março 18, 2014

«Praxe e praxes - Tradições ou sistemas de repressão em rede?» - Professor Luís Reis Torgal

Na revista Via latina de Março de 2014, publicada pela Secção de Jornalismo da Associação Académica de Coimbra, vem o artigo (pp. 14-21) que abaixo disponibilizo, em que o Prof. Luís Reis Torgal analisa o ‘percurso’ das praxes académicas e o seu significado.
Deixo-vos um excerto:

"A massificação das universidades, se tornou mais vulgares os graus, sobretudo da licenciatura e do mestrado (o que origina estatísticas de sucesso, que se costuma antes chamar “sucesso das estatísticas”), também veio reforçar a afirmação de uma elite, ainda que falsa, desenvolvendo a ideia de “doutorice”, sempre presente na mentalidade portuguesa. Por isso os estudantes — numa sociedade em crise, em que a intervenção seria mais natural — estão cada vez mais fora da acção política, como cidadania, embora possam estar mais próximos de praxes inúteis e da vida partidária das “jotas”, que lhes podem dar o emprego que a competência (quando existe) não lhes confere. Portanto, pode dizer-se que para terminar com o abuso da praxe será necessário alterar os valores da sociedade, que se guia mais pelo espectáculo (por vezes obsceno, como se verifica, por exemplo, na televisão e até na vida política) e pelo interesse do que pela ética."

Recomendo a leitura do artigo completo:

20 comentários:

  1. Maravilhosa discussão do Eminente Professor. Concluiria com uma frase toda essa "reforma" acadêmica: Já não se fazem mais universidades como antigamente.
    Mas isso tudo, como em outros contextos, mudaram com uma velocidade estonteante. Mc Luhan já definia o Mundo como sendo uma Aldeia Global. E essa "crise", bem esclarecida pelo Professor, parece ser consequência desse momento.
    O resultado, infelizmente, é a proliferação - pelo menos no Brasil - de universidades sem qualidade no ensino. Professores sem vocação e alunos que já não se empenham em criar, pensar...e sim, somente em dar o CTRL C - CTRL V de trabalhos alheios. É deveras preocupante a qualidade do ensino superior. O tal pacto da mediocridade:professores fingem que ensinam, e alunos fingindo que aprendem.
    A questão da vestimenta foi bem apontada no texto. Vão às universidades como se fossem passear na praia em um dia de domingo.
    Os costumes mudam, é bem sabido. Mas mudar, com eles, o sentido do que seja ético... chega a ser perigoso. Seria a ética então uma simples listagem das convenções sociais provisórias, um comportamento adequado àqueles costumes vigentes?
    No entanto, caro mestre, a variação desses costumes vem acompanhada da mudança de valores, das normas, dos ideais, inclusive.

    O ensino pede socorro! Isso é latente....pelo menos....por essas bandas.

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    1. Aí como cá, Mamãe!

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    2. Por cá, e na linha do"aquilo que parece é" temos doutores sem terem entrado nas Universidades e carrões oferecidos pelo Estado aos que querem parecer ter vida farta.

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  2. é o "fas ou nefas", por bem ou por mal.

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    1. Já me ensinaste mais uma coisa que desconhecia.

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  3. Ohhh...............!

    Fico feliz em contribuir, ainda que seja com uma gota d´água

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  4. Hummmm... Seu nascedouro é na Serra da Estrela. E tu, és da Serra?
    Enquanto o teu Rio Mondego tem quase 300 km, o (meu) Rio Amazonas tem 6.672 km.
    Precisas conhecer a pororoca...Surfistas internacionais já "surfaram" na pororoca e saem dizendo que nunca sentiram emoção mais vibrante.
    Venha, também, conhecer a pororoca...rsss

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    1. Êta língua brasileira mais malandreca, né? Até parece que saiu da lingua mãe portuguesa ;O)

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  5. Se é...! vocês "pariram" a Língua, mas brasileiros a reinventam, a todo instante... (com atropelos, concordo, mas com bom humor)

    (:-))))))))>>>

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    1. Olá, Mamãe
      O meu colega já tem o livro para levar para o Brasil. A dedicatória ficou "à Mamãe Tigresa..."
      ​Só falta a sua morada para ele colocar no Correio, em Belém.

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  6. Veja lá no e-mail o endereço...estás atrasado em captações, em 2 horas. rssss

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  7. Aconselho vivamente a leitura do documento em hiperligação.

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