novembro 15, 2012

Uma espécie de Lei de Talião

O que se passou no dia de ontem deixa-me com os nervos em franja.
Que se faça greve e se gritem palavras de ordem, tudo bem, muitas palminhas: cada um deve lutar com as armas que a lei confere, quando as acha apropriadas e, preferencialmente, se lhes reconhecer eficácia (e esta seria toda uma outra discussão, que não interessa nada agora).

Não acredito na violência física, em circunstância alguma e só a admito em casos de legítima defesa, no que sou coadjuvada pela lei. O que se passou hoje foi uma vergonha injustificável.
Vejamos:
Se um dos meus gatos me arranha, eu nao o arranho de volta.
Quando um qualquer nabo me bate no veículo-que-me-custou-tanto-a-pagar, eu não lhe faço o mesmo, tipo carrinhos de choque.
Quando, em pleno centro comercial, já pesada de sacos e consciência, por ter gasto mais do que devia, algum simpático me dá um encontrão, eu nao me armo em wrestler.
Se um desconhecido for injusto comigo, não lhe respondo da mesma forma.
Se um vizinho antipático não me disser bom dia, faço questão de o cumprimentar (normalmente, passam a funcionar por imitação).
Se um colega decide fazer sua a missão de me denegrir perante quem estiver para lhe ouvir as balelas (não me conhecendo se não de passagem e só porque não tem nada de mais interessante que fazer), certamente não lhe farei o mesmo, mesmo que me apeteça (muito).
Quando alguém é condenado por um tribunal, por ter matado outrem, que legitimidade tem um estado para matar quem matou sem que se lhe passe o mesmíssimo rótulo de assassino?
Quando a menina do supermercado arremessa as minhas compras, em vez de as colocar simpaticamente num saco, nao lhe atiro com o cartao MB à cara.

... se assim é, por que raio me passaria pela cabeca aceitar como normal que se fundamente a atitude de um bando de meia dúzia de cobardolas de cara tapada que, hoje, resolveram atiçar membros de um corpo policial treinado para reagir e anular comportamentos violentos? Estão desesperados? Têm fome? E o facto de terem arremessado pedras da calçada (quero ver quem paga a reparação) e garrafas de minis (espero que vazias, ao menos isso) deu-lhes serenidade e crença no futuro, foi?
Mais: a justificação de que se limitam a retorquir as agressões que o governo vem exercendo sobre os portugueses é, no mínimo, insensata: se me apetecer encher de bolachadas a cara de A e A não estiver a jeito, bato em B, só para dar o exemplo? Foi o que se fez hoje. Não estavam os membros do governo, ateste-se nos polícias que é o que há de mais parecido. (seriously?)
E a populaça toda contente, que aquilo é que é heróico e mais-não-sei-quê e que deveríamos era estar todos agradecidos. Sim senhores, país do caraças, em que nem a ultrapassadíssima justiça do olho-por-olho-e-dente-por-dente se sabe aplicar. Atira-se ao lado.
(Sim, sim, e levou na tromba muita gente que se limitou a assistir ao disparate, quando a polícia reagiu. E isso é péssimo. Agora pense-se que nada disso teria acontecido se meia dúzia de delinquentes cobardes não quisesse aparecer no telejornal)

É por estas e por outras que, às vezes, também me apetece sair por aí a distribuir galhetas.
Muitas e com alvos bem específicos.
A diferença entre mim e os responsáveis por barbáries como a de hoje, aquilo que me distingue de outros animais (como eles) é a posse da consciência que me trava o puro instinto. Só.

