Se pudesse, dava aulas de pijama. E ia às compras de pijama. E ao ginásio (perdão, health club) e a entrevistas e a reuniões e a festas e a jantares de amigos.
Pretendo fazer o culto do pijama, essa farpela que todos usam e que ninguém valoriza o suficiente.
Escolher um pijama é um ritual tão solene como comprar uns sapatos. Deve ser simultaneamente confortável e elegante. Nao pode ser um pijama qualquer, tem que ser algo com que não me envergonhe de abrir a porta da rua, se tocarem à campainha fora de horas. Tem que ser algo com que goste de me ver ao espelho. E fora dele.
O pijama tem sido desconsiderado pela sociedade. Qualquer farrapinho velho o substitui. Afinal, pensa-se, é para dormir, e a dormir ninguém nos vê (falo para os solteiros, convictos ou pela-força-das-circunstâncias, e para os casados-que-acham-que-já-não-têm-de-fazer-esforços-porque-a-parelha-também-os-não-faz, reduzindo a dita parelha a "ninguém").
Eu faço o elogio do pijama. De algodão, com bonecos, de flanela, de xadrez, polar, monocolor ou policromático, de seda na versão negligé, de alças, manga comprida ou manga 3/4, o pijama reflecte as tendências e ajusta-se-lhes.
Gosto de pijamas. Nao há nada que me lembre que reúna melhor conceitos tao díspares como paz, fim de semana, descanso, filmes, chocolate, bicharada, quente.
Uma condição necessária para o bem estar.
ResponderEliminarE isto sim, é um luxo, ler este texto em pijama, depois de ter dormido uma sestinha.
E vesti-lo a esta hora, porque se decidiu que, esta noite, a farra não será de rua nem de copos, mas de quantinho e de televisão?!
ResponderEliminarQue delícia!! :)
Um luxinho, Noé?
ResponderEliminarPois o meu pijama é a pele...
ResponderEliminarCoisas que nos ficam dos cálidos ares Caribeños.
Mas falando de farpelas, o mais próximo que posso falar de algo parecido são as roupinhas de BTT.
Pedalar o colestrol a tensão alta, os tri-coisos-e-tal, tudo para fora do corpito... hmmmmm que cosa buena que resulta hacer 35 o 40 kilómetros de Alentejo...
Mas....tou a sonhar de saudades, moços....
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Com a gripe em rescaldos, e a tosse a espreitar a cada golpito de ar que se escape seja por qual fresta for, tou de pijama sim....
A pele que espere pela quente calmaria estival....
Ena! Essa gripe foi do teu tamanho, Charlão!
ResponderEliminarAnAndrade,
ResponderEliminarTb eu gosto... e é mesmo o que vem a calhar neste final de tarde de um fim de semana de trabalho!
Ah, o pijama...! Aquele fidelíssimo amigo que, altíssimas horas da noite, nos aconchega num regaço quase maternal, num prelúdio do finalmente atingido descanso de guerreiro, até que os lençóis nos acolhem o corpo e o espírito.
ResponderEliminarMomento sublime que pode prolongar-se até à torrada matinal - aconselhável um revestimento a roupão... - em casa ou na rua, consoante as condições do tempo ou de outros circunstancialismos.
Depois, a inevitável espreitadela ao computador, para ver se o mundo ainda não saiu do sítio onde o deixámos no dia anterior, levando ainda connosco a tepidez de vale de lençóis.
Claro que este cenário será de um fim de semana ou, então, de estado de reforma. Mas, sim, também tenho uma ligação afectiva imensa e muito chegada aos meus pijamas. E, sim ainda, não posso deixar de cultivar, até, uma certa predilecção sazonal por este ou por aquele.
Mas não deixo, nesta postura cultural de pijama vestido, de sentir alguma inveja pela atitude primordial do Charlie, com um despojamento total que privilegia o tecido cutâneo, sem costuras nem mangas ou pernas que se ensarilham em nós, arrepanhando pêlos e desconfortos avulsos...
Bem, um gajo cá em casa é meio Charlie: só consegue dormir com a parte de cima vestida. Da cintura para baixo, é Caribeño.
ResponderEliminarAssim a modos que um Charlibeño...
ResponderEliminarMas para o franzino.
ResponderEliminarHEHEHEHEH
ResponderEliminarEna malta :DDDD
CAGANDA Strip que o Orca e a São me fizeram....
Na verdade não gosto de pijamas não.
É em pelo nu que durmo (Eiscétu agora percaza da gripi melhéres)
E quanto ao peso, tenho menos 20 do que tinha quando chamamos um figo aos leitões da Bairrada. ;)
Ainda lhes chamo figuinhos sim, mas depois castigo-os no BTT
Ou seja, estás a precisar de uma nova dose...
ResponderEliminarCharlie, amigo, que não te dê a magreza p'rà fraqueza, carais! Aos leitões e em força!
ResponderEliminarÉ que nem é preciso GPS!
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