Argumentos convincentes, mas o mundo em que vivemos é este e o medo é o sentimento de fragilidade que nos invade, no mundo inteiro, perante a violência. Como trazermos a civilidade novamente aos costumes citadinos? Essa é a questão para que possamos evitar mais violência, quebra dos direitos humanos e guerras. Parabéns pela postagem dessa entrevista. Um abraço, Yayá.
Muito sábia esta apreciação. O maldito do medo instrumentalizado como arma... coisa terrível! da qual não nos livraremos senão, talvez, além do limiar a partir do qual já nada há a perder...
Estranho paradoxo: é preciso ser-se livre para se ser livre...
Sim....muito bem Salomé, como diz a nossa colega São. Há um ponto de ruptura: Tal e qual a fábula do burro e da sardinha. Um comerciante tinha um burro, e ao carregá-lo de sardinhas ia pondo, ora num cabaz à esquerda, ora no outro da direita, sucessivamente uma sardinha. Cada dia carregava mais e mais o desgraçado até que um dia, ao colocar mais uma sardinha, o burro caiu de espargata em quatro e espalhou a carga toda pelo chão. -Vejam bem o estapôr da besta que nem com uma sardinha pode!!! gritou o peixeiro... danado com o animal. ****
Como não queremos ser ainda mais burros do que já somos, temos que fazer recuar a fasquia de forma a termos forças para fazer ainda alguma coisa, e dizer basta, antes que o peso das sardinhas, digo, dos impostos e da caça aos nossos valores civilizacionais, estatelem com os ossos onde antes havia uma alma, no chão.
Eu seria a primeira a saltar para a frente de batalha, mas esta guerra, há que reconhecer, está perdida. Não fosse por mais, a desigualdade numérica é desconcertante. Às vezes é assim, não está ao nosso alcance interferir no que sejam os destinos do colectivo, o que não obsta a que tenhamos ainda o poder de agir sobre nós próprios... ou de tentar, ao menos, salvar a nossa própria alma... (e se possível, os ossos também...)
O Caos é a grande mãe da ordem. E o pormenor curioso, no que ao viver colectivo diz respeito, reside no facto dos que se queixam dos malefícios do caos, são os mesmos que ao perverter a ordem para de forma egoísta daí tirar benefícios, esse mesmo caos promovem.
Acho que são precisamente os acusadores que se rodeiam de torres de marfim, pois o acto de pensar, filosofar é precisamente a arte de não ter limites, logo representa a abertura do espírito e e não o seu encerramento
Concordo e reconcordo, se me é permitido inventar uma palavra. Mas de facto é como dizes. Se há gente que nunca tem a certeza de nada pondo tudo em questão, ao desenhar cenários perfeitos dando a descobrir a fragilidade efêmera das perfeições, são precisamente os filósofos.
Eu, que me confesso um ser eminentemente medroso, tenho uma dificuldade enorme em entender tanto medo à minha volta, tanta negação do ser e, até, do estar.
E poucos analisarem que o medo não tem substância nem peso, mas habita tão só algum recôndito das nossas circunvoluções cerebrais que há-de, como diria o O'Neil, transformar-nos em ratos.
E lá vamos, cantando e rindo, entre futebóis e outras alucinações, esquecendo quão curta é a vida e quão breve é, daí decorrendo, o tempo que temos para fazer com que ela tenha valido a pena ser vivida.
Perdoa-me, Paulo, mas permite-me remeter este comentário para o Sete Mares (http://sete-mares.blogspot.com), onde refiro mais um daqueles - o nosso «confrade» Dionísio Leitão, que teve artes para «se ir da lei da morte libertando», exactamente porque soube crescer para além do medo, irracional e preverso, que nos faz negar, em pura e irremediável perda, o sublime de existirmos.
...O Império do Medo....
