abril 11, 2013

este IRS troicado...

O que eu mais aprecio, mas aprecio mesmo, neste atoleiro de que não há modo de sairmos, é a disfunção sistémica de que enfermam os «serviços» na sua relação com o povo.

Vejamos: o cidadão sai cedo do seu emprego; corre para casa, através do trânsito urbano abstruso. Arma o estendal papeleiro em casa, avisando a família de que, hoje, o jantar deve atirar para mais tarde. Tudo avisado, arregaça as mangas, limpa os óculos, cata a máquina de calcular, distribui criteriosa e ordenadamente os incontáveis papelinhos que coleccionou, religiosamente, toda a família durante um ano.

Apresta-se a cumprir esse ritual de cidadania, ainda mais urgente nesta «terrível crise que atravessamos», mas ritual que tem tanto de imperativo cívico como de masoquismo penitente... e liga o computador portátil.

Passwords e o camandro, ei-lo a digitar... ou melhor, a tentar digitar as permissas de acessibilidade. E eis-nos no reino do Serapião, que é uma coisa que ninguém sabe o que é e eu também não:


(NOTA - acabadinho de ocorrer num sítio perto de mim...)

Pois eles serão «o mais breve possível», seja lá isso o que for no mau português que esta gente (ab)usa. Eu é que me sinto, subitamente, muito abaixo do corno da história!

E escusam de clicar aqui ou ali ou na pata que os pôs, que aquilo não abre para lado nenhum.Vais ver que isto tudo é por culpa do chumbo do Tribunal Constitucional...

Vá, agora cantemos todos: 
meninos, vamos à tróica, ó ai,
que a tróica é maravilha
metei o IRS, ó ai,
ali onde o Sol não brilha!

Raismaparta mais esta incomodidade constante de não ter nascido no Canadá, carais!!!   

1 comentário:

  1. Tu, de canadianas (uma de cada lado)?!
    E depois deixavas de ter assunto para um post, carais!

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