- Já cá se sabe que um poema não muda nada, é como respirar, que pouco muda. No entanto, por isso vivemos e somos. E dos nossos «governantes» nem direi que envergonham, pois estaria a gerir expectativas que nem tenho. Antes mesmo de saber, então, qual o resultado do próximo referendo na Grécia, aqui deixo o meu voto:
da Grécia a Portugal sobra-nos mar
entre extremos de uma Europa perturbada
e se Homero fez divino o ser humano
já Camões diz da pátria sua amada
esse mar que nos une e acrescenta
que é helénico e também é lusitano
e que pode ser de glória a mais violenta
um abraço que é de Sol – um tudo ou nada
já o Zeus do Olimpo brande o raio
Endovélico – ar e fogo – vem à liça
que um povo não se fez p’ra ser lacaio
de quem vive da usura e da injustiça
mesmo quando em seu seio a vil traição
mascarada e vil e vil e mascarada
nos disser que há mais ventos de feição
que nos honre a nossa voz – gume de espada –
decepando as mentiras mais hediondas
chegará de Pérgamo a tempestade
ou de Sagres no ribombo de altas ondas
o mar alto onde vive a liberdade.
- Jorge Castro
02 de Julho de 2015
A Europa ainda não descobriu que está apertada entre nós e a Grécia
ResponderEliminarGrande OrCa!
ResponderEliminarGrande OrCa,?
EliminarAcho mais que é: ImenSo ;)