Há dias para tudo nesta vida. Dia de Natal, Dia Internacional da Mulher, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Dia dos Namorados, Dia do Descobrimento do Brasil, Dia do Golpe Militar, Dia do Trabalhador. Tem até o Dia da Mentira. Dia do Amigo. Dia da Água. Dia do Planeta. Sexta-feira Santa. Quarta-feira de cinzas. Dia de Fátima. Dia do Mestre, Dia do Estudante, Dia do Advogado, Dia do Médico.
O dia a dia tem mais Dias de comemorações que possamos aqui elencá-los.
Hoje, como não poderia deixar de ser, mais um desses dias está sendo comemorado: O Domingo de Páscoa.
Que me perdoem os religiosos de todas as religiões, eu sou um tanto avessa às datas que por afora apregoam como dias dos mais festivos. Tudo cheira a marketing. As indústrias sempre ganhando com todo esse comércio.
Na verdade, o sentido de tudo isso não deveria requerer uma corrida desenfreada ao comércio para as compras de presentes, de ovos de chocolate, de coelhinhos enfeitando o caminho da criançada à procura dos tais ovinhos.
Se Páscoa é a "passagem", a celebração do Jesus vivo, achamos mesmo que Jesus, aquele que saía pregando o Evangelho apenas com a roupa do corpo, pregaria isso que assistimos hoje em dia?
E o Dia do Mendigo, Dia do Doente, Dia do Deficiente, Dia do Pobre, Dia da Ingratidão, Dia da Injustiça? Isso tudo está presente no dia a dia de nossas vidas, e passamos por eles sem sequer nos darmos conta.
Na Sexta-feira santa infiltraram em nossa cabeça que só devemos comer peixe. Carne vermelha, jamais. Seria um sacrilégio. Mas o que há, de fato, por detrás de tudo isso? O miserável que sequer tem um pedaço de pão para sustentar-se, ou a seus filhos, poderá escolher qual carne irá comer, quando lhe resta um resto de refeição que encontrou no lixo?
Para mim, não só hoje, Domingo de Páscoa, mas todos os dias, deveríamos comemorar a "passagem". Sim, passagem para sempre sermos o melhor, com boas ações, amando o inimigo, porque, realmente, que virtude temos em amar os amigos e aqueles que nos amam?
A Sexta-feira Santa passou. Quem pôde, foi aos restaurantes comer o que há de melhor em peixes. Ótimo. Nada contra.
No sábado, para compensar, as churrascarias estavam lotadas e o tal jejum em nome da Paixão de Cristo já estava esquecida.
Alguém está lucrando com isso. As vendas multiplicam. E a mísera existência do Homem na Terra, nos demais dias do ano, sequer dedicam uma fração de tempo para pensar o quanto Ele suportou de dores...e o quanto nós não temos merecido o sacrifício.
Felizes Dias de Páscoa. Dias de Renascimentos. Dias melhores virão!
Mamãe Coruja
Boa Páscoa... no bom sentido, Mamãe.
ResponderEliminarPor essas e por outras é que eu, agnóstico confesso, não apenas celebro todas as efemérides do calendário litúrgico católico apostólico romano como, em cada uma delas, faço o que me dá na real gana. Já nem sei se é anarquia militante ou mera vontade de contrariar só para obter algum equilíbrio no destempero dos dias. Seja como for, nunca nos esqueçamos do grandíssimo preceito que nos diz, ama y hace lo que quieras... (em castelhano, pois, para dar mais pica!).
ResponderEliminarE como dar pica é bom...haja pica!
EliminarEu até fui para a Turquia... gramar com os chamamentos das mesquitas...
ResponderEliminarPois. Quem pode, pode. Quem não pode, se sacode.
EliminarFois, fois...
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