fevereiro 03, 2015

O lucro e o bem estar

Li recentemente isto:

"As empresas de hoje devem focar-se nas pessoas e no propósito do seu negócio e não apenas nos produtos e no lucro, segundo a quarta edição do estudo «Millennial Survey» publicado anualmente pela Deloitte. Estas e outras evidências sugerem que as empresas, especialmente as dos mercados desenvolvidos, terão que realizar profundas mudanças para atrair e reter os talentos do futuro."

Espero que se dissemine o que defendo há mais de 30 anos e que escrevi no meu livro «Persuacção - o que não se aprende nos cursos de gestão», publicado pela Sílabo em 2005:

O objectivo último das pessoas e das organizações deve ser o bem estar. O lucro deve ser uma forma de obter esse bem estar, não um fim em si. E não são, de forma alguma, antagónicos. Aliás, da obtenção do lucro depende o bem estar de todos os que dependem de uma organização, investidores obviamente incluídos.

17 comentários:

  1. Reforça o que já afirmava o excelente professor Idalberto Chiavenato (um dos autores nacionais mais conhecidos e respeitados na área de Administração de Empresas e Recursos Humanos) no seu livro Recursos Humanos, o Capital Humano das Organizações, Para Chiavenato, "...estrutura organizacional, tecnologia, recursos financeiros e materiais ajudam muito na lucratividade e sustentabilidade das organizações, porém constituem apenas aspectos físicos e inertes que precisam ser administrados inteligentemente através de pessoas que constituem a inteligência que vivifica e norteia qualquer organização."
    Está mais do que comprovado que as empresas focadas nas pessoas vão além da noção de recursos humanos, concebendo-as como capital humano, um bem valioso a ser desenvolvido. E a retenção de talentos nas organizações perpassa pela oferta de capacitação, a valorização do capital intelectual.


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  2. Foi um dos autores que estudei.
    Essa frase dele realça o que para mim também é de extrema relevância: o mais importante nas organizações são as pessoas. Mas esta minha ideia vai mais longe: as pessoas não são só importantíssimas como agentes da organização mas também como objectivo último da actividade. Por outras palavras, a organização não deve só ser por pessoas mas também para pessoas.

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  3. Sério? Não sabia, embora seja uma excelente fonte de pesquisa.

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  4. Não sabia que uma das tuas fontes de pesquisa, para o teu Livro, foi o excelente Chiavenato. Porém, não me espanta, porque quem é bom...acaba procurando pelos bons.
    Bjs, cara pálida!

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  5. Só agora é que reparei que a São Rosas comentou e que também estudou Chiavenato.
    É mesmo funda, a São Rosas.

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  6. POr vezes me impressiono com ela! Vai tão a fundo que me intriga quão profunda é sua capacidade de se diversificar.
    Menina porreta, essa.

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  7. Quando estudei economia havia uma coisa a que se chamava "responsabilidade social das empresas".
    Coisa totalmente abolida pelas teorias e práticas neo-liberais (fascistas, diga-se antes) que têm como único objectivo a maximização do lucro a qualquer custo e que fizeram escola a nível mundial.
    Bem podem os palermóides da escolinha onde os nossos governantes passeiam os bibes argumentar loas, que a única verdade é a de que a toda lógica empresarial focada nos lucros e não na produção de bem-estar conduz à crise generalizada pois o "mercado" é feito de pessoas que dependem dos rendimentos.
    Sem rendimentos não há mercado, tal como um rio que sem água não corre
    Simples!
    Até para mim.....

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  8. Alguma coisita, não tanto como o nosso amigo Paulo Moura obviamente, a quem endereço os protestos da mais elevada consideração e estima, - como soi dizer-se em determinados círculos ,- e distinto ministro dessa nobre arte que consiste em produzir, de forma económica, o milagre da multiplicação dos pães.

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  9. Ûm boi?
    vou fazer um post sobre isso

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