20 comentários:

  1. Pois... mas a premissa de que a violência não conduz a nada, só parcialmente se pode considerar verdadeira como ponto de partida para argumento. A civilização avança por pequenos degraus, pequenas e quase imperceptíveis conquistas no tipo de relacionamento entre os seres das comunidades, dos seus valores.
    E observamos até como dentro de um mesmo País, muitas vezes (quantas) dentro de uma mesma cidade, assistimos a diversos perfis comportamentais e códigos de relacionamento.
    Todos sabemos de certos bairros menos "recomendáveis", pela gratuitidade aparente da violência existente. Parece-nos gratuita pelo facto de não residirmos nela, por nos pautarmos por outros valores.
    Mas, e é cada vez mais pertinente perguntarmo-nos, o que acontece quando progressivamente e de forma cada vez mais alargada é retirado o suporte material sobre o qual o relacionamento baseado no sentimento adquirido de decência assenta?
    Numa primeira fase há uma adaptação, um resignar, uma espécie de consolo ao saber-se que as coisas podem estar difíceis, mas sendo solidários e com ajuda mútua, se podem compôr as dificuldades. Há a esperança de que a breve prazo, e após um período de jejum, tudo irá melhorar. A partilha e a entre-ajuda segura as primeiras vagas.
    No entanto, com o aprofundar da crise, o que acontece é que as ajudas mútuas esgotam-se. De onde se tira e não se põe, falta fica fazendo, e os que ajudavam entram também em dificuldades. Todos são sujeitos apesar da míngua de rendimentos, ao esbulho por parte das estruturas fiscais sobre esses rendimentos que são em grande maioria, já negativos.
    Assistimos assim a como o grau de violência sobre os cidadãos continua em crescendo: sem dó nem piedade, sobre pessoas que já não tem que comer, desempregados e em desespero, caem as manobras dos bancos por demais conhecidas, as acções de despejo, as execuções fiscais e que mais....
    O número de suicídios disparou, uma tragédia, que mais não é do que uma expressão de violência reflexiva: o agente da acção repercute sobre si mesmo a violência que o seu código de conduta, a sua educação não permite fazer. Sem outra solução e pressionado por todo os lados tem duas saídas e escolhe a que pensa ser o escape final que apesar de tudo, é o menos violento comparado com outras soluções possíveis e a própria violência que a pressão sobre si representa.

    E se pensarmos que em grande parte tudo vem de uma filosofia económica que assenta no valor a que se convencionou dar a uma moeda, então tudo sobe, ou desce, ao nível dum pesadelo Kafkiano; para ter uma moeda forte, a Alemanha de Merkel parece estar cega para a outra face dessa moeda. Em vez de ser a moeda e expressão de uma economia, passa a ser a economia a subordinar-se cegamente a um valor de câmbio que não lhe cabe. O paradoxo de querer comer o bolo e continuar a querer tê-lo, como dizem os ingleses. De querer comprar barato, mesmo que os compradores pela perversão do valor da moeda, não a tenham para poder fazer as compras.
    Com a subida do sentimento de injustiça, é muito fácil porem-se de lado determinados princípios, e se muitos, certamente os mais decentes, põem fim à vida, os outros adaptam-se à lógica da violência: a violência gera mais violência. Não podemos estranhar o que se passou em Lisboa. Irá acontecer mais e numa espiral cresente e descendente.

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    1. Estás, portanto, a dizer, que não devo estranhar que os catalisadores do que sucedeu em Lisboa tenham sido uma dúzia de indivíduos encapuçados, que não apresentavam sinais de fome ou desespero mas sim uma imensa vontade de destruir o pavimento e ver como ele assentava nas ventas de indivíduos de uma força policial armada? Desculpa, estranho e muito.

