dezembro 07, 2011

«Golpes de Estado na Grécia e na Itália» - artigo do blog Octopus



Excertos:
"Golpe de Estado: tomada inesperada do poder governamental pela força e sem a participação do povo. (Dicionário Houaiss)


A banca no poder, ou o poder da banca


As substituições de Georges Papandreou por Lucas Papademos e de Berlusconi por Mario Monti foram na realidade dois golpes de estado de um um novo género, sem tiros, sem sangue, orquestrados pelos mercados financeiros.
O método é simples: criar uma enorme pressão sobre as taxas de juros das dívidas dos países visados, o que desencadeia uma enorme instabilidade política e por fim, apresentar um tecnocrata para tomar conta dos destinos do país.
Estes golpes de estado não são perpetrados por um grupo político ou pelas forças armadas. As mudanças de chefias políticas são apresentadas como uma necessidade em consequência da engrenagem da desconfiança dos mercados sobre a capacidade de certos países em pagar as dívidas.
Ultrapassando as instâncias democráticas dos respectivos países, são então instalados no poder pessoas ligadas aos grandes grupos financeiros mundiais. Mario Monti está ligado ao Goldman Sachs, assim como Mario Draghi, recentemente eleito presidente do Banco Central Europeu. Lucas Papademos foi governador do Banco da Grécia durante a falsificação da dívida grega pelo Goldman Sachs. Todos são membros da Comissão Trilateral ou do clube de Bilderberg.
Actualmente, os lugares-chave do poder na Europa estão nas mãos do Goldman Sachs. Como chegaram a esses cargos? Com que meios e com que fim? Salvar os Estados Unidos à custa dos europeus?


E Portugal?


Em Portugal, daqui por umas semanas ou meses, pode muito bem vir a acontecer o mesmo. Perante a fraca liderança de Passos Coelho e a fraca alternativa política de António José Seguro, e com o crescente agravamento da crise financeira portuguesa, pode vir a ser imposto a Portugal um homem de confiança da banca (...)"

Recomendo a leitura integral deste artigo aqui.

3 comentários:

  1. Do mesmo modo que Camões dizia que " O fraco rei faz fraca a forte gente" , também se sabe como " os fracos governantes fazem ficar fortes o que eles pensam ser fracas gentes."
    Não tarda, mas não tarda mesmo que o poder caia na rua e depois não se venham queixar....

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  2. Frase linda, essa segunda. É tua?

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  3. A frase? A segunda???
    Olha, não sei se é minha ou se já a ouvi em algum lado ( a gente com a idade começa a desconfiar, se não terá visto ou ouvido certas coisas noutro lado, ou se é uma experiencia de dejá vue) , mas derivando ela de Camões, não será original, antes um prolongamento subliminar do que ele queria dizer, não é?

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