Esta
corja andava exaltada para apurar onde divisar pretexto para assaltar, à grande
e à francesa, o último reduto do cidadão, a saber, a sua carteira. Tudo para
tapar as mazelas que sucessivas desgovernações têm vindo a criar e aprofundar em toda a nação portuguesa.
Eis senão quando –
Eureka! – vem de lá a troika mai-los seus mandamentos e a corja, cordeira e
organizadamente, repimpa-se e refina-se no esbulho ao cidadão.
No
caso, naquele cidadão mais à mãozinha de semear, que dá pelo nome anatemizado
de funcionário público.
E,
zás!, para além dos congelamentos de carreiras e de salários, de abaixamento de
ordenados já de si da treta, incomparáveis por defeito aos congéneres europeus,
decidem sacar-lhes, por junto e atacado, o subsídio de férias e o décimo
terceiro mês – aquele que, como sabem três ou quatro cidadãos mais avisados,
mais não é do que a reposição remuneratória do que vai mensalmente ficando por
pagar, por parte da entidade patronal.
Julgaram
as almas bem pensantes que se deveria contestar, liminar e cabalmente, a
legitimidade de tal esbulho. LE-GI-TI-MI-DA-DE, disse bem. Porque estas coisas
regulamentam-se por leis ou documentos congéneres, que prefiguram um qualquer
estado de direito.
Não.
A corja, nas tintas para as leis, excepto aquelas que criam para favorecimento
próprio, sacou à mão armada (de poder, claro) essas componentes remuneratórias
e com retroactividade, pois a tanta falta de vergonha chegam os seus desmandos.
Julgaram,
outra vez, as almas bem pensantes que o Presidente da República Cavaco, garante
último e supremo da legitimidade funcional das instituições, fosse vetar tal despautério.
Mas não. Apesar das lágrimas de crocodilo, Sua Excelência promulga. E o não
menos excelente governo da corja executa, em conformidade.
Mas
acobardou-se com os «privados», os trabalhadores por conta de outrem,
fornecedores primeiros, a par dos seus irmãos funcionários públicos, e mais
constantes do sangue de que se alimenta a corja.
Passou
um escasso anito muito mal medido e o eminente Tribunal Constitucional
considera que há inconstitucionalidade em retirar a uns o que outros continuam
a usufruir. Fala-se aqui dos tais funcionários públicos já arvorados em
antagonistas dos outros funcionários, os que funcionam nas entidades privadas.
Ora,
abóbora, meus senhores, a essa notável conclusão até eu que sou um borra-botas
em jurisprudência chegaria com facilidade. Uns recebem, outros não – está ferido
um elementar preceito constitucional.
«Esqueceu-se»
a corja de que a questão que devia colocar-se era, tão-só, aquela da tal
LE-GI-TI-MI-DA-DE do acto que já tinha perpetrado!
Agora,
em passe de mágica ordinária, de feirante decadente e chulo, a discussão já se
pretende rodar para o facto de uns terem e outros não, já se escamoteando a
questão primeira que era a de que aquele direito não deveria sequer ser
retirado, fosse a quem fosse.
A
corja rejubila com a desatenção do cidadão bovino e assesta o seu fogo neste
novo pomo de «discórdia», tão oportuno e conveniente.
O
chefe do governo da corja já veio anunciar que teríamos de pensar em e matutar
em e aldrabar, uma vez mais, quem.. E vai daí anunciar a extensão do esbulho
aos trabalhadores das entidades privadas. Tudo, agora, para promover a equanimidade no tratamento do cidadão!
O
facto de, nas entidades privadas, estas matérias remuneratórias estarem
escudadas por acordos colectivos ou individuais de trabalho, com peso de lei, não incomoda a corja que, desde o imposto extraordinário à criação de lei de
conveniência, a tudo recorrerá perante a passividade habitual e já esperada das
vítimas da corja.
E
assim estamos, assim ficamos e assim não iremos a lado algum com esta corja!
Apontamento breve para quem não saiba o que é uma corja:
s.f. Conjunto de pessoas desprezíveis, de má nota; súcia, malta.
Somos todos tão ceguinhos, surdos e mudos, que até chateia!
ResponderEliminarSomos mesmo... e chateia (muito). Vá lá que a mim ainda me serve um tanto de consolo saber que não foi (nem será (jamais!)) com o meu voto.
EliminarEu nem assim me consolo...
Eliminar(... queres que te empreste uma cenoura? ou assim?)
EliminarUma cenoura?!
EliminarQuando me ofereceram um massageador Tiani 2, da Lelo, vibrador para casais desenhado para ser usado pela mulher durante a relação sexual, em forma de "U", em que o lado mais fino (sem vibração... mas em minha opinião deveria ter) deve ser inserido na vagina, ficando o lado maior (que tem a vibração) no exterior, de forma a estimular o clítoris, tem um controlo remoto (sem fios) que também pode vibrar e é revestido do mesmo silicone suave, podendo entrar também na... festa ou indicar ao parceiro as vibrações que a unidade principal está a proporcionar, sendo que esse controlo remoto tem várias funcionalidades, permitindo 3 modos diferentes de controlo da vibração (conforme a sua inclinação, pelo seu movimento e vibrações pré-programadas - 6 diferentes) e é à prova de água, para facilitar a limpeza ou para ser usado no banho?
Não obrigado. Nem este uso...
:O) ou :O( conforme a perspectiva.
:O( ... e ... :O( ... e ainda... :O(
Eliminar... e agora sim... :O)
3 a 1... grande abada levei :O)
EliminarTruca! :O)
EliminarAhahaha Cenoura, minhas cenhouras, digo minhas senhoras, :)))
ResponderEliminarMas antenção, às rodelas, às rodelas....hhihii
Quanto ao que o Orca diz, de não irmos a lado nenhum com esta gente.... Vamos sim, vamos de mal a pior.... :S<=|
Pior que isto é o quê?
ResponderEliminar(a resposta será dada no próximo post... :O))
EliminarO Xenu?
EliminarNão me digas que não te satisfaz??
Eliminar(Estás exigente!! Eu com esta por muito pouco não molhei a cadeira!!)
EliminarTu descobres cada coisa...
Eliminar(Eles andam por aí...)
Eliminar(ah, pois andam...)
EliminarSim meninas, venham, venham que chez nous, perdão, xenu é que se está bem, garanto: um pipo de verdasco, enchidos, e um sofá com um cobertor por cima, tudo lá no barraco... Ai porra, peraí, que isso é lá mais para xima..Pronto, venham xenu, que febra na brasa e bejekas não faltam e se não há sofás no barraco, mas cobertores por detrás de umas azinheiras também se arranjam
EliminarJá lhes criaste um slogan: «Vennez Xenu» :O)
EliminarÉ um convite, pá!! (E tem boa pinta... paparoca, quentinho, e nada de alicates... (à vista...))
EliminarJura!
Eliminar... bom... aquela parte do "com um cobertor por cima, tudo lá no barraco"... e dos "cobertores por detrás de umas azinheiras"... é um bocado suspeita... (mas tenho fé que a haver por lá uns alicates ele ataque os teus thetans primeiro... e entretanto eu zarpo... :O))
EliminarÉs amiga, tu...
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