Em consequência, a economia portuguesa foi atarrachada para que se pudessem libertar fundos para ir pagando a dívida e conduzi-la a níveis aceitáveis.
Os portugueses, acusados de gastarem acima das suas possibilidades, foram submetidos a tratos de polé e obrigados a gastar menos para, por essa via, se poder baixar a dívida pública.
Fizeram-se privatizações de importantes empresas públicas – e o processo continua - para, com a receita obtida, se pagarem as dívidas.
Cessou todo o investimento para não se agravar a dívida.
Não obstante:
- Sócrates disse em Paris que a dívida pública não era para pagar e os bem pensantes caíram-lhe em cima.
- o governo elegeu como seu principal objetivo ganhar a confiança dos mercados para poder continuar a endividar-se a juros mais baixos, dando, assim, razão a Sócrates.
- o povo, com a conivência dos políticos, continua a querer tudo e mais alguma coisa do estado, mesmo que isso implique maior endividamento.
- em nome da dívida e do seu excesso temos sido sujeitos a todos os sacrifícios, sem fim à vista.
Mas vamos a factos: no final de 2012 a dívida tinha aumentado para 130% do PIB; no final de 2013 a dívida aumentou mais 10% e é agora de 140% do PIB.
Será que Sócrates tem afinal razão?
Será que Passos Coelho aderiu às teses de Sócrates, uma sobre a dívida e a outra sobre a tortura?
E nós? Nós não contamos!
António Pimpão
O Passos é aquele tesourinho deprimente do pateta que vende o carro - com o qual ganha a vida -, para pagar a casa e que acaba por nem ganhar a vida, nem pagar a casa e que no fim fica a dever mais ao banco do que devia e -já sem a casa- a morar debaixo da ponte....´.... :(
ResponderEliminarAs dívidas não são para pagar, são para ir pagando. Como toda a gente faz, paga-se a conta na mercearia e a prestação mensal para abate da divida. Porque as contas, essas sim, são para pagar, as dividas, para gerir.