A hipótese de Jesus (o Cristo, não o do Benfica) ter sido um homem casado, novamente ressuscitada a partir de um papiro descoberto por uma investigadora de Harvard, Karen King, continua a ser contestada pelo Vaticano.
De resto, a maioria dos entendidos parece privilegiar a hipótese de estarmos perante uma fraude, embora ainda não existam factos científicos consensuais que confirmem ou desmintam o pressuposto.
O Vaticano, tal como muitas "igrejas" empoleiradas na figura desse homem extraordinário da Nazaré (a do Médio Oriente, não a nossa), insiste em rejeitar toda e qualquer prova que possa atribuir a Jesus uma ligação íntima a fêmeas da espécie, revelação que embora não pudesse desmentir o brilhantismo da postura e da determinação desse homem único e mesmo a sua progenitura divina, poderia demolir muitos dos dogmas que baseiam a própria estrutura da Igreja Católica.
Esta reacção urticária do Vaticano a qualquer espécie de humanização de Jesus, nomeadamente no que concerne a qualquer evidência capaz de beliscar a sua (com ésse maiúsculo, na grafia católica-apostólica-romana) imprescindível virgindade, constitui uma teimosia tão imbecil (pela motivação) quanto compreensível (pela motivação) porque uma versão mais terrena de Cristo deixaria em maus lençóis toda uma interpretação da coisa, mais puritana, menos carnal e sobretudo sem gajas no primeiro plano da hierarquia.
Para mim, falso católico porque baptizado à força antes sequer de saber falar, presumo que precisamente para evitar alguma contestação da minha parte ao ritual, um dos maiores pecados da Igreja Católica passa precisamente pelo mal que fizeram ao mundo quando decidiram afastar as mulheres do palco principal. Muito do que de mau acontece no nosso tempo e no nosso Ocidente cristão deriva da concepção nada imaculada desta construção de um Jesus à medida dos interesses de uns quantos gabirus.
Engolir uma mulher no cenário, mesmo santa, só mesmo com gravidez por obra e graça do Espírito Santo (o dos milagres, não o dos créditos à habitação) podia assumir algum tipo de protagonismo num tempo e num mundo para homens que se queriam à imagem e semelhança de um deus que toda a gente intui ter pila.
Dá-me jeito, admito, porque estou do lado certo da barricada num contexto de hierarquias entre os géneros tal como a Igreja Católica as define na essência e na dimensão prática da sua intervenção. No entanto, custa-me perceber a intrujice na génese desta forma de ver as coisas como me custa a aceitar as respectivas repercussões do ponto de vista menos religioso e mais social. Nesta religião como nas outras, que isto das gajas serem apenas figurantes numa película muito machona interessa imenso às pessoas com pila independentemente do nome pelo qual O chamam...
E por isso não estranho a reacção do Vaticano, a sua descrença veiculada por todos os crentes mais ilustres ao dispor no meio académico, ainda por cima tendo sido uma mulher a dar a cara pelo tal papiro que, sendo genuíno, desmentiria tantos pressupostos que poucas religiões conseguiriam evitar uma autêntica revolução nas suas estruturas.
Dou graças, embora sem saber a quem (com maiúscula, em havendo), por mais esta hipótese de desmistificação de uma importante fonte de bafio e até de injustiça para com o papel que as mulheres devem poder assumir na construção da Igreja que também é a sua.
E acima de tudo por imaginar este mundo livre da canga demoníaca que a relação homem/mulher e o sexo nela implícito têm merecido por parte de quem recusa entender que por detrás do sagrado papel de uma mãe existe o de uma mulher para assumir.
Blasfémia, Shark!
ResponderEliminarNão consta na Bíblia sequer que Jesus mijava!
Nunca ouviste falar da santa mola da roupa?
Eliminar(E será que me vão declarar alguma fatwa cristã por isto?)
Santa mola...?! Conta lá essa.
EliminarImagina uma pila santa e a santa vontade de arriar uma mija. Agora pega na santa mola e imagina qual será o seu papel.
EliminarUm papel totalmente higiénico, suponho
EliminarAh! Nada que um santo nó não resolva.
EliminarConsiderando que a Igreja Católica se baseia em enormes e sucessivas mistificações, que o provável nome - a ter de facto existido como um só homem.- seria joshua, já que Jesus é uma corruptela de ic sus, ou is sus, que alguns estudiosos afirmam ser o nome jocoso que os romanos davam aos que empalavam e crucificavam.
Eliminar"Sus" que em hebraico quer dizer cavalo, era no entanto como se designava o porco em Latim.
Se bem que os porcos na cultura grega tivessem um prestígio religioso que passou as barreiras das separações religiosas e aparece como elemento iconográgifico iniciático na cultura cristã, a verdade é que esses animais muito estimados quer pela alimentação que forneciam quer pela sua proliferidade, passaram pela rotação de valores simbólicos a representar, não o divino, mas segundo a matriz de Roma, a sujidade. Daí que a evidência de jesus tornada tão sedutora no novo testamento tem uma leitura completamente diferente se consultarmos as escrituras- chamadas de apócrifas- do mar morto.
Além de não se distinguir bem nesses escritos quem seria jesus cristo, é por demais evidente que os homens que o acompanhavam eram no que se chama hoje de terroristas. Combatiam os Romanos por todos os meios, a vida santa de que se fala no novo testamento é uma tremenda mistificação,os milagres desconhecidos. Aqueles homens e mulheres que fugiram para o deserto e se refugiaram do terror que os Romanos inflingiram aos povos dominados após algumas revoltas de grande expressão, escreveram durante algum tempo os acontecimentos. Extinguiram-se após algumas gerações mas os seus escritos ficaram perfeitamente conservados nas grutas de dificil accesso na zona do mar morto durante quase dois milénios. ~
Eles são testemunha clara e directa desses tempos sem terem passado pelas sucessivas re escritas aos quais foram sujeitos os quatro testamentos dos apóstolos. Dos relatos originais resta o que as pessoas conhecem como "novo testamento"- Expurgado de forma sucessiva e continuada pelas sucessivas reescritas levadas a cabo pelos monges copistas durante séculos.
Dos tempos conturbados que nos tempos de hoje teimam em perpetuar-se no que se chama de "terra Santa" restou apenas um episódio que parece assim condensar simbolicamente o que teria sido norma de conduta dos muitos cristos de então: o relato com que cristo inicia a vida pública quando de forma violenta correu com os vendilhões do templo. Metáfora pefeita pois o templo é na cultura judaica o simbolo da sua entidade, e os vendilhões, os ocupantes romanos que conspurcavam a terra santa.
Calhou a Gutenberg ter compilado entre inúmeros escritos copiados e recopiados um livro que se chama hoje a Biblia de Gutenberg. Á larga divulgação impressa põs um travão à limpeza de imagem levada por diante durante séculos.
Nao obstante, nos tempos correntes, as seitas neo cristãs não se tem coibido de fazer edições à la carte de forma a coincidirem com as suas teses. Apesar da estratificação e estabilização clara após Gutenberg, estudos mais recentes tem posto a lume inúmeras contradições e imprecisões, apenas possíves de justificar precisamente pelas tentativas sucessivas e continuadas de limpeza de imagem.
As coisas que aprendo contigo...
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