fevereiro 24, 2013

Marinho (e) Pinto | A ditadura encapotada

Num país onde, de entre cegos, é rei quem tem olho, é natural que um Marinho Pinto seja visto como "frontal" e "honesto" e "o que diz o que mais ninguém tem coragem de dizer" e blábláblá.
Há umas semanas, tentei mostrar a uns indivíduos que essa é a face que um tiranete encapotado quer mostrar à comunidade em geral - porque o facto de haver uma percentagem mínima da população que saiba quem Marinho Pinto (a ausência do "e" entre os dois sobrenomes é propositada, folgo em irritar quem me irrita) é e como procede é, para ele, de somenos, desde que a populaça continue a achar que ali está um homem "com eles no sítio" (o que quer que isto signifique) e que a maioria dos pares insista em elegê-lo, com o intuito proteccionista de quem tem medo da concorrência.

Mas eis senão quando o homem os usa (aos tomates que dizem ter) na tentativa de alterar uma legislação que o impediria de se candidatar a um terceiro mandato. Assim mesmo, como os melhores ditadores, dos países mais terceiro-mundistas. Como Portugal, afinal.

Toda a notícia, aqui.
(E adorava saber como justifica esta atitude déspota quem lhe gaba os testículos.)

9 comentários:

  1. Eu, mesmo sem saber (nem querer saber) como são os tomates do gajo, ainda acho que este Portugalinho de débeis costumes precisa de alguém que diga umas baboseiras e faça abanar as coisas.

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  2. Também acho piada às ditaduras. São muito melhores do que as ditas moles, as que não fazem ondas, que alisam pela rasoira da conveniência tácita, que se calam com um floreado de ocasião, do vai-se fazendo etc.
    Uma imagem do filme 1900 (Novecento de Bernardo Bertolucci) em que o padre incomodado por um queixoso contra os abusos do poder, faz uma cara enfartada e lança uma benzedura enquanto continua a rezar....
    Não! ~
    Eu prefiro um boi à solta dentro duma loja de porcelanas. Não porque elas não se devam proteger, mas porque estão tão cheias de teias de aranha, que ninguém se quer sujar para as limpar. E assim, só para ocupar espaço, não servem a ninguém, são lixo.

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  3. Chumbados os dois, por fuga ao assunto, a maior e mais fácil das falácias.
    Por outro lado, creio que o mundo nunca mais será o mesmo, depois de saber que o Charlie, mesmo aludindo a Bertolucci (que vem imensamente a propósito, como é useiro), gosta delas duras. Eu cá por mim, tenho matéria para pesadelos nos próximos 15 anos.

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  4. Eu gosto é da parte em que a "Andrada" refere "... que a maioria dos PARES insista em elegê-lo,..." sem especificar os ditos. (eheheheh)

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  5. Ehehehe, pois é,
    É das ditas duras e em plena liberdade que os pesadelos se alimentam. ;:))))

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