Quando nos inteiramos pela imprensa especializada, e até a generalista, dos putativos futuros proprietários das jóias da Coroa Portuguesa - entendam-se, as grandes empresas públicas nacionais a "privatizar" -, não podemos de deixar de sentirmo-nos tomados por um enorme desconforto, mágoa e até revolta.
Não é suposto que submetidos a agendas ideológicas, os governantes tenham a liberdade e a impunidade para perpetrar acções que se podem classificar como sendo as de crimes económicos.
A primeira falha, se dermos o benefício da dúvida à genuinidade ideológica do grupo executivo, é a que diz respeito ao pressuposto de que a entrada de capitais privados nas empresas a alienar traria uma vaga de fundo de investimentos, também estes na esfera do mundo da iniciativa privada com efeitos multiplicadores no nosso território e na sua economia. Estas medidas, corajosas dizem eles, seriam o dobrar de um cabo, um corte com um determinado sentido histórico e o empreender por um novo caminho.
Sabemos agora, que as vagas de interesses manifestados pelos investidores internacionais por estas empresas se espraiam pelos areais dos média, sendo assim do conhecimento comum, que os tais "privados" super interessados em adquirir as nossas empresas públicas, são afinal blocos de interesses.... não privados, mas igualmente públicos mas pertencentes a outros países e obviamente subordinados aos seus interesses macro económicos.
E aqui temos definitivamente de parar, mas parar mesmo para pensar, melhor, para saltar fora deste comboio suicida pilotado por maquinistas, ou incompetentes ou corruptos.
Não será no mínimo elegante acusar de ânimo leve, e por isso retiro a segunda, mas quanto à primeira afirmação estou certamente no direito de suscitar as mais fundadas dúvidas quanto à competência deste executivo: não é aceitável colocar os nossos interesses estratégicos sob o mando de interesses estratégicos alheios! E neste particular não há, não existe ideologia que consiga dourar a pílula, fazer a quadratura do círculo, ou fazer-nos aceitar o inaceitável: a literal perda de soberania económica.
Se atendermos à génese da crise temos mesmo que recuar aos postulados essenciais de Keynes, quase caído em desgraça nestes tempos dominados pelo neoliberalismo selvagem que em Gaspar & Coelho tem os seus locais representantes.
E é fundamental que atendamos ao que nos está a acontecer para que saibamos discernir, saber dizer NÃO! de forma fundamentada. A "ajuda" do FMI , tão veementemente exigida pelos que anteriormente na oposição tem agora responsabilidades governativas, é na verdade um processo de tremenda agiotagem. Os juros e comissões que Portugal, ou seja cada um de nós, tem de pagar aos "salvadores" estrangeiros, são de tal forma pesados, que mais se assemelham a indemnizações de guerra. São impossíveis de pagar nos prazos exigidos e pior ainda se ficarmos impedidos da gestão efectiva da teia estratégica empresarial.
Não é suposto que submetidos a agendas ideológicas, os governantes tenham a liberdade e a impunidade para perpetrar acções que se podem classificar como sendo as de crimes económicos.
A primeira falha, se dermos o benefício da dúvida à genuinidade ideológica do grupo executivo, é a que diz respeito ao pressuposto de que a entrada de capitais privados nas empresas a alienar traria uma vaga de fundo de investimentos, também estes na esfera do mundo da iniciativa privada com efeitos multiplicadores no nosso território e na sua economia. Estas medidas, corajosas dizem eles, seriam o dobrar de um cabo, um corte com um determinado sentido histórico e o empreender por um novo caminho.
Sabemos agora, que as vagas de interesses manifestados pelos investidores internacionais por estas empresas se espraiam pelos areais dos média, sendo assim do conhecimento comum, que os tais "privados" super interessados em adquirir as nossas empresas públicas, são afinal blocos de interesses.... não privados, mas igualmente públicos mas pertencentes a outros países e obviamente subordinados aos seus interesses macro económicos.
E aqui temos definitivamente de parar, mas parar mesmo para pensar, melhor, para saltar fora deste comboio suicida pilotado por maquinistas, ou incompetentes ou corruptos.
Não será no mínimo elegante acusar de ânimo leve, e por isso retiro a segunda, mas quanto à primeira afirmação estou certamente no direito de suscitar as mais fundadas dúvidas quanto à competência deste executivo: não é aceitável colocar os nossos interesses estratégicos sob o mando de interesses estratégicos alheios! E neste particular não há, não existe ideologia que consiga dourar a pílula, fazer a quadratura do círculo, ou fazer-nos aceitar o inaceitável: a literal perda de soberania económica.
