setembro 21, 2014

A vida na Terra por um Fio, Carta Aberta aos Governantes do Mundo

....o degelo das camadas de gelo eterno das zonas Árticas está a começar a libertar os muitos milhares de milhões de toneladas de gás metano nelas acumuladas...


O aquecimento global, uma maçada desses meio lunáticos, os ecologistas, verdes e quejandos, já é um dado adquirido. Bem podem os Mira Amaral deste mundo argumentar com os rácios e margens de poluição a favor: podemos poluir porque a gente está a poluir menos do que os outros....
Deprimente a falta de visão a prazo que fez atingir no sistema global terrestre neste momento, ou seja já, pelo egoísmo e estupidez, o limiar da ruptura.
As recentes reviravoltas no clima a que todos assistimos são apenas o começo.
O aquecimento global, derivado dos sistemas de produção de energia libertadoras de CO2, não tem apenas como consequência o gravíssimo problema  da subida dos oceanos e a submersão das ocupações litorais dos aglomerados humanos.
Pior do que isso, o degelo das camadas de gelo eterno das zonas Árticas está a começar a libertar os muitos milhares de milhões de toneladas de gás metano nelas acumuladas ao longo da história do planeta, que uma vez na atmosfera terá o efeito de uma bomba ecológica capaz de acabar com todo o nosso suporte de vida. É uma ameaça real e já está a acontecer nas margens das tundras que têm vindo a assistir ao recuo anual dos gelos.
Uma experiência feita há alguns anos numa biosfera fechada, inspirada no trabalho de David Latimer, consistiu numa cúpula transparente hermética onde alguns voluntário pretendiam viver do que era possível produzir em circuito fechado. Inserido nos estudos para a eventual colonização da lua e outros planetas, pretendia-se um acumular de dados para uso futuro.
Com alguma facilidade conseguiram o mínimo suporte. No entanto, os cientístas que monitorizavam os dados ficavam dia a dia mais apreensivos: os níveis de oxigénio baixavam lentamente à medida que o tempo transcorria e  passadas umas semanas do início da experiência tiveram de interrompe-la pois tinha-se atingido um limite já perigoso.
Qual era a causa dessa baixa de oxigénio? Simplesmente o metano resultante dos fertilizantes naturais com que os voluntários adubavam as plantas de que viviam.
Os estudos posteriores reveleram o terrível perigo para o sistema planetário do aumento desse gás na atmosfera do planeta, também ele um sistema fechado.
O aumento da população tem sido acompanhado pelo aumento da produção de energia e da criação intensiva de gado. Esta última tem só por si um impacte de nota no aumento do metano, mas o constante aumento do dióxido de carbono está a contribuir para multiplicar por vários milhares o nível da contaminação derivado do degelo consequente.
A actividade Humana que mais produz o dióxido de carbono é a da produção de energia.
A única forma de ultrapassar - e é de extrema urgência que isso se faça desde já- é a conversão a todo vapor, passe o termo, e custe o que custar para sistemas de produção limpa e ecológica de energia.
É urgente que os dirigentes do mundo esqueçam por um instante os números dos défices, dos financiamentos, investimentos, juros e proveitos, pois tudo perde o sentido perante a grandeza da ameaça que está mesmo á frente dos nossos olhos. Não há expressão que consiga sintetizar os custos de adiar-se o que é de extrema urgência
Não para o Ano que vem, não para o mês que vem, nem sequer para a semana ou amanhã: é já e agora ou poderá nunca mais ser!

 

13 comentários:

