Uma das vantagens de ser agnóstico é o espaço de manobra imenso que isso deixa para a especulação. Deus existirá. Ou não. Permanece a interrogação e entretanto podemos dar-nos ao luxo de explorar outras explicações, algumas até mais plausíveis, para questões sempre giras de colocar. De onde vimos, estaremos sós no Universo, coisas assim.
Dentro das questões susceptíveis de colocarmos a nós próprios nos intervalos das aflições mais terra a terra que nos consomem a mente, uma das que mais me fascinam é a hipótese de termos sido aqui plantados por uma civilização mais avançada, extraterrestre, há uns milhares de anos.
A coisa parece não ter pernas para andar, sobretudo se olharmos o assunto na perspectiva de quem observa o comportamento de maluquinhos, de fulanos estranhos com teorias fantasiosas sem qualquer fundamento que não uma fé.
Contudo, sempre que dedico algum tempo a esta temática confronto-me com trabalhos de cientistas eminentes, de pensadores coerentes, de gente que parece equilibrada e, melhor ainda, documentada para sustentar os seus palpites.
Essa corrente, celebrizada anos atrás com um filme baseado num livro de Erich Von Daniken chamado Eram os Deuses Astronautas?, defende que andamos a acreditar em deuses porque era isso que pareciam aos nossos antepassados pré-históricos os seres de outros planetas que por aqui passaram tempos atrás.
Ou seja, embora reste um espaço de manobra para os próprios extraterrestres terem sido obra de Deus fica sempre em aberto a questão de qual o nosso papel em todo esse grande esquema do Universo.
Se me parece irrelevante o esclarecimento acerca dos direitos de autor em matéria de Criação, a hipótese de sermos em boa medida o produto do contacto com civilizações mais avançadas, algo que acontece desde sempre que começámos a povoar o planeta, abre perspectivas muito mais interessantes de explorar.
Claro que estas teorias, como a da existência de Deus, não passam para um agnóstico de hipóteses, de cenários possíveis, e é disso que se trata até prova em contrário.
Todavia, sou um agnóstico mais a tender para o ateu porque deixo-me impressionar mais pelos factos científicos do que pelos milagres da fé.
Isso leva-me a prestar maior atenção a estudos, a raciocínios e até a evidências tangíveis desses fenómenos difíceis de explicar.
E por isso vou tentar partilhar convosco ao longo dos próximos dias alguns desses contrapontos do domínio da cada vez menos Ficção cada vez mais Científica que me deslumbram mais do que o Santo Sudário ou o Santo Graal e para os quais tentarei encontrar uma abordagem ligeira o quanto baste para fornecer apenas algumas pistas para uma outra forma de explicar o macacal marado a que gostamos de chamar Humanidade.
Estou em pulgas para quando chegares à teoria de que a Nossa Senhora de Fátima foi obra de extraterrestres...
ResponderEliminarA nossa senhora de Fátima é só mais uma das muitas nossas senhoras que por todo o lado surgiram e vão ainda surgindo. Embora os padres se apressem a dizer que são todos Maria, o povo atribui a cada uma delas uma identidade própria, no fundo o emergir das Deusas, do velho politeísmo.
ResponderEliminarMas como aparecem? E tapam o sol? É claro que o sol só se pode tapar com uma peneira, digo, com um belo ovni, brilhante e reluzente que às tantas é confundido com o próprio astro-rei. E depois, uma oliveira, velho símbolo da paz quando um raminho da dita voa rumo ao Ovni no bico de uma pomba....
É caso para dizer ao mundo: mundo mundo, não há uma folha que te faça um bico?