março 17, 2014

Diz a DECO: «Factura da Sorte é "versão pimba" do Ministério das Finanças»

Desde há muitos anos que deixei de ser filiado da DECO, por motivos que não vêm ao caso.
Mas tenho que concordar com a tomada de posição do secretário-geral da Deco, que acusa o Governo de querer transformar os contribuintes em fiscais de impostos:

"Onde está aqui a sustentabilidade da economia portuguesa?"
"O sorteio é uma medida que 'descentra' a obrigação de os consumidores pagarem impostos"
"A razão de pagar impostos é para ter mais protecção social e não para participar num 'eventual' prémio de automóveis, ainda por cima topo de gama"
"Somos claramente pela obrigação de os portugueses pagarem de forma justa os impostos. Não há sociedade que possa viver sem impostos devidamente pagos e administrados, para que haja prestações do Estado na saúde, ensino ou estradas"
"Não é correcto transformar os consumidores em inquiridores e fiscais de impostos, em agentes de fiscalização"
"Este governo tem recuado muito nas prestações sociais, ao mesmo tempo que aumenta os impostos, e temos consciência que há aqui alguma contradição e que não seria este o Governo com mais condições para mobilizar as pessoas para o pagamento de impostos"
"A importância do pagamento dos impostos é um trabalho que deve ser feito nas famílias, nas escolas, nas comunidades"

E nós... pimba! Nós... pimba!

11 comentários:

  1. A Factura da Sorte está em linha com " A Dialectica da Razão Vital" desta gente.
    E demonstra como a teoria social de que todos nós julgamos os outros pela nossa bitolo, a partir dos nossos valores.
    Para essa gente o ideal de vida é um carrão ...que fica perfeito à porta da barraca de bruta parabólica no telhado, os putos com fome e o frigorífico atestado de cerveja pró jogo da bola mailogo no plasma.

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  2. Ou, dizendo o mesmo de outro modo: a tomada do poder pela récua de «neo-liberais» mal formados, mal informados e mal amanhados, é no que dá...

    Se a um parasita desses lhe retirarmos o carrinho que algum tacho dourado lhe deu de mão-beijada, a sua importância escafede-se como o reflexo da lua quando nasce o sol - isto para sermos poéticos... Também poderia dizer-se que dele ficará apenas fugaz rasto mal cheiroso que o vento da História logo varrerá. Ou, ainda, que quando se tem do Estado uma perspectiva de bordel, a única coisa que ocorre a tais «estadistas» é o exemplar exercício de chulice, mal disfarçado com um perfume ordinário e acompanhado por uma gargalhada soez que esconda a chapada que deu na puta que rendeu pouco no exercício nocturno - o que será uma infeliz metáfora para os «velhos» que o agora mais estúpido jornalista e comentador e economista José Gomes Ferreiro (larga esse nome, pá, que tão mal te assenta...) utiliza.

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    1. Brilhante Mestre Orca.
      Tal e qual.
      A substituição final do "ser" pelo "ter".
      A estupidez predadora, arrogante e ignorante, a valer mais do que a sensibilidade, o conhecimento e relacionamento social baseado nos valores da partilha, que são a mola real de uma economia inclusora, em, vez desta coisa que esta maldito passos coelho está a construir, que não mais é do que o recuo para o quase feudalismo.

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    2. A par do que penso sobre a "usurpação" do nome JGC, que sendo o nome com que o prendarem, não o autoriza a mancha-lo.

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  3. ... E alguns poucos corajosos, ao perderem as mordomias que o Estado (e nós contribuintes) lhes proporciona, metem um chumbo na cabeça, envergonhados quando descobrem suas falcatruas, ou, ainda, vão viver d´uma rica pensão vitalícia - é o mais comum - até o final dos seus dias, a qual -- sabe Deus como - passará à herança de filhos, netos, sogros/as...e papagaios.
    E, tal qual ilustre político, saem da Vida para entrarem na História....

    Ora, ora...

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    1. Viram isto?

      JOSÉ MUJICA (Presidente do Uruguay) sobre indicação para prémio nobel da Paz:
      “Estão loucos. Que prêmio da paz, nem prêmio de nada. Se me derem um premio desses seria uma honra para os humildes do Uruguai para conseguirem uns pesos a mais para fazer casinhas... no Uruguai temos muitas mulheres sozinhas com 4, 5 filhos porque os homens as abandonaram e lutamos para que possam ter um teto digno... Bom, para isso teria sentido. Mas a paz se leva dentro. E o prêmio eu já tenho. O prêmio está nas ruas do meu país. No abraço dos meus companheiros, nas casas humildes, nos bares, nas pessoas comuns. No meu país eu caminho pela rua e vou comer em qualquer bar sem essa parafernália de gente de Estado.”

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    2. O céu existe...
      (Mas só pode dizer-se baixinho porque os tectos têm ouvidos...)

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  4. Se disse com convicção...tiro o meu chapéu!

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    1. Amigos meus que já leram e viram documentários sobre ele, dizem-me que é mesmo assim.

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