outubro 15, 2015
Bem... afinal em que ficamos?
Helena Freitas diz na sua página do FB que os portugueses não votaram numa maioria de esquerda para governar e que isso seria uma traição ao eleitorado do PS. Deduzo então que os que votaram PS o fizeram com o objetivo de a PàF ser governo. Muito bem!
Por outro lado, e se a memória não me falha, quem votou PS sabia, porque foi dito publicamente por Costa, que o PS não viabilizaria um governo da coligação e muito menos o seu orçamento. Este era o Estado da Arte no dia das eleições. Será que alguém andou a votar com os olhos fechados e a cruz calhou no quadrado errado?
A tendência autofágica deste partido, que podia ser enorme, é assustadora e isso vem já desde as presidenciais que ofereceram Belém de mão beijada a Cavaco em 2006. Agora Assis se levanta e se não fosse tão mau para ser verdade quase dava para assistir de camarote à implosão de uma força política. Uma espécie de Pasokização do PS está para surgir. E isso é muito mau para a democracia....ou melhor; se calhar é o que é preciso para a democracia: acabar de vez com uma faixa de terra cor-de-rosa que não é de ninguém e cujo comportamento está na raia do imprevisível. Desse bloco de tendência emergiriam dois partidos ou movimentos, sendo que um deles seria a dama de alterne e o outro seria uma força consistente de uma esquerda moderada e que lideraria a oposição ao neoliberalismo e impediria as emergências das esquerdas radicais. Será que vem aí o PODEMOS português?
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Na verdade, parece-me é que nós, os portugueses, já não podemos mais com isto... Apesar de tanta declaração de «modernidade», os partidos do costume e do arco-da-velha não querem ver que o mundo pula e avança e, perante a menor contrariedade eleitoral, não têm propostas para eles próprios melhorarem ou se actualizarem. Não. Apenas esperam que os seus adversários se «adaptem» a eles e às suas receitas oitocentistas, criando e recriando uma realidade distorcida onde, a par do aumento vergonhoso da miséria, se estabelecem recordes de venda de Porsches... E assim querem continuar a ser felizes, enquanto os deixarem. O resto é conversa da treta que só engana os papalvos que querem deixar-se enganar. E isto não é um comentário anarca. É saturação pela observação de uma «realidade» sempre à volta de si mesma.
ResponderEliminarE, já agora, a Helena Freitas e todos os gurus da treta que passam a vida a «interpretar» o sentido dos votos dos outros, não querem pensar em emigrar? Um voto é um voto. E quer dizer isso mesmo.
ResponderEliminarAh, não, espera aí que eu não votei assim para que a contagem dos votos resultasse em algo que eu não quero...!? Desculpem lá, mas isto, se não é má-fé, não é um argumento só estúpido?
Vão ver que, nas próximas eleições para o Parlamento, a par do voto teremos de deixar um documento explicativo do «sentido» desse mesmo voto, para apaziguamento destes perturbados...
Muita gente já deixa um desenho.
EliminarDama de alterne. Eis uma constante da cena política.
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