junho 08, 2012

Duas questões de educação

I.
Facto inegável: é raro governo(s) e sindicatos estarem de acordo, seja a respeito do que for.
Circunstância: o novo estatuto do aluno, apesar das posições contra do BE e PCP (e novidades?!) grangeia o acordo de todos, menos dos paizinhos: a CONFAP critica o governo por não ter sido ouvida quanto à questão de os pais virem a ser responsabilizados e multados pelas faltas dos seus rebentos à escola. Educar custa e cada um tem o seu papel. E é bom que todos tenhamos consciência disso: professores, progenitores/educadores, meninos e sociedade em geral .
E entretanto, uma vénia ao governo e ao Ministro Crato (as minhas vénias são independentes de cores e a única ideologia a que sou fiel é a minha).

II.
Na Grécia, um deputado de extrema direita resolveu que na ausência de argumentos, há sempre a força bruta. E já surgiram mil e uma interpretações, quase todas remetendo para a miséria e o desconcerto de uma crise mal administrada (ou mais mal administrada do que a nossa). Eu cá acho que um neo-nazi é sempre um neo-nazi e nunca saberá agir de outra forma, na opulência ou na desgraça, num país mediterrânico ou na Escandinávia. Que se faça justiça relativamente a quem ainda não percebeu que as divergências discutem-se, que as discussões nem sempre se ganham, e que o punho não pode ter lugar, em sede de argumentação.

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