É por analogia que, tacteando, vamos conhecendo o mundo.
É porque um sítio nos faz lembrar outro que nos faz recordar emoções felizes que passamos a gostar dele. Compramos o livro seguinte de um autor que já nos agradou e recusamos o de outro, porque o anterior pusemo-lo de parte aos primeiros parágrafos. Do mesmo modo, o inverso: porque uma música parece possuir acordes semelhantes aos de uma outra, que nos enerva, pômo-la de parte. Porque um país tem um clima similar ao de outro, que nos desagradou, guardamos a viagem para as calendas gregas.
Mas isto é o mundo e com o mundo lidamos bem.
O problema são as pessoas, cada uma dona de infinitos mundos, de que só conhecemos a ínfima parte que nos é mostrada. Vai daí, há que tactear: se A tem um comportamento que nos recorda B e a nossa relação com B não é das melhores, temos tendência a anular A, para cortar caminho e poupar dissabores; se C tem uma gargalhada que nos remete para D e D nos faz feliz, mantemos C e, injustamente, esperamos dele o mesmo que D nos dá (ou deu).
E assim vamos engavetando pessoas e, em cada pessoa, características. Como se de um catálogo de tratasse. Porque é mais fácil engavetar do que adoptar a postura destemida de quem se predispõe a conhecer alguém que deixamos que seja uma novidade absoluta.
E proporcionalmente a catálogos e gavetas arrumadinhas, vamos perdendo tudo o que não podemos arrumar em lugar algum.
Por ana...logia, Ana...Andrade:
ResponderEliminarComo dizia o outro, "Isto anda tudo ligado", e vai dai, antes de ir ao "cherne" da questão, queria só alertar para as calendas que gregas nesta altura não parecem ser a melhor medição de tempo;
Quanto ao tactear nas pessoas..., parece que isso será mais para outros fundos, ou para "a funda São"...
Quanto ao "cherne":
É de facto o problema de enfrentar o desconhecido, mas isto também nos enviava para caminhos tortuosos:
O conhecido antes de o ser o que era? como passamos a apreciar uma coisa que parece uma novidade, ou será que lá no meio algo nos fez um "click" e reparámos, que afinal muito escondida, há qualquer coisa de familiar...
Mas por esta ordem de ideias, como nos surgiu (e falo num colectivo e não em cada individuo), como nos surgiu e aceitámos a "Primeira Novidade" ???
Quanto à questão dos catálogos, há agora uns programas informáticos que dão muito jeito para catalogar.Quanto às gavetas arrumadinhas,no IKEA há uns armários muito jeitozinhos...
Muito obrigada pelo seu comentário, Eduardo Martins. (francamente, não sei que mais lhe diga)
ResponderEliminar"Falo num colectivo"... és um taradão, Eduardo Martins :O)
ResponderEliminarAi eu è que sou um taradão???
ResponderEliminarSua, sua alergica!!!
Queres ver-me suar?!
ResponderEliminarPronto! Amuei!
ResponderEliminarEscrevo "Falo", forma do verbo falar, e a São Rosas pensa logo em substantivos "mangalhos",e (consta) que até nem aprecia a utilização dos mesmos, pelo menos na própria.
Quando a invectivo com pronomes possessivos (no meu tempo penso que se designavam assim), vem ela com verbos sudativos!!!
Assim não se pode ( atenção São: escrevi "pode" do verbo poder!!!)escrever nada! Porra!!! ( Do verbo Correr com P)
Tu amuas-me? Eu também te amuo!
ResponderEliminarVem a meus braços, meu amuor!
Oh São! Atenção aos tempos dos verbos! Eu escrevi "Amuei", que tanto quanto sei (e não "suei"!) é passado, e passado que é não é dado a reflexões como indicia o comentário escrito num português que de vernáculo tem o u, mas nem cú tem, e muito menos (m)amas!
ResponderEliminarBom, eu sou pequenito mas tenho muita arrumação...
ResponderEliminarEduardo, tu amuaste-me mas já não me amuas? Sinto-me uma tola amuei-o da ponte.
ResponderEliminarOh São! Com a ponte amuada é que me lixaste!Já "vistes" qu'isto arrincou com ana logia cu não anal folia, e já vai em sua delas anu adelas e essa da ponte então não me está a dar ponte nenhuma...
ResponderEliminarDaqui a pouco a Ana é q'amua...
ResponderEliminarFá-lo tu que eu o farei... - isto só mesmo para me introduzir na conversa, claro.
ResponderEliminarO que a Ana nos traz é muito o que vamos fazendo, no nosso dia a dia. A vida é complicada e tanto que, se queremos sobreviver, temos mesmo de ir dispondo os assuntos (e as pessoas?) em prateleiras.
Mas há uma coisa que a vida ensina a quem quer vivê-la: no que toca às pessoas (e às coisas?), às duas por três, amontoadas que estão nas tais prateleiras, começam a resvalar e a misturarem-se umas com as outras e tudo a descambar da prateleira abaixo e, quando menos esperamos, damos com a arrecadação transformada num imenso arraial, com bombos e acordeões e ferrinhos e sei lá que mais e descobrimos que aquela colectividade, afinal, se chama Natureza Humana e que toda a arrumação previamente feita não serviu de grande coisa...
São - Não temas! A Ana (isto de falar de mim na terceira pessoa é magnífico) rosna muito, morde às vezes (e não no bom sentido do termo) mas nunca amua, porque não há pachorra. ;)
ResponderEliminarOrCa - Que desespero e que delícia, quando nos aniquilam a arrumação...
OrCa, estás PROIBIDO de entrares no meu roupeiro!
ResponderEliminarE eu, posso, posso?
ResponderEliminarPor analogia...
ResponderEliminarPor anal o quê?
ResponderEliminarAlto lá que eu nunca disse que queria lá entrar ao mesmo tempo que ele...
(eu sabia que deveria ter feito primeiro a piada da palavra "analogia")
ResponderEliminarBem .----- Analogia é uma palavra Neleira, já se está mesmo a ver, né? E depois o roupeiro da São é de facto um bordel, disso não há duvida...
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