Parece que andam a exigir a mulheres que trabalham e que se encontram em período de aleitação que provem tal acto providenciando um esguicho mamário na presença do inquiridor... Para cúmulo, parece que a coisa está a acontecer com enfermeiras e em Hospitais civis.
Antes de mais nada e antes até que os «nervos» me destrambelhem o juízo e a pouca paciência, aconselha-se uma vista de olhos aqui: http://sabiasque.pt/codigo-do-trabalho/1128-codigo-do-trabalho-artigo-47-dispensa-para-amamentacao-ou-aleitacao.html.
Isto é tão mau, mas tão mauzinho, mesmo, que não me ocorre nada de muito inteligente que ultrapasse o âmbito do varapau imediatamente assente nos chanfalhos do energúmeno que se prontifica a tal arbitrariedade.
Em alternativa, ocorre-me deixar aqui uma sugestão às vítimas desta atitude nazi - sim, sim, é nazi!
- Manifestem total aquiescência mas com uma ou duas muito legítimas exigências prévias, a saber: a presença de uma autoridade (o que é perfeitamente legal), a presença do marido (quando o houver), a presença do seu advogado e do responsável pela instituição e a exigência liminar de imediata redacção de relatório circunstancial que ateste:
a) a responsabilidade pela execução de tal exigência por parte do «examinador», com atestado anexo acerca da sua sanidade mental;
b) o resultado da «análise» efectuada, para os devidos e imediatos efeitos, porquanto o acto de amamentar, se a memória não me atraiçoa, é diário.
Tenho cá para mim que, nestas circunstâncias, cada um dos nazis envolvidos pensaria duas vezes antes de dar seguimento à «diligência», não acham?
Vá lá, mulheres! Mostrem-nos o que valem, carais!
post scriptum - Claro que as situações que vieram a lume ultrapassarão o tal primeiro ano de vida do lactente e, como tal, sujeitas a confirmação clínica para manutenção de situação. Agora, assim...?
O que me preocupa é tão-só o facto costumeiro de sempre que ocorre uma suspeita de aproveitamento indevido de um qualquer direito de cidadania - o que é uma chaga social, em Portugal -, logo sair um «regulamento» que penaliza o justo em vez do pecador. E isso apenas ocorre porque o Estado se demite da sua função reguladora e disciplinadora que lhe é intrinsecamente devida.
Enfim, imaginemos o conceito do «espremer as mamas» extensivo a outras práticas e a outras zonas anatómicas, sempre que ocorrer suspeita de prevaricação...
Claro que tudo isto se deve inserir no grandessíssimo apoio à natalidade de que este governo também tem vindo a dar provas.
post scriptum - Claro que as situações que vieram a lume ultrapassarão o tal primeiro ano de vida do lactente e, como tal, sujeitas a confirmação clínica para manutenção de situação. Agora, assim...?
O que me preocupa é tão-só o facto costumeiro de sempre que ocorre uma suspeita de aproveitamento indevido de um qualquer direito de cidadania - o que é uma chaga social, em Portugal -, logo sair um «regulamento» que penaliza o justo em vez do pecador. E isso apenas ocorre porque o Estado se demite da sua função reguladora e disciplinadora que lhe é intrinsecamente devida.
Enfim, imaginemos o conceito do «espremer as mamas» extensivo a outras práticas e a outras zonas anatómicas, sempre que ocorrer suspeita de prevaricação...
Claro que tudo isto se deve inserir no grandessíssimo apoio à natalidade de que este governo também tem vindo a dar provas.
Tu queres mesmo que eu mostre?
ResponderEliminarClaro que há aqui sempre uma questão que se coloca: o estado democrático e de direito devia criar todas as condições para apurar quem são os prevaricadores (médicos que passam atestados falsos incluídos, claro) e aplicar severas e democráticas sanções a esses e essas.
ResponderEliminarAgora, dar estas «geraldinas» indignas fazendo, como é costume destes governantes feitos à pressa, pagar a justa pela pecadora é que é coisa indigna para a democracia.
Ao Estado (isso, com maiúscula) compete zelar pelo bom cumprimento da lei, punindo quem dela se afasta. E isso tem toda a legitimidade, desde que sejam cumpridos direitos e garantias que estão consignados constitucionalmente.
Dar azo a que videirinhos mal-amanhados criem «regulamentos internos» para colmatar pretensas ausências do estado democrático é SEMPRE um passo dado a caminho da ditadura.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEsta canalha faz as leis e as contas como se a massa trabalhadora e consumidora fosse imutável, não envelhecesse e fosse tendencialmente ilimitada nas suas capacidades de produção a custos cada vez mais reduzidos.
ResponderEliminarPlaneiam e projectam a sua felicidade alocada às famosas folhas excel onde os campos relativos à felicidade alheia não existem. Nem os campos da felicidade, nem os campos dos projectos pessoais, nem aquela coisa irrepetível que são os dias que passam e que levam a vida com eles fazendo com que cada dia vivido, seja um dia a menos no horizonte previsível de capacidade produtiva.
Para essa gente, apenas existe a massa crítica e os dados macro económicos, onde os filhos são aquela maçada logo a seguir às gravidezes e os velhos, despesas a minorar, se possível eliminar.
Esta doença terrível que sobe e domina os sistemas governativos espalha-se depois por todo o corpo da sociedade, saindo em suores quentes e frios por todos os poros. A quebra da natalidade é mais uma expressão do egoísmo imposto de cima do que uma opção de base.
As pessoas não querem ter filhos? Ou as pessoas não PODEM ter filhos?