Do meu amigo Lumife recebi este texto em mail que não posso deixar de partilhar:
Alemanha "rainha das dívidas"
publicado 14:37 21 Junho 2011
A chanceler alemã, Angela Merkel Michael Kappeler, Epa
Alemanha "rainha das dívidas"
publicado 14:37 21 Junho 2011
A chanceler alemã, Angela Merkel Michael Kappeler, Epa
O historiador Albrecht Ritschl evoca hoje em entrevista ao site de Der Spiegel vários momentos na História do século XX em que a Alemanha equilibrou as suas contas à custa de generosas injecções de capital norte-americano ou do cancelamento de dívidas astronómicas, suportadas por grandes e pequenos países credores.
Ritschl começa por lembrar que a República de Weimar viveu entre 1924 e 1929 a pagar com empréstimos norte-americanos as reparações de guerra a que ficara condenada pelo Tratado de Versalhes, após a derrota sofrida na Primeira Grande Guerra. Como a crise de 1931, decorrente do crash bolsista de 1929, impediu o pagamento desses empréstimos, foram os EUA a arcar com os custos das reparações.
A Guerra Fria cancela a dívida alemã
Depois da Segunda Guerra Mundial, os EUA anteciparam-se e impediram que fossem exigidas à Alemanha reparações de guerra tão avultadas como o foram em Versalhes. Quase tudo ficou adiado até ao dia de uma eventual reunificação alemã. E, lembra Ritschl, isso significou que os trabalhadores escravizados pelo nazismo não foram compensados e que a maioria dos países europeus se viu obrigada a renunciar às indemnizações que lhe correspondiam devido à ocupação alemã.
No caso da Grécia, essa renúncia foi imposta por uma sangrenta guerra civil, ganha pelas forças pró-ocidentais já no contexto da Guerra Fria. Por muito que a Alemanha de Konrad Adenauer e Ludwig Ehrard tivesse recusado pagar indemnizações à Grécia, teria sempre à perna a reivindicação desse pagamento se não fosse por a esquerda Grega ficar silenciada na sequência da guerra civil.
À pergunta do entrevistador, pressupondo a importância da primeira ajuda à Grécia, no valor de 110 mil milhões de euros, e da segunda, em valor semelhante, contrapõe Ritschl a perspectiva histórica: essas somas são peanuts ao lado do incumprimento alemão dos anos 30, apenas comparável aos custos que teve para os EUA a crise do subprime em 2008. A gravidade da crise Grega, acrescenta o especialista em História económica, não reside tanto no volume da ajuda requerida pelo pequeno país, como no risco de contágio a outros Países Europeus.
Tiram-nos tudo - "até a camisa"
Ritschl lembra também que em 1953 os próprios EUA cancelaram uma parte substancial da dívida alemã - um haircut, segundo a moderna expressão, que reduziu a abundante cabeleira "afro" da potência devedora a uma reluzente careca. E o resultado paradoxal foi exonerar a Alemanha dos custos da guerra que tinha causado, e deixá-los aos países vítimas da ocupação.
E, finalmente, também em 1990 a Alemanha passou um calote aos seus credores, quando o chanceler Helmut Kohl decidiu ignorar o tal acordo que remetia para o dia da reunificação alemã os pagamentos devidos pela guerra. É que isso era fácil de prometer enquanto a reunificação parecia música de um futuro distante, mas difícil de cumprir quando chegasse o dia. E tinha chegado.
Ritschl conclui aconselhando os bancos alemães credores da Grécia a moderarem a sua sofreguidão cobradora, não só porque a Alemanha vive de exportações e uma crise contagiosa a arrastaria igualmente para a ruína, mas também porque o calote da Segunda Guerra Mundial, afirma, vive na memória colectiva do povo grego. Uma atitude de cobrança implacável das dívidas actuais não deixaria, segundo o historiador, de reanimar em retaliação as velhas reivindicações congeladas, da Grécia e doutros países e, nesse caso, "despojar-nos-ão de tudo, até da camisa".
Para os do costume, que fazem opinão nas televisões, rádio e jornais, elogiando a Alemanha e chamando torpes aos Países da Europa em dificuldades, e que não passam de papagaios de patas anilhadas a um canudo de ignorância---
ResponderEliminarNunca peças a quem já pediu nem sirvas a quem já serviu...
ResponderEliminarGrande verdade, Margot.....
ResponderEliminarE que bem aprenderam a lição... Nós é que somos uns cábulas empedernidos.
ResponderEliminarAinda para mais com ricos que são «trabalhadores» e tão beatos, com aquela coisa do «venha a nós o vosso reino».
É assim que um povo medra? Ou a «medra» é outra?
Dá-lhes, Charlie. E fica aqui um abraço solidário.
Eu não falo alemão... nem estou disponível para virar as costas ao falo alemão!
ResponderEliminarDisse-me em tempos uma namorada alemã, que não há nada melhor que o salsichão português...
ResponderEliminarE tu que moras na Fala
ResponderEliminare que de Alemão,
um puto, não falas
Da-lhes "ca" mouradia na cara
onde a cara nas pernas se amarra
Tu não és português, pois não, Charlie?
ResponderEliminar(ihihihihih)
Mais éu nãm sou Alemãu, nãm sou náo :(/
ResponderEliminarIk Ben op Curaçau, Nederlans gebied geboren en aleen maar Nederalds geleert, en nooit in Deutsland geweest-....
Pois... pelo que o teu salsichão não é português :O)
ResponderEliminarrendo-me!!!
ResponderEliminarArrendo-me!
ResponderEliminarSaíste-me uma bela (p)renda :)))
ResponderEliminarHá quem contigo (a)(p)renda!
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