(Adiro à greve do dia 14 de Novembro, sim senhores. Porquê? Ora, ainda é preciso dizê-lo...? )
aprouvera que me fosse mais fagueiro
este tempo só de impostos e ameaças
que de tudo preservasse o costumeiro
e vivesse sem me cuidar de pirraças
que bastasse p’ra ter luz um candeeiro
que de protecção sobrassem as vidraças
e por dar cá uma palha ser inteiro
peito aberto aos ardores das arruaças
porque roubam tudo ao pobre esfomeado
tão esganado à míngua de um seco pão
quando a alguns sobra pão por todo o lado
e assim fazem de mim o refilão
truculento ferrabrás e desbocado
não calando a aleivosia do ladrão
nem ao rico lhe desculpo o exagero
de viver só na riqueza… e das misérias
ao colher benefício ao desespero
de quem vive sem viver e sem dar férias
à vontade de comer e sem tempero
só lhe darem p’ra comer algumas lérias
e é neste entretém feito fumaça
que medramos num talvez-não adverso
sem passarmos do cuidado que esvoaça
fracamente na candura de algum verso
e se a cor ou o ser nos é diverso
que se apure que o Sol nasce p’ra quem passa
e se é nosso o mar todo e o universo
fomos todos moldados na mesma massa.
- soneto e seu simétrico da autoria de Jorge Castro
(publicado em simultâneo no Sete Mares)
Bem... "em simultâneo", só se for como respondeu um professor meu quando o questionei por dizer que uma variável e uma matriz eram iguais:
ResponderEliminar- São equivalentes em termos de sinónimo!
Meu caro, nunca te contaram da relatividade do «supônhamos»? É isso... ;-)»
Eliminar«Supônhamos» que o simultâneo se refere à unidade mensurável que é o dia... Lá está!
«Supônhamos» que a publicação foi proveniente de um incentivo externo ao acto da criação (que, como se sabe, envolve galos, galinhas e outras aves poedeiras...). Articulado com a variável acima, coloca esta matriz ao nível do sinónimo... Confuso, mas curioso...
Tu já deves ter dado aulas de Análise Macroeconómica...
EliminarHmmmmm...
EliminarNão foi ao Relvas, certamente...