Outro aspecto que cai, neste domínio, no abismo abissal da minha ignorância trata-se do voto dos cidadãos portugueses na diáspora – como eu gosto deste termo, que sempre me recorda os diospiros e outros suspiros…
Eu nem faço uma ideia precisa de quantos cidadãos portugueses andarão espalhados por esse mundo, mas serão para cima de um milhão deles. Grande parte dos quais espalhados por países da Europa: Espanha, França, Inglaterra, Luxemburgo, Suíça, Alemanha, Bélgica…, para já nem falar nos States, na Argentina, nos Palopes. Então e para o Parlamento Europeu estes cidadãos não votam?
Para cima de 300.000 emigrados só nos três últimos anos, todos com corpinho para irem à procura do trabalho que cá não têm, e não votam?
Nascidos cá, registados cá, formados cá, revoltados cá… e não votam?
Ou votaram e a malta nem deu por isso? Ou nem é preciso, nem interessante, nem conveniente que votem e o melhor é esquecer a sua existência?
É que eu cheguei a ouvir um «analista», daqueles profundos que por aí abundam, antever que a abstenção iria aumentar porque tantos cidadãos emigraram. Grande lata! Então, emigram e não votam? Porquê?
E, se ao contrário daquilo que a minha ignorância leva a crer, afinal sempre votaram, como é que foi esse voto?
E se não votaram como deviam ter votado, um milhão que sejam, representam uma fatia enorme dos cidadãos eleitores. Ou também já não são cidadãos?
É que eu, quanto mais olho para isto tudo, menos percebo!
Ora porra, estava à espera que me explicasses!
ResponderEliminarParafraseando Shakespeare, há mais mistérios entre os votos e as urnas do que possa imaginar nossa vã angústia.
ResponderEliminarNão são votantes, são activos exportados.....
ResponderEliminarSerão, Charlie. Activos exportados é bom. Lembra-me aquele grupo espanhol dos Presuntos Implicados...
EliminarE, já agora, dos que tanto se agitam ao som dos calhaus rolantes, quantos deles ainda sentem o quanto esses calhaus lhes esmagam os pés...? (Esta, então, é de tal profundidade, que nem eu lhe diviso a integral fundura...)