O João Mãos de Tesoura - que nem sabe ainda que me conhece - fez o seguinte comentário ao livro "Persuacção» no blog Aliciante:
"Pelo título, «o que não se aprende nos cursos de gestão», a obra deve ocupar a biblioteca joanina de Coimbra... e estou a falar só do índice! :D
Não conheço o autor, mas li que tirou o curso em Coimbra o que fará com que esta obra traga capítulos dispensáveis noutras escolas (provocação saudável de alguém da católica de Lisboa, mas com a qual estou certo que o autor concordará). Temos em Lisboa cursos de empreendedorismo, isso sim, fazer com que o curso de gestão crie valor e não somente engenharia de carreira. Alonguei-me, o tema era aliciante! (...) Espero sinceramente que o livro venda muito! Já estou cansado dos gurus das revistas cor-de-rosa de gestão!"
Meu caro João Mãos de Tesoura, só saberei se posso ou não concordar contigo se me esclareceres o seguinte: durante o teu curso, tiveste alguma cadeira (ou um banquinho que fosse) em que abordasses argumentação racional, pensamento crítico, retórica... ou algo deste género? Além da lógica formal nas matemáticas? Se tiveste, óptimo, mas não foi a informação que recolhi enquanto preparava o livro.
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ResponderEliminarHahahaha! Caro Paulo, o mundo é uma aldeia ou, como diria um tio meu, Coimbra é que é grande!
ResponderEliminarComo sabes passei por várias universidades para além da FEUP! Nesta nunca tive nenhuma cadeira relacionada com os temas que referes; nem nesta nem nas outras. Contudo, ao nível de mestrados sim. Aliás, depois de ter estudado em Coimbra, no Porto e em Lisboa, foi na Católica que encontrei uma escola de livre pensamento, onde os alunos podiam refutar o professor desde que, para isso, apresentassem argumentação sólida e estruturada. E nada melhor do que fazer business cases em equipa com pessoas de origens académicas e profissionais manifestamente diversas (falo do MBA). Aprendi a trabalhar e a pensar em equipa, a negociar melhor, a argumentar na defesa das conclusões face a uma plateia que não sendo céptica era era exigente. De facto, os temas que referes são cobertos nas cadeiras de negociação, ética e outras, não havendo uma cadeira específica para elas.
Termino com uma pequena estória contada por um professor que tinha acabado de regressar de Harvard onde se doutorara. Dizia ele que na defesa de um trabalho de grupo, um colega pedira desculpa ao professor por apresentar um documento com demasiadas páginas, mas que de facto eles não tinham tido tempo para o sintetizar.
Recapitulando: Caro Paulo, que surpresa agradável encontrar-te aqui, vou ler o teu blog e depois digo-te o que achei. Quanto ao livro, vou comprar um mas quero-o autografado!
Abraço!
Vamos pôr isto no blog, que merece ;-)
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