Alguns excertos do artigo de Justin Lahart "Daylight Saving Wastes Energy, Study Says" no The Wall Street Journal:
"Durante décadas, a sabedoria convencional sustentou que a hora de Verão reduz o custo de utilização de energia. Mas uma situação invulgar no estado do Indiana (E.U.A.) fornece provas que desafiam esse ponto de vista: a hora saltar para a frente pode de facto desperdiçar energia.
Até dois anos atrás, só 15 dos 92 condados de Indiana avançavam uma hora aos seus relógios na Primavera e atrasavam uma hora no Outono. Os restantes mantinham-se na hora padrão todo o ano, em parte porque os agricultores resistiram à perspectiva de terem uma hora extra de trabalho às escuras da madrugada. Mas muitos residentes odiaram entrar e sair de sincronismo com negócios e residentes de estados vizinhos, o que fez prevalecer na Lei de Indiana a mudança de hora em todo o Estado, com início da Primavera de 2006.
Esta mudança deu ao professor Matthew Kotchen e à aluna Laura Grant, da Universidade da Califórnia - Santa Barbara, uma ocasião única para ver como a mudança de hora afecta o uso da energia. Usando sete milhões de leituras mensais da empresa Duke Energy Corp. cobrindo praticamente todos os lares do Sul do Estado de Indiana durante três anos, puderam comparar o consumo de energia antes e depois de os condados praticarem a mudança de hora. As leituras de condados que já tinham adoptado o 'daylight-saving time' serviram como grupo de controlo que lhes permitiu ajustar as mudanças meteorológicas de um ano para outro.
O que descobriram: Ter todo o Estado a praticar a mudança de hora, em vez de manter a hora padrão, custa aos lares de Indiana mais 8,6 milhões de dólares nas contas de electricidade. Eles concluem que o custo reduzido da iluminação durante as tardes é mais do que contrabalançado pelos custos mais elevados com ar condicionado nas tardes mais quentes e aumento de custos com aquecimento nas manhãs mais frescas. (...)
Não seria isso o que Benjamin Franklin esperaria. Em 1874, ele escreveu sobre «o imenso valor que a cidade de Paris poderia poupar em cada ano se usasse o sol em vez de velas" (o sr. Franklin não propôs que se adiantassem os relógios, em vez disso sugeriu satiricamente aplicar um imposto sobre as persianas e tocar os sinos das igrejas ao nascer do sol para acordar os parisienses e fazê-los sair mais cedo das suas camas)."
O artigo continua com o historial da aplicação das mudanças de hora. E refere que "um relatório de 1975 do U.S. Department of Transportation concluiu que a mudança reduziu a procura de electricidade em 1% em Março e Abril. Mas em 1976, num relatório para o Congresso de avaliação a essa análise, o National Bureau of Standards concluiu que não havia poupanças significativas de energia."
E constata que "os números de poupança de energia frequentemente citados pelos legisladores e outros derivam de pesquisas efectuadas nos anos 70. Mas há uma diferença crucial entre os anos 70 - ou, a esse respeito, da época de Ben Franklin - e agora: é a prevalência do ar condicionado."
Mas aponta para vantagens aparentes da mudança de hora, como benefícios sociais de quem regista "menos crimes, menos acidentes mortais rodoviários, mais tempo para recreação e aumento da actividade económica com a hora extra de sol ao fim da tarde".
Recomendo a leitura do artigo completo (em inglês).
Obrigado pela dica, MN ;-)
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