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  2. Podem deter, julgar, condenar e prender todos os arruaceiros. Eles são a vanguarda da violência patológica que se vê nos jogos de futbol. Mas se a situação continuar deteriorar-se, então, minha querida Ana, irão ter que deter, julgar e prender cada vez mais pessoas.
    Muitas dessas pessoas, as que pacificamente descarregavam o seu sentimento de injustiça por meios pacíficos manifestando-se em frente aos polícias.
    E curiosamente ou não, eram as pessoas pacíficas aglomeradas que serviam de suporte ás manifestações trogloditas dos que arremessavem pedras e engenhos incendiários. Talvez fosse por isso mesmo que os polícias descarregaram sobre pessoas que dificilmente poderiam atirar pedras, como ficou patente nas imagens que as tv's passaram. Dá muito jeito destribuir pancada a eito a ver se da próxima ficam em casa, sem dar nas vistas, de preferência quando puserem a corda ao pescoço, já se sabe que nos ferros de uma varanda descompõe a vista plácida que se tem de um bairro....

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  3. Estás a dizer que a polícia aguardava ser apedrejada para poder descarregar a sua sede de chacina? É justamente pelo que tenho visto na tv que não poderia discordar mais...
    Por outro lado: falas de suicídio e se violência como se fossem correlatos da mesma situação. Não são. O suicídio resolve o problema de alguém a quem não apetece viver mais (seja por que razão for), a violência agrava os problemas de quem sofre. Ve o exemplo da Grécia: andam à bofetada há meses. Estão numa situação melhor? Não, são os arruaceiros da Europa que a Europa quer pôr a mexer. Heróis?! Não me parece.

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    1. Mas olha que deixarmo-nos massacrar em lume brando também não é heroísmo nenhum...

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    2. Mas a alternativa é só essa? Falso dilema, São, falso dilema...

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    3. Claro que agora há a teoria de que os agressores eram polícias à paisana e daí estarem de máscara, só para poderem atestar no pessoal. É uma teoria - verosímil até, para mim, que tenho uma imaginação fértil. Mas até haver mais do que mera especulação, prefiro guiar-me pelo meu bom senso que nunca me deixou ficar mal. Nunca fui de comer e calar mas também não acho que o contrário seja andar à pedrada. Mas isto sou só eu que, vai-se a ver e só tenho pelo na venta, nem um soco sei dar.

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    4. Eu sei que é um falso dilema. É como entre o Sócrates e o Passos Coelho :O)
      E eu até sou mais In medium virtus est.

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    5. Uma pessoa injusta mente. Justa não mente.

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    6. Ola malta.
      Estava a dizer por outras palavras o que alguém muito antes já deixou dito e escrito:
      Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.....
      Esta frase emblemática que Bertol Brecht sintetizou como súmula dos seus pensamentos sobre a sociedade humana,-embora alguns estudiosos digam não ser a frase não dele-, diz tudo o que eu quis dizer.
      As observações subsequentes mais não são do que exercício de retórica, interessantes para debater, defender ou contradizer.
      Não existe dicotomia nas minhas afirmações. O suicidio não é solução para o problema, mas a fuga do indivíduo do problema por não ver outra saída. Há imensos casos nesses paises em que a pena capital ainda existe, infelizmente, onde os condenados, perante a proximidade da execução, cometem suicídio. Um aparente contra-senso diríamos nós, mas o nível de pressão que cada um consegue gerir difere de pessoa para pessoa e de circunstância para circunstância.
      Por cá, o que sentimos é precisamente o aumento da pressão e a sucessiva limitação de saídas.
      São eles que empurram o cenário para a dicotomia.
      As tais margens que nos oprimem, são cada vez mais altas onde as saídas laterais, as possíveis válvulas de escape, se vão fechando uma após outra. Perante a pressão, o rio sobe cada vez mais. E podem aumentar os margens, subi-las mas a História demonstra como a água acaba sempre por galga-las e quando uma vez se libertam, já não é pelos ribeiros que mansamente escorre, mas sim pelo arraso de toda a paisagem.
      Não podemos emigrar todos. Nem existe solução "lá fora" para dez milhões. Lá fora, há milhões sem trabalho, e excluindo uns nichos de natureza, note-se bem, t-e-m-p-o-r-á-r-ia, não se prevêem grandes oportunidades para emprego de massa e com carácter duradouro.
      Por outro lado, assistimos a esta tonteria perfeitamente inexplicável e irracional que consiste em vermos todos os países da Europa a querer exportar mais e importar menos. Extraordinário, uma verdadeira quadratura do círculo, mas sem Pacheco Pereira!
      Exportar para fora da união europeia, dizem como réplica. Mas ignoram como funcionam as empresas: não há quem exporte sem que haja componente importada; energia, matérias primas, patentes, direitos etc. Não fazem ideia nenhuma do disparate que perseguem.
      Um mero exemplo é este de uma empresa alemã, o tal investimento estrangeiro, que exportava para a alemãnha paineis solares. A alemanha é dependente da energia importada da Russia, mormente pelo peso da estrutura da RDA, desde há muito ligada ao bloco de Leste.
      Ora uma das habilidades do Passos, e de certeza apenas por ter sido uma coisa do Sócrates, foi arranjar todo o tipo de entravas a uma empresa que.... pasme-se até exportava, tendo que importar com algumas benesses umas matérias primas. Acabou, disse o Passos, e lá ficaram umas centenas mais de pessoas em estado de aflição, e uns milhões de investimento a vacilar. O mesmo cenário quanto à fábrica de baterias da Nissan- Renault.