Se atendermos à génese da crise temos mesmo que recuar aos postulados essenciais de Keynes, quase caído em desgraça nestes tempos dominados pelo neoliberalismo selvagem que em Gaspar & Coelho tem os seus locais representantes.
E é fundamental que atendamos ao que nos está a acontecer para que saibamos discernir, saber dizer NÃO! de forma fundamentada. A "ajuda" do FMI , tão veementemente exigida pelos que anteriormente na oposição tem agora responsabilidades governativas, é na verdade um processo de tremenda agiotagem. Os juros e comissões que Portugal, ou seja cada um de nós, tem de pagar aos "salvadores" estrangeiros, são de tal forma pesados, que mais se assemelham a indemnizações de guerra. São impossíveis de pagar nos prazos exigidos e pior ainda se ficarmos impedidos da gestão efectiva da teia estratégica empresarial.
E importa aqui então recordar o que diz Keynes a propósito de juros. " A longo prazo é sensato acabar completamente com os juros de capital como fonte de receita.
Excluam-se as despesas administrativas decorrentes das operações de empréstimo pois se não devem gerar lucros, também não devem causar prejuízos.
Não é admissível que grupos económicos façam dos juros de capital uma fonte de rendimento como se de uma propriedade efectiva se tratasse: um proprietário de terras pode lucrar com a posse delas, mas os donos de capital não, pois a terra é escassa, mas não existem razões efectivas para a escassez de capital. "
Sempre que os juros foram baixos houve investimento e crescimento económico. Olhando para a crise actual que paulatinamente está a corroer toda a Europa, damo-nos conta como foi a a perversão do valor abstracto do capital que nos conduzio ao ponto onde nos encontramos agora. Eles, os soturnos detentores das grandes massas de capital, também sabem que os juros de capital por mais capital não são posse verdadeira; o capital, genericamente considerado é trabalho acumulado, do qual o dinheiro é apenas uma representação abstracta, e o que vale de verdade sao bens. Por esse motivo é de todo ilegítimo ceder aos detentores do capital, os quais através de manobras sórdidas de bastidores, estão a conduzir-nos à perda efectiva daquilo que é de facto valioso: os meios de produção, as empresas e demais tipos de propriedade. E se eu, apenas um mísero cidadão vê isto, não entendo, melhor, não admito que os que supostamente devem defender os meus interesses não o entendam. E esta revolta que me toma não se limita aos rostos nacionais. Desde Merkell a Sarkozy passando por todos os outros que tem na mão a possibilidade de curar a mordedura do cão com o pêlo do mesmo cão, todos eles tem em comum a postura de considerar o dinheiro como um bem mais valioso do que os todos os outros, quando é precisamente o contrário. Não é entendivel que não injectem literalmente a Europa com €uros, que libertem a pressão exercida sobre a moeda que outra finalidade não tem que não a do assalto à essa mesma e velha Europa.
A História será escrita no futuro, e então ninguém compreenderá como os responsáveis de agora foram de tal forma irresponsáveis...
charlie
A História será escrita no futuro, e então ninguém compreenderá como os responsáveis de agora foram de tal forma irresponsáveis...
charlie
Sabes que mais, Charlie? Se eu mandasse, dava-te um doutoramento em economia, honoris causa. E punha-te como ministro da Economia.
ResponderEliminarXi !!!!"
ResponderEliminarQue tragédia que poderia advir daí...
Ainda bem que ninguém nos ouve...
Ninguém, ninguém... não será bem assim.
ResponderEliminarShuiii .... se desconfiam que há mais que duas ou três pessoas a espreitar na xafarica, tens o cobrador à porta a querer um "X" de portagem por cada passagem..
ResponderEliminarBem... só esta semana eram 427 portagens até hoje...
ResponderEliminarhttp://www.sitemeter.com/?a=stats&s=sm6persuaccao
Oraxacaver...ora 427 x roubalheira...noves fora nada, isso dá...
ResponderEliminarEpá!!! Isso dá uma tonelada de massa... :S
Logo, logo temos os responsáveis-mor a tratar-nos da pele, ou seja, à conta de não quererem "despesas" lá vais de ser tu a fazer de putageiro, digo, portageiro...
ResponderEliminarDesde que não tirem ao blog o subsídio de férias nem o de Natal...
ResponderEliminarNão tiram nem subsídios nem subditos
ResponderEliminarPodiam era tirar os submarinos...
ResponderEliminarSubscrevo....
ResponderEliminarSubscrever é escrever dentro de um submarino?
ResponderEliminar...ou debaixo da mesa... ;I)
ResponderEliminarSoa bem...
ResponderEliminar...e sabe ainda melhor ;)
ResponderEliminarDesde que não apalpes um periscópio do Portas...
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