outubro 31, 2011

A mudança de hora e eu sem paciência

Aproveitei a notícia do Expresso «Hora de inverno (gráfico animado)», de 28 de Outubro, para deixar o seguinte comentário:
"Há vários anos que estudo este tema da mudança de hora. Tenho uma página internet sobre este assunto:
Persuacção - Hora de Verão - Dados
Depois de analisar muitos estudos internacionais pró e contra a mudança de hora, concluí que as alegadas vantagens, de cariz económico, são refutáveis. Já os dissabores que provoca às pessoas, duas vezes por anos e nos dias seguintes a cada mudança, são mais que evidentes e indiscutíveis.
Criei por isso uma petição para apresentar à Assembleia da República, já com 226 assinaturas, disponível em
Petição «Não à mudança de hora»
Agradeço a divulgação e fico à disposição para qualquer esclarecimento.
Paulo Moura
jpcpmoura@gmail.com"

Como podem lá constatar nos comentários, tive um diálogo argumentativo interessantíssimo com um tal de...
ofiusa - "Atenção, inteligentes bem informados. A hora de inverno é a hora solar aproximada. Portanto, se é para proteger a saúde deve acabar-se é com a hora de Verão, que foi inventada para poupar energia. Quando é que alguém se informa antes de dar notícias erradas, eternamente repetidas para se tornarem verdades para os papalvos? Vão ao Observatório Astronomico de Lisboa, aprendam e depois escrevam e digam."
ofiusa - "A hora que mudou foi a de Verão, aliás, nunca aceite por todos os países. E quanto ao fuso, obviamente que devemos estar onde estamos. Somos a ponta Ocidental, não temos de ter a mesma hora do que Paris, por exemplo. E diz-se você especialista!"
mouradia - "Com abordagens como a sua, não adianta argumentar. Fique a falar sozinho."
ofiusa - "Realmente não adiante perder tempo com ignorantes relapsos. Estude e deixe de enganar as pessoas. E já agora cale-se, só ou acompanhado, que o seu falar faz mal ao mundo. Pode ser que o governo invente uma multa para quem anda a enganar papalvos. Ai sim, que se acabava uma boa porção da dívida."

5 comentários:

  1. Deixa lá... eu vi ali um tipo a perguntar como é que era possível aquele consumo todo de energia se a mudança de hora só se fazia num dia...

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  2. Bem....
    Desde sempre, mesmo em miúdo, quando alguém usa o argumento do "deixe-se ficar calado", "ignorante", "papa-papalvos" e outros mimos de igual jaez, costumo desligar, pois ao baixo nível responde-se seguindo adiante: the sky is the limit.
    Mas para a tal Ofiusa, ( não sei se se tem algo a ver com ophiussa,) deixo para que conste que muitos países não adoptam esta alteração de hábitos decorrentes e que mesmo agora a Rússia aboliu este ano a ESTUPIDEZ da mudança de horário.
    De forma cientifica fundamentou a decisão no seguinte: aumento cíclico e coincidente com as mudanças de suicídios, depressões, ataques cardíacos, acidentes industriais, de trânsito, além dum retorno económico igual a zero, senão negativo.
    Por isso, ofiusa, nada até ao momento lhe dá razão objectiva.
    Assim, antes de viperinar bífidas investidas, deveria fundamentar de forma mais assertiva o seu ponto de vista e tentar dessa forma convencer os seus interlocutores da justeza da sua opinão.
    Eu estou receptivo, convença-me.
    Seu sempre seu,

    Charlie

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  3. O que mais me incomoda em tal virulência conceptual acaba por ser a usurpação de um nome – Ofiúsa - que me é tão caro e que associo à sabedoria e ao conhecimento, vendo-o assim tão reduzido a uma insensata intelectualite, a uma descabelada arrogância, a um incontestável autismo…

    E perante o auto-deslumbramento das suas magníficas manifestações, urbi et orbi, de conhecimento académico, que nos tolhem o Sol e o pensar, Ofiúsa perde-se no labirinto argumentativo e acaba por não se aperceber que o cerne da questão está muito mais na mudança da hora, de per si, do que em defender a «de Verão» ou a «de Inverno».

    De facto, o que nos move é esta claríssima clarividência – passe a contradição e a tautologia –, de eu estar a escrever estes arrazoados à luz (quase nenhuma) da noite cerrada, quando ainda são apenas umas parcas 6 horas da tarde, estando a anoitecer já desde as 5 horas, o que nos perturba o chá e o regresso a casa, turvando-nos o gosto pela Vida.

    E, pasme-se, não o escrevo de um recôndito e obscuro vale do planalto nordestino, onde sempre escurece quase duas horas mais cedo do que no litoral, mas sim aqui, muito ao rés do mar, nesta Lisboa cheia de gente e de contradições.

    Invoca Ofiúsa, também, o governo que nos desgoverna - o que me leva a ponderar se o epíteto mais certo e adaptável não seria Ociosa em vez da minha tão cara quão usurpada Ofiúsa - como força última que levará ignorantes relapsos como o Paulo é e eu serei a corrigir a rota, qual diktat de feroz Torquemada, que esgrime a vergasta, quando não a labareda, do poder sempre que a força argumentativa, quiçá por diletante cansaço, lhe fanece.

    Amigo (ou não) Ofiúsa, a asserção que deslumbrará tão abissal ignorância quanto a minha é saber a sua simples opinião de cidadão – que julgo deva ser – quanto à bondade/utilidade/conveniência ou não da mudança da hora, no contexto em que arrastamos as nossas existências fugazes. Mas disso não fiquei, pobre de mim, mais ilustrado ao ouvir a sua catilinária que, assim de incipiente, melhor seria rotular de calinada.

    Como poderá verificar, isto de esgrimir epítetos ou adjectivação menos abonatória não é apanágio exclusivo de qualquer serpentário, sendo que há outros elementos físico-químicos à face do grande Universo que, ainda que ignorantes relapsos, se movem, para gáudio de Galileu e desconchavo do tal Torquemada, acima citado.

    De onde lhe terá vindo tal arebentamento de bílis, tão incomensuravelmente desajustado a esta simplicíssima pretensão de uma mão cheia de cidadãos? E o seu arreganho, homem (ou mulher)! Calma, que maior eclipse que o da luz do dia pela mudança da hora vai perpetrando o sacrossanto governo que invoca, legitimado pela preguiça de uma maioria desqualificada e silenciosa de cidadãos que se estão nas tintas tanto para quem governe como para que a hora mude ou não… Ou, enfim, para qualquer outra coisa que se mexa, para além dos seus honoráveis umbigos e da gajada das «Casas dos Segredos» do nosso descontentamento.

    Afinal, porra, está de acordo com que a hora mude ou não? Era mesmo só isso que eu queria, de si e respeitosamente, saber.

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  4. Desculpa lá, Paulo, tanta conversa e tanta pomba assassinada,mas há gajos que me tiram do sério.

    Estou a referir-me, como é bom de ver, aos ministros das Finanças e da Economia...

    Qualquer relação de causa e efeito com o ofiusamento que tão alegremente nos disponibilizaste será, claro, mera coincidência.

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  5. Bem... entretanto a resposta dele foi retirada pelo jornal, depois de eu reportar como abusivo. Haja pachorra...

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