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    7. Tiros no pé, uns atrás dos outros, e a gente a ter que aturar isto, sem lhes atirar pedras?
      Não quero atirar pedras aos policias. Eles são gente e muitos com penhoras e cortes de rendimentos.
      Mas há quem mereça as pedras com que os polícias levaram, eles são os responsáveis, mas tal com o suicídio, não resolve coisa alguma levarem com elas. Temos é que sair da armadilha, e isso exige uma qualidade de carácter que não consigo descortinar na fauna política.
      O que faz falta a esta gente que governa são duzias coisas e uma delas é MUNDO.
      Esta malta tem falta de leitura, de conhecimento, de ponderação, no fundo, uma coisa que se sintetiza numa única palavra; SABEDORIA.
      O resto a que assistimos, desde Vitor Gaspar, são exercícios de fé cega. Algo espantoso, como o pragmatismo casa tão bem com a irracionalidade. Como um técnico de contas, melhor, os técnicos de contas, desde o nosso surumbático e monocórdico, aos carecas e pretos da Troika, somam na perfeição as parcelas, tiram as provas dos nove, para descobrir depois com surpresa, meses mais tarde de que a conta estava errada!
      E quem é que paga o erro?
      Eles que se enganaram?
      Já adivinharam?
      Bruxo(a)s
      Hajam então ao menos pedras como moeda de troca.

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    8. Ora a mim não me satisfaz que haja pedras como "moeda de troca", imagine-se. "Troca de quê", Charlie? O que melhora, a partir daí? Porque é o que todos queremos, não é? Ou, pelo contrário, atiramos pedras como quem nos governa atira medidas mal esgalhadas?
      Mais: a dicotomia de "os" acusas "a eles" é o erro em que estás a cair. Não há um "nós" bom e um "eles" mau. Não há polícias por um lado e Zé Povinho pelo outro. Não há um governo déspota numa ponta e um povo oprimido na outra. Há um povo (ou lá o que é isto) desinformado e sem consciência política, que entende os partidos como clubes de futebol (por quem se torce, mesmo que joguem mal e porcamente e tenham uma claque que parte tudo por onde passa e meia dúzia de jogadores que são maus profissionais). Estes que dizes governar-nos sem sabedoria (e eu concordo) são os que o desgraçadinho do povo oprimido elegeu. E elegerá, vezes sem conta, como prova a nossa história recente.
      Comecemos por apedrejar-nos a "nós", os grandes responsáveis pelo que aí grassa. Talvez assim abramos os olhos e percebamos que, mesmo que uma cambada de agitadores provoque o que aconteceu na quarta-feira, cada um de nós anda a atirar pedras há tempo demais - porque a força é o argumento dos brutos, dizia a minha avó. E lá brutos somos nós. Que nem uma porta.