ResponderEliminarArgumentos convincentes, mas o mundo em que vivemos é este e o medo é o sentimento de fragilidade que nos invade, no mundo inteiro, perante a violência. Como trazermos a civilidade novamente aos costumes citadinos? Essa é a questão para que possamos evitar mais violência, quebra dos direitos humanos e guerras. Parabéns pela postagem dessa entrevista. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarMuito sábia esta apreciação. O maldito do medo instrumentalizado como arma... coisa terrível! da qual não nos livraremos senão, talvez, além do limiar a partir do qual já nada há a perder...
ResponderEliminarEstranho paradoxo: é preciso ser-se livre para se ser livre...
Muito bem resumido, Cruz.
ResponderEliminarSim....muito bem Salomé, como diz a nossa colega São.
ResponderEliminarHá um ponto de ruptura:
Tal e qual a fábula do burro e da sardinha.
Um comerciante tinha um burro, e ao carregá-lo de sardinhas ia pondo, ora num cabaz à esquerda, ora no outro da direita, sucessivamente uma sardinha.
Cada dia carregava mais e mais o desgraçado até que um dia, ao colocar mais uma sardinha, o burro caiu de espargata em quatro e espalhou a carga toda pelo chão.
-Vejam bem o estapôr da besta que nem com uma sardinha pode!!! gritou o peixeiro... danado com o animal.
****
Como não queremos ser ainda mais burros do que já somos, temos que fazer recuar a fasquia de forma a termos forças para fazer ainda alguma coisa, e dizer basta, antes que o peso das sardinhas, digo, dos impostos e da caça aos nossos valores civilizacionais, estatelem com os ossos onde antes havia uma alma, no chão.
Eu seria a primeira a saltar para a frente de batalha, mas esta guerra, há que reconhecer, está perdida. Não fosse por mais, a desigualdade numérica é desconcertante. Às vezes é assim, não está ao nosso alcance interferir no que sejam os destinos do colectivo, o que não obsta a que tenhamos ainda o poder de agir sobre nós próprios... ou de tentar, ao menos, salvar a nossa própria alma... (e se possível, os ossos também...)
ResponderEliminar... e depois do caos, virá a ordem...
ResponderEliminarO Caos é a grande mãe da ordem.
ResponderEliminarE o pormenor curioso, no que ao viver colectivo diz respeito, reside no facto dos que se queixam dos malefícios do caos, são os mesmos que ao perverter a ordem para de forma egoísta daí tirar benefícios, esse mesmo caos promovem.
E depois acusam os filósofos de não saírem das suas «torres de marfim».
ResponderEliminarAcho que são precisamente os acusadores que se rodeiam de torres de marfim, pois o acto de pensar, filosofar é precisamente a arte de não ter limites, logo representa a abertura do espírito e e não o seu encerramento
ResponderEliminarEssa acusação é infundada, sim, mas é feita.
ResponderEliminarConcordo e reconcordo, se me é permitido inventar uma palavra. Mas de facto é como dizes. Se há gente que nunca tem a certeza de nada pondo tudo em questão, ao desenhar cenários perfeitos dando a descobrir a fragilidade efêmera das perfeições, são precisamente os filósofos.
ResponderEliminarRedacordo.
ResponderEliminarEu, que me confesso um ser eminentemente medroso, tenho uma dificuldade enorme em entender tanto medo à minha volta, tanta negação do ser e, até, do estar.
ResponderEliminarE poucos analisarem que o medo não tem substância nem peso, mas habita tão só algum recôndito das nossas circunvoluções cerebrais que há-de, como diria o O'Neil, transformar-nos em ratos.
E lá vamos, cantando e rindo, entre futebóis e outras alucinações, esquecendo quão curta é a vida e quão breve é, daí decorrendo, o tempo que temos para fazer com que ela tenha valido a pena ser vivida.
Perdoa-me, Paulo, mas permite-me remeter este comentário para o Sete Mares (http://sete-mares.blogspot.com), onde refiro mais um daqueles - o nosso «confrade» Dionísio Leitão, que teve artes para «se ir da lei da morte libertando», exactamente porque soube crescer para além do medo, irracional e preverso, que nos faz negar, em pura e irremediável perda, o sublime de existirmos.
Nem há o que te perdoar ;O)
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