novembro 03, 2016

DURA LEX SED LEX....

.... quem coube julgar achou mais digno de indignação, não a indignação de quem foi tratado por peste, mas sim aquele que se indigna por ter sido usado como termo de comparação entre louco e imbecil.... 
Os loucos por vezes curam-se,
os imbecis nunca.
(Óscar Wilde) (sic
)

Um homem foi condenado em Tribunal pelo facto de ter ficado indignado. Trataram a sua geração, a sua faixa etária, por Peste Grisalha. Não gostou como milhares em iguais circunstâncias, e certamente milhares mais a aproximar-se do estatuto de jubilado, também não terão gostado. É que a esperança que todos temos é de viver o mais possível sem nunca chegar a velhos, mesmo que esse último pormenor nos esteja vedado. 
E velhos,  tendo descontado para um Estado que se compromete gerir esses nossos recursos disponibilizados para garantir o nosso último quartel de vida, e por isso não nos faz qualquer favor, o mínimo que se pode exigir de todos é um nadinha de respeito.
Sentido de dignidade e respeito, como soía dizer-se "pelas cãs"
Quem não se sente não é filho de boa gente. Serve para ambos os lados da contenda.  Mas a quem coube julgar achou mais digno de indignação, não a indignação de quem foi tratado por Peste, mas sim aquele que se indigna por ter sido usado como termo de comparação entre louco e imbecil. 
Dura Lex, Sed Lex, e há que cumprir.
Segue o copy/paste da carta em forte teor do indignado que tanto indignou o deputado da nação.

A PESTE GRISALHA 
(Carta aberta a deputado do PSD)
Exmo. sr.
António Carlos Sousa Gomes da Silva Peixoto
Por tardio não peca.
Eu sou um trazedor da peste grisalha cuja endemia o seu partido se tem empenhado em expurgar, através do Ministério da Saúde e outros “valorosos” meios ao seu alcance, todavia algo tenho para lhe dizer.
A dimensão do nome que o titula como cidadão deve ser inversamente proporcional à inteligência – se ela existe – que o faz blaterar descarada e ostensivamente, composições sonoras que irritam os tímpanos do mais recatado português.

Face às clavas da revolta que me flagelam, era motivo para isso, no entanto, vou fazer o possível para não atingir o cume da parvoíce que foi suplantado por si, como deputado do PSD e afecto à governação, sr. Carlos Peixoto, quando ao defecar que “a nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha”, se esqueceu do papel higiénico para limpar o estoma e de dois dedos de testa para aferir a sua inteligência.
A figura triste que fez, cuja imbecilidade latente o forçou à encenação de uma triste figura, certamente que para além de pouca educação e civismo que demonstrou, deve ter ciliciado bem as partes mais sensíveis de muitos portugueses, inclusivamente aqueles que deram origem à sua existência – se é que os conhece. Já me apraz pensar, caro sr., que também haja granjeado, porém à custa da peste grisalha, um oco canudo, segundo os cânones do método bolonhês. Só pode ter sido isso.

Ainda estou para saber como é que um homolitus de tão refinado calibre conseguiu entrar no círculo governativo. Os “intelectuais” que o escolheram deviam andar atrapalhados no meio do deserto onde o sol torra, a sede aperta a miragem engana e até um dromedário parece gente.
É por isso que este país anda em crónica claudicação e por este andar, não tarda muito, ficará entrevado.
Sabe sr. Carlos Peixoto, quando uma pessoa que se preze está em posição cimeira, deve pensar, medir e pesar muito bem a massa específica das “sentenças”, ou dos grunhidos, - segundo a capacidade genética e intelectual de cada um - que vai bolçar cá para fora. É que, milhares pessoas de apurados sentidos não apreciam o cheiro pestilento do vomitado, como o sr. também sente um asco sem sentido e doentio, à peste grisalha. Pode estar errado, mas está no seu direito… ainda que torto.

Pela parte que me toca, essa maleita não o deve molestar muito, porque já sou portador de uma tonsura bastante avantajada, no entanto, para que o sr. não venha a sofrer dessa moléstia, é meu desejo que não chegue a ser contaminado pelo vírus da peste grisalha e vá andando antes de atingir esse limite e ficar sujeito a ouvir bacoradas iguais ou de carácter mais acintoso do que aquelas que preteritamente narrou como um “grande”, porém falhado “artista”.

E mais devo dizer-lhe: quando num cesto de maçãs uma está podre, essa deve ser banida, quando não, infecta as restantes; se isso não suceder, creio que o partido de que faz parte, o PSD, irá por certo sofrer graves consequências decorrentes da peste grisalha na época da colheita eleitoral. Pode contar comigo para a poda.
Atentamente.
António Figueiredo e Silva
Coimbra, 28/04/2013
www.antoniofigueiredo.pt.vu
Obs:Esta carta vai ser enviada sob A.R.

3 comentários:

  1. Um nojo, é só que consigo dizer!

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  2. Fui à busca de informações acerca do caso, a partir do momento que tomei conhecimento do assunto, neste blog, via Charlie.
    Sim. É de dar nojo!
    Mas... vamos aguardar. Quantos anos o nobre deputado tem? Certamente não quererá morrer da tal "peste". Em alguns breves anos, portanto, estarão livre desse... "contágio".
    É lá e cá. Tal e qual.

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