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    9. E ficam tantos argumentos sinteressantes aqui perdidos nos comentários, como os cogumelos que descobri neste fim de semana, na Cova da Beira, por baixo da caruma...

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  4. Pois, sejamos então brutos quanto baste. A começar pelos que atiraram pedras e a carga policial a seguir, tudo partes nada edificantes da mesma tragédia.
    A primeira fase da escalada já foi completada.
    As pedradas e a carga policial.
    Houve feridos e detidos.
    Houve gente que ia bem longe da praceta e a passar para casa que levou carga.
    É assim mesmo, há uns anos uma bala passou-me a assobiar os ouvidos e ficou cravada num sinal de trânsito. Eu apenas ia a passar e longe da confusão, com uma guitarra na mão que ia reparar. Eram de borracha disse depois o comunicado, da mesma borracha que inutilizou para sempre um jovem nas manifestações da ponte no tempo do Dias Loureiro, curiosamente tão parecida com chumbo revestido. Mas era de borracha, tá dito, ta dito.
    ...
    *
    Sabemos que isto não vai ficar por aqui.
    *
    - que fique claro a minha declaração de intenção: nunca atirei uma pedra a um polícia em toda a vida, e já é longa "thanks god" e faço Btt com gente amiga que tem essa profissão e com os quais falo disto tudo, eles são gente, são povo exactamente como dizes. Brutos como eu, mas no caso deles, empurrados para a defesa do Estado e dos seus símbolos e combater a bruteza com bruteza maior: Como a bruteza é a razão das bestas tem de ser a besta maior a ser mais bruta para se impor. O Estado impõe-se não pela razão mas pela força.
    *
    Não vai haver inflexão, já se está a ver, as coisas "vão no bom caminho" diz o barítono, e o morcego acena positivamente: as folhas excell os gráficos etc. dizem que sim...
    Mas a verdade no terreno contradiz tudo
    Os que atiraram pedras foram a coluna avançada, os inergúmenos.
    Depois virão os desesperados, e por fim os outros que entram também em desespero.
    Não dá para irem todos viver debaixo da ponte, os vãos já estão sobre-lotados e as hortinhas ocupadas.
    E haverá mais manifs, umas organizadas, outras não.
    Nas fases seguintes, deus queira que me engane, haverá mortes.
    Ultrapassar-se à mais uma barreira, é a lógica da violência, a chamada escalada, a espiral.
    É do conhecimento académico que isto assim irá acontecer
    E porquê?
    Porque vivemos acima das nossas possibilidades?
    Quem???
    Eu?
    Não me lembro assim de nada de repente, e decerto que a grande maioria que sofre com isto que também não. Pago o que devo, pago até agora coisas que não me lembro de ter ficado a dever...
    É o sentimento de injustiça a par da fome que são os maus conselheiros.
    *
    Quanto à clubite partidária, há que registar o facto de que toda a classe política está mal vista, não bem há um antagonismo partidário, é a própria democracia que de forma paradoxal está mal vista. Uma coisa perigosa pela qual os ditadores messiânicos estão sempre à espreita e à espera.
    É até com uma certa saudade que me lembro do tempo em que era o partido A versus os universos opostos de partidos que faziam mexer as simpatias,
    Agora o que sentimos é uma antipatia generalizada contra toda fauna política.

    *
    Claro que concordo contigo: isto naõ resolve a ponta de um corno, mas lá está, quando falta o essencial ao Homem, sobra-lhe tudo que faz dele besta. E a besta não pensa.
    De homem que pensa sem agir, passa à besta que age sem pensar.

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    1. Se não resolve a ponta de um corno, sempre pode resolver a ponta do outro!

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    2. Como no caso do nevoeiro em que o "home" na sua carroça diz para a mulher:
      -Não se vê a ponta de um corno, Bia!
      - Ó home, guia-te pelo, outro...

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