Além de problemas de saúde mental, alertam, tais programas poderão desencadear ou agravar afeções daltónicas, tal é a fixação que cada comentador tem por uma só cor, com exclusão das restantes.
Em contrapartida, os comentadores revelam boa memória, pois se recordam de, e invocam até à exaustão, todas as situações em que o seu clube foi prejudicado pelo árbitro, nos últimos cem anos.
Ali assistimos – os que assistem – a discussões boçais, desinteressantes e intermináveis, com a agravante de há largos anos serem sempre as mesmas caras a massacrar-nos. Ressalva-se, até certo ponto, em minha opinião, os comentários da RTP1, com os residentes António Oliveira, António Simões e Manuel Fernandes, cujo clubismo é menos acintoso, onde há alguma reflexão e onde o próprio Tempo Extra, com menos corda, menos espaço e melhores gravatas, não chateia.
António Pimpão
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