setembro 06, 2011

Como se diz na minha terra, há argumentos "do caga-cornos"!

"Questionado sobre as razões que o levam a não querer criar uma taxa sobre as maiores fortunas, o primeiro-ministro explicou que isso seria contraproducente numa altura em que Portugal precisa de «atrair capitais»."

Pois... e já não é nada contraproducente criar repulsa a quem trabalha!

4 comentários:

  1. Imperdoável um economista fazer confusão entre "capital" e "meios financeiros".
    E logo ele que está lançado para se desfazer de empresas com larga história na economia do país e que representam um capital próprio, interno, considerável. A inversão em meios financeiros que o P.C. / V.G. pretendem encaixar com a alienação irresponsável destas empresas estruturantes faz lembrar a anedota do cromo que vendeu o carro para comprar uns pneus, ou do outro que vendeu o televisor para comprar um vídeo gravador. Na verdade, a falta de formação nas áreas de história e humanidades deixam a descoberto um défice na área em que se afirmam especialistas. Vitor Gaspar aplica as receitas macro a um país, cujo macro é apenas micro, e onde os conceitos de massa crítica respectivos pertencem a universos incomparáveis.
    A alienação de empresas como a Tap, não irá trazer qualquer injecção de dinheiro pelo estímulo e atracção de investidores privados. Na verdade, e sendo o nosso mercado pequeno, o grosso da Tap assim como a EDP etc, é o mercado internacional onde concorre com esses irão adquirir um concorrente a preço de saldo e incorporar as empresas recém adquiridas nas suas, eliminando esse concorrente, podendo repetir-se o caso da Sorefame/Bombardier, de triste memória do período Cavaquista. Por outro lado, a entrada de recursos por via da operação no estrangeiro irá terminar mal as empresas passem para as mãos de accionistas que não sejam nacionais. Um erro tremendo, de consequencias gravíssimas. Não se pode tratar um pequeno país de 10 milhões pela bitola dum outro de muitas dezenas de milhões. São realidades incomparáveis em todos os aspectos a começar precisamente por um dos é um dos deuses da economia moderna; a expressão numérica do sacrossanto mercado! Isto foi fácil de verificar quando da liberalização do preço do combustível. Em vez de concorrência aberta, um cartel monopolista à vista de toda a gente menos do agente regulador que nunca descobriu qualquer irregularidade no facto de quatro empresas operadoras terem preços coincidentes até à casa da milésima parte do €uro...
    Regressando ao tema, e ao medo de taxar os muuuuito ricos: é inegável que estes querem continuar a ser muito ricos e para isso estão dispostos a doar a maior parte das suas fortunas e com isso fazer funcionar o que os mantém muito ricos: o binómio dos fluxos financeiro / capital de que eles, estando no topo da cadeia, beneficiam.
    Pode escrever-se preto no branco: a venda dessas empresas, as últimas que nos restam, irão deixar-nos de cuecas numa das mãos e chapéu roto na outra. Figura que Passos Coelho anda já a fazer quando recusa as ofertas de dinheiro dos muito ricos enquanto anda a vender as pratas da casa pelo preço dumas latas de sardinha...

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  2. De tudo quanto o Charlie diz e que merece (mais um) caloroso aplauso, apenas direi que as latas de sardinha que ele refere... se calhar até estão vazias, pelo que o preço ainda será mais menor pequeno, como diria alguém que eu conheço.

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  3. Ainda estás a ser optimista. Eu tenho em casa uma lata de conserva, que comprei há uns 30 anos, com "Air de Paris"...

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