisa, enfim, que provasse ao mundo e, em
primeira instância, aos portugueses que, finalmente, no governo, há uma coluna
vertebral que lhe mantém a cabeça erguida e direita.
- Durante esta semana tivemos
notícia da morte de duas personalidades marcantes da nossa História recente: João
Lobo Antunes e Jaime Fernandes. É o ciclo da Vida a cumprir-se. Mas não deixa
de ser, ao mesmo tempo, um empobrecimento lamentável para todos nós.
Apesar de todas as referências
elogiosas a que assistimos nos media,
o espaço dedicado ao futebol sobrepôs-se largamente ao tempo dedicado a essas
referências. Valerá a pena comentar…?
- Quase como notícia de última
hora apurámos que a vice-presidente da Comissão Europeia, logo depois de ter
feito o frete de simular que disputava o cargo de secretário-geral da ONU a
António Guterres, de seu cristalino nome Kristalina Giorgieva, que já nos tinha
divertido com uma licença sem vencimento no seu lugar de vice-presidente enquanto
fazia o tal frete, demitiu-se agora para assumir a direcção executiva do Banco
Mundial.
Não é a primeira vez que faço
este comentário pouco elegante mas, em boa verdade, este tipo de situações leva-me
invariavelmente a ele: a mulher de César, não apenas não é séria, como se está
nas tintas para o parecer e, bem pelo contrário, assume o seu estatuto de galdéria
com uma galhardia que estonteia… Assuma-se ela com os nomes de Durão, Portas,
Maria Luís ou Kristalina – aqui sim há, pelas evidências, igualdade de género.
- No próximo fim de semana a hora volta a mudar, em Portugal. Mas para quê, senhores, ninguém me diz?
- No próximo fim de semana a hora volta a mudar, em Portugal. Mas para quê, senhores, ninguém me diz?
Olha, 'tou como tu e tal e coiso...
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