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    1. Pois é, Charlie, justamente nos momentos de grandes preocupações e de grandes tumultos, os homens e suas políticas não nos fazem muito felizes. Reúnem, reúnem-se e reúnem para discutir assuntos e nada resolvem de concreto, especialmente nessa questão do aquecimento global. Há interesses políticos e econômicos em jogo.
      Hoje, por exemplo, mais um desses “ENCONTROS”: A Cúpula do Clima, na sede das Nações Unidas (ONU) em Nova York, com chefes de Estado, de governo e representantes de 125 países, convocada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, como um chamado ao "engajamento internacional", em prol da preservação ambiental e da redução dos efeitos das mudanças climáticas.
      Mas não há consenso acerca desse tema. Cada um defende o seu interesse. Vejamos os Estados Unidos, por exemplo, acreditam que é possível conciliar a luta contra as mudanças climáticas com o crescimento econômico. De repente, até é possível mesmo, mas queremos ver essa conciliação na prática!
      Nossa Presidente está por lá. Deve discursar ainda pela manhã (pelo fuso, isso já deve ter acontecido, até porque estou em meio à floresta e não estou assistindo nada que possa ser em vídeo). Decerto teremos mais um espetáculo de bla, bla, bla, promessas e pressões de todos os tipos, mas resultados concretos , nada!
      O tal Ban tenta pressionar esses países a ter compromisso com o tema. Ora, ora, precisava haver pressão desse tipo? Isso não é responsabilidade de cada governo? Não são eles que detêm o poder de mando e desmando? As ações para evitar tragédias que o Planeta vem enfrentando por conta dos danos causados pelo Homem não deveria partir desses (des)governantes? Que falta de senso!
      Na atividade diplomática, deveriam ter elevado grau de responsabilidades para com os povos de suas nações, e, consequentemente, com os destinos da Humanidade no planeta Terra. Enquanto isso, secas, inundações, conflitos e, como resultado, perdas econômicas cada vez mais profundas. Um cenário nada atraente que aguarda o planeta, se não forem reduzidas as emissões de dióxido de carbono (CO2). Não se pode desconsiderar uma certeza irrefutável: o aquecimento global tem a mão do homem.
      Há um alerta sobre uma possível tragédia ao planeta, e isso não é de hoje. Concordo plenamente contigo, Charlie, de que “ Não há expressão que consiga sintetizar os custos de adiar-se o que é de extrema urgência.
      Não para o Ano que vem, não para o mês que vem, nem sequer para a semana ou amanhã: é já e agora ou poderá nunca mais ser!”

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  2. ... continuando...
    Em que resultou o encontro de cientistas e representantes de governos na cidade japonesa de Yokohama? Os perigos destacados no relatório, o que está sendo feito para evitá-los, como: "INUNDAÇÕES: com as emissões crescentes de gases de efeito estufa aumentarão "significativamente" o risco de inundações, às quais Europa e Ásia estarão particularmente expostas. Se confirmado o aumento extremo de temperaturas, três vezes mais pessoas ficarão expostas a inundações devastadoras; SECA: a cada 1º adicional na temperatura, outros 7% da população mundial terão reduzidas em um quinto as fontes de água renováveis; AUMENTO DO NÍVEL DOS MARES: Se nada for feito, em 2100 "centenas de milhões" de habitantes das regiões costeiras serão levados a se deslocar. Os pequenos países insulares do leste, sudeste e sul da Ásia verão suas terras reduzidas.
    FOME: os cultivos de trigo, arroz e milho perderão em média 2% por década, enquanto a demanda de cultivos aumentará 14% em 2050, devido ao aumento da população mundial. Os mais prejudicados serão os países tropicais mais pobres; DESAPARECIMENTO DAS ESPÉCIES: "Grande parte" das espécies terrestres e de água doce correrá risco de extinção, pois as mudanças climáticas destruirão seu hábitat; AMEAÇA PARA A SEGURANÇA - "As mudanças climáticas no século XXI empurrarão os Estados a novos desafios e determinarão de forma crescente as políticas de segurança nacional", adverte o esboço de resumo."

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  3. ... finalmente....

