Apanhei, algures na net, esta adivinha/problema que vem muito a propósito do tema da fusão necessária entre Literatura e Matemática:
Qual é o relógio que melhor regista o tempo, aquele que se atrasa um minuto por dia ou aquele que está parado?
Solução:
O relógio que se atrasa um minuto por dia dá a hora exacta de dois em dois anos, pois como se atrasa um minuto por dia só voltará a estar certo depois de se atrasar doze horas, o que só acontece ao fim de 720 dias.
O relógio que está parado está certo duas vezes em cada vinte e quatro horas.
Por isso o relógio que melhor regista o tempo é o que está parado.
Muito bem. Porém, a questão está colocada com margem de manobra para a falácia. Porque, afinal, a questão útil a colocar deveria ser, por exemplo, a seguinte:
- Dos dois relógios propostos - e atendendo à função que se espera de um relógio – qual dos dois cumpre melhor essa função de indicar as horas – correspondendo assim às expectativas e sendo útil?
E, então, todo o nosso raciocínio terá de ser diferente… bem como diversas serão as respectivas equações a desenvolver.
Tudo depende, afinal, de sabermos o que e como perguntar e/ou equacionar.
Talvez este simples exercício nos ajude a ficar de sobreaviso quanto a alguns exemplos de retórica falaciosa que por aí pululam…
Pela mesma ordem de razões, uma caduca sebenta da Faculdade de Direito de Lisboa do antigamente referia exemplarmente, a dado passo, que se cem soldados são capazes de erguer um obelisco na Praça da Concórdia, em Paris, no espaço de uma hora, um soldado seria capaz de erguer o mesmo obelisco em 100 horas…
Daí que qualquer ciência se aproxime tanto mais da exactidão quanto mais pluridisciplinaridade ela for capaz de absorver – claro, claro, também se fala aqui das Humanidades. Sendo que o oposto também é verdadeiro e é do que se tem visto mais. Há quem lhe chame incompetência, outros desgoverno, etc., etc.
Curioso. O meu livro de cabeceira por estas noites é «o sexo e o sexto», dos anos 70, de um tal de Padre Banhos. Faz lá uns cálculos, com gráficos e tudo, sobre a frequência do pecado da masturbação cruzada com a atitude do pecador. E chega a conclusões como esta do obelisco.
ResponderEliminarÉ precisamente aqui que assenta o erro da dupla/ tripla, (e quase quadrúpeda) do grupo Coelho/Gaspar/Troika-
ResponderEliminarA masturbação mental de que dão mostras ao nivelar pela indexação directa, pura e simples, o trabalho de um homem ao trabalho de um grupo são elucidativas da total incompetência, perigosa incompetência que advém do facto do total desconhecimento dos factos.
Não é a folha Excel que tem um erro. A folha Excel não tem erros, do mesmo modo que uma folha de papel de 25 por 30 linhas definirá sempre 750 espaços: rectângulares ou tão quadrados com as bestas.
O que está mal são o querer obter resultados pré-definidos tendo como base a declaração de variáveis desfasadas do conhecimento da realidade. Assim uma coisa como fazer a famosa omoleta sem ovos.
Toda a gente sabe que dois homens não fazem o trabalho dos dois isoladamente, mas que há um factor multiplicador do trabalho de grupo. Assim, cem homens produzem um trabalho colectivo superior à simples soma aritmética do potencial individual.
A falácia tonta do mini governo do Passos que agora já é maior em dois anos do que o antecessor em seis, a falácia de exigir 40 horas de trabalho para poupar no ensino, e muitas outras falácias de redução de pessoal que no fim acabam por representar aumento de despesa quer pelo "outsourcing" como pelos prejuizos a utentes etc mostra bem que há certamente um manual de um qualquer padre Banhos na cabeceira de certos governantes.
Tu irias gostar de ler aquele livro :O)
EliminarJá em coríntios 7.3.4 se diz "A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa."
ResponderEliminarDe onde se pode construir o argumento de que a mastutbação é um roubo, e que sendo assim conduz à degradação do indivíduo, pois todos os vícios são irmãos entre si...
Além do mais, é sabido que faz crescer pêlos no céu da boca, e há quem diga que faz as pessoas corcundas.
O melhor é as pessoas dormirem com as mãozinhas por fora dos lençóis como escreveu Virgílio Ferreira; mãozinhas de fora e de preferência embrulhadas em tiras de tecido, não vá o diabo tecê-las.
Até porque passa a haver um argumento para que alguém dê uma ajudinha em caso de dar aquela premente vontade nocturna de mijar...
Sim, já ouvi essa cena de a masturbação provocar o amolecimento da coluna... O que nos traz à seguinte questão: será que os bajuladores, os yes-men, os que teimam (e dão de si partes anatómicas) em ficar bem na fotografia serão indivíduos que exageraram no culto a Onão... ou não?
ResponderEliminarOh, sim... Ossim!
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