dezembro 01, 2010

Bem haja, Padrinho!

Sempre tive orgulho no meu padrinho.
Desde pequeno, os meus pais transmitiram-me uma forte admiração pelo Zé Alberto, nosso familiar, oficial pára-quedista que combatia em África.
Primeiro em Angola, depois em Moçambique e finalmente, pouco antes do 25 de Abril, na Guiné.
Na sala de estar da casa dos meus pais, sempre esteve e continua uma fotografia dele, jovem oficial fardado. E também tenho ainda um avião de brinquedo da BOAC (companhia de aviação inglesa que terminou em 1974) que o meu padrinho me enviou pelo correio, juntamente com uma bola.
Um dia, escrevi uma redacção dedicada a ele:

"Re de acção
U mêu pãdrinho
U mêu pãdrinhu è ofissial paraqedista.
Cuando pra là foi çaltava dus aviôez.
Agòra enpurra os ôtros."

Recentemente, já com o meu padrinho reformado, acompanhei, com a mesma admiração de sempre, as notícias sobre a missão que ele integrou de resgate de corpos de soldados pára-quedistas que morreram em combate na Guiné, numa operação comandada por ele e que tinha como missão atingir e reforçar a guarnição de Guidage, cercada na altura pelo PAIGC.
Infelizmente, nunca tive oportunidade para ouvir, como sempre desejei, as suas memórias e experiência riquíssimas. Mas agora, tenho este livro que o meu padrinho, José de Moura Calheiros, escreveu: «A Última Missão». Para todos os que quiserem saber.
Já vos disse que tenho muito orgulho no meu padrinho?

Visite a página do livro «A Última Missão»
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«A Última Missão»

2 comentários:

  1. O Nelo nam puderia deichar de vire cumentar eshta poshta de pesqada literaira em ichelente pertuguêsh.
    É bom lere puezia beim iscrita
    Abrasso

    Nelo

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  2. Nelo, quando o Paulo Moura escreveu aquela redacção parecia estar a adivinhar-te :O)

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