    Ainda assim, algumas repercussões transfronteiriças das mudanças climáticas - A redução das zonas geladas do planeta, as fontes de água compartilhadas ou a migração dos bancos de peixes - "têm o potencial de aumentar a rivalidade entre os países". O relatório destaca, ainda, que a redução das emissões de gases de efeito estufa "nas próximas décadas" permitirá desativar algumas das piores consequências das mudanças climáticas até o final do século.
    O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), em seus 25 anos de História, já publicou quatro desses relatórios, fazendo alertas em cada um deles, inclusive sobre as “gigatoneladas de dióxido de carbono emitidas pelo tráfego, as centrais, as centrais energéticas e os combustíveis de origem fóssil, assim como o metano, gerado pelo desmatamento e pela pecuária”.
    Infelizmente, a então Cúpula de Copenhague, em 2009, que serviria para mais uma dessas discussões a respeito das ameaças ao planeta, foi abalada. Céticos, aproveitando-se de erros no relatório do IPCC, de 2007, deitaram e rolaram na demonstração da existência de visão tendenciosa sobre as tais ameaças.
    Acontece que os tais céticos também nada apresentam como solução ao conflito.
    É fato que a questão do aquecimento global tem tido controvérsias. Quem não se lembra do escândalo “Climagate”, que gerou uma polêmica mundial, quando, em novembro de 2009, hackers invadiram um computador da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, um dos principais centros da pesquisa sobre o aquecimento global, e de lá roubaram 1 000 e-mails e 2.000 documentos, em que os cientistas debatem questões técnicas - inclusive uma série de mensagens em que discutem um "truque" para "esconder um declínio" (palavras deles) na quantidade de CO2 presente na atmosfera em épocas passadas.
    Céticos, que não acreditam no aquecimento global, ou acham que ele não é obra da humanidade, encararam os tais e-mails como suposta prova disso. Cientistas foram acusados de manipulação de dados. Montaram-se vários comitês independentes para investigar o caso, que chegaram a uma conclusão unânime. Os números do aquecimento global estavam certos, e o tal truque era apenas um procedimento matemático. Os pesquisadores tinham descartado alguns poucos números de medição de temperatura - que estavam muito diferentes dos demais, e, por isso, provavelmente errados. É uma técnica estatística válida e aceita pela ciência, segundo os entendidos.
    Certo é que essa novela abriu uma nova discussão: existe muita coisa que ainda não entendemos sobre o aquecimento global. O básico, todo mundo sabe: o homem queima combustíveis fósseis e isso libera CO2, que se acumula na atmosfera e provoca o famoso efeito estufa, que impede que o calor se dissipe e deixa a Terra mais quente. Só que isso não conta toda a história. A emissão de CO2 desencadeia efeitos estranhos no planeta. E isso faz com que elementos aparentemente inofensivos se voltem contra a humanidade, piorando o aquecimento global.
    Mas está à porta um iminente perigo.
    Neste encontro de hoje, em Nova York, vamos aguardas pelas soluções públicas para lidar com as mudanças climáticas. Será que algum desses líderes presentes levou na mala alguma medida concreta? Ou vamos ficar tal qual o comerciante que se alegra com a venda de condicionadores de ar, de carros, sem se preocupar o quanto está, também, contribuindo para essas tragédias climáticas?
    Enquanto isso, sob a Linha do Equador, vamos sofrendo com as altas temperaturas (e olha que estamos vizinhos a uma vasta vegetação: a Floresta Amazônica!)




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    1. Ena pai, Mamãe! Que pena isto ficar aqui nos comentários. Posso fazer um post?

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  4. O aquecimento global é um problema que atinge a todos, portanto, nosso.
    Claro que podes!

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  5. Se bem que, mesmo como comentário, não deixa de ter sido divulgado (o espaço nem importa)

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  6. Bem... Chama a Mamãe! e não só. Chamou mesmo a malta toda! Chapéu e aplauso.
    E outro para o Charlie pelo olhar atento e denunciador, a bem do mundo.

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  7. Amanhã já sai o texto da Mamãe.

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  8. Olá Mestre OrCa, prazer tê-lo aqui, novamente. Sempre muito bom sua "presença".
    Como dito, é uma briga de egos. Nosso Brasil não assinou a "Declaração de Nova York sobre Floresta". E não assinou porque não teria sido "convidado" a participar do texto do tal documento.
    Essas "birras" de crianças mimadas deveriam ser deixadas de lado, quando tem algo bem mais importante em jogo.
    O Brasil deveria estar em toda e qualquer iniciativa que tenha como foco a proteção das florestas. A não assinatura, em represália apenas pelo descontentamento do "convite", só nos faz confirmar que esses representantes em nada estão preocuopados com o interesse coletivo, apenas em afagar seus egos.
    Desde 2004, deve-se reconhecer que o Brasil reduziu sensivelmente as áreas de desfloramento em 80% (oitenta por cento). Um avanço e tanto!
    No entanto, em 2013, houve um repique (repetição). Foi desmatada uma área de floresta equivalente a 2 (duas) vezes a cidade de São Paulo (que não é tão pequena assim), isso somente entre agosto de 2013 a julho último.
    Tudo bem que o Brasil atingiu a meta de redução, mas essa "recaída" deixa claro que ainda existem ações de degradação da floresta em maior proporção do que se possa estar fazendo em reflorestamento e preservação do meio ambiente, de modo geral.

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