janeiro 26, 2013

Mas por que raio os políticos fazem de nós parvos?

Apreciai a evolução das taxas de juro da dívida soberana dos 4 países europeus intervencionados (Portugal, Itália, Espanha e Grécia), desde 2008 até agora:


(gráficos do blog Aspirina B)

O que achais? A descida das taxas de juro da dívida soberana de Portugal desceu pelo que tem sido (des)feito pelo nosso (des)Governo, que (não) se tem fartado de deitar foguetes por estes dias?!
Não, malta! A razão, explica-a Miguel Abrantes no blog Câmara Corporativa: "(...) em meados do ano passado (...) [Mario] Draghi assumiu, perante os mercados, que o BCE se posicionaria como «credor de último recurso» em relação à dívida pública dos membros da zona euro, à semelhança do que ocorre com outros bancos centrais, como a Reserva Federal norte-americana, o Banco de Inglaterra ou o Banco do Japão. Naturalmente, essa alteração de política do BCE fez com que os mercados recuperassem a tranquilidade, com os resultados que estão à vista. Os países em dificuldades da zona euro têm beneficiado da descida de juros. É o caso de Portugal, que agora vai ao mercado amparado pela declaração de conforto de Mario Draghi."
No blog Aspirina B aprofundam mais este tema, no texto «It’s a bird… it’s a plane… no, wait… oh, my god… it’s Super-rabbit!!!», em que só se perdem as que caem para o chão.

Que falta nojenta de vergonha a vossa, senhores desGovernantes!

10 comentários:

  1. Atão achas que eu tinha paciência para apreciar uns gráficos que parecem montanhas?

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    1. Basta reparares que baixam todos na mesma altura e da mesma forma... e perguntares-te se o Passos Coelho está a tomar medidas de austeridade com sucesso... na Grécia, por exemplo.

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  2. Já ontem estive a ver um programa na Tv sobre a matéria.
    É óbvio que mais uma vez se confirmou o postulado Keynesiano: não há qualquer razão para a falta de dinheiro: Os estados podem emitir ou não o que quiserem e quando quiserem, nas circunstâncias em que acharem adequadas.
    TAmbém se confirma mais uma vez a necessidade de crescimento permanente dos sistemas económicos. A UE vai apressar a entrada de mais um membro. É importante expandir o território do EUro para travar a tendência inflacionista que o aumento de moeda disponível traz, e ainda mais agora com o consumo travado pelas politicas patéticas da austeridade desmedida. Com a Alemanha a entrar quase quase em recessão, viva a Croácia, mais um a fazer parte do clube dos novos ricos.

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  3. It's a plane, a bird? No! it's a super-rabit!
    It's a pitty, I would gladly be face- to face to him if he was a bird. You know: I'm a bardamerder.

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  4. O post retrata meia verdade: as taxas de juro de todos os países desceram. E a outra meia verdade? A taxa de jura da Grécia é o dobro da Portuguesa. Se a única variável que controlasse os mercados fosse a confiança emanada pelo BCE, não deveriam as taxas estar a um nível semelhante? Ou isso não interessa à esquerda reacionária?

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    1. Esquerda? E ainda por cima reaccionária?
      Onde?? Mata, mata!!!!

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    2. O nojo que ezala dos políticos enfesta e com a ainda mais vergonhasa política que nos"impingem" o ar está irrespirável.O pior é que o olor deve agradar e as medidas tão bem... Isto não é só fumaça... é a realidade consentida pelos portugueses!!!

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    3. "lmm" (com "l" de Luís), não é misturando variáveis que a meia verdade deixa de ser verdade. E isso da "esquerda reaccionária" é um conceito muito curioso mas nem me desperta a curiosidade de saber o que quer dizer.

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  5. Esquerda reaccionária é a esquerda que reage, se assim não fosse seria a esquerda acomodada. Antes reaccionária do que aparentemente morta. Tal como a direita: enquanto for reaccionária, pode saber-se com o que se conta. O pior é quando é secreta e faz tudo às escondidas, assim como a esquerda.
    Em resumo, são ambas más com excepção daquela que nos agrada mais e as simpatias são o alter-ego dos gostos, cada um gosta do que gosta por mais amargo que possa saber ao outro.
    Bem. mas semânticas à parte, Não vejo qual o regozijo com esta aparente vitória de Gaspar / Coelho. Não há vitória nenhuma a não ser a do mundo dos capitais que vive um momento de profundo paradoxo: Enquanto nos debatemos com falta de financiamento para a nossa economia funcionar e os governantes, perfeitos atrasados mentais, tudo tem feito no sentido contrário ao potenciar dessa mesma economia, o mundo, sim, este mundo, vive um momento de EXCESSO DE LIQUIDEZ. O sintoma disso é que os juros para depósitos estão baixíssimos. Então, de forma irracional - se visto de forma global-, os investidores, num mundo com excesso de liquidez, é bom que se note, são impelidos a investir em "produtos" de mais rendimento. Entre o menos-do-que-1% dos bancos e uma coisa que possa dar quatro, cinco, seis, sete, oito ou mais mesmo com riscos, é bem mais apetecível o risco, mesmo que se perdoe metade de uma divida a 8% ainda recebem 4% que é melhor do que 1.
    O problema é que o dinheiro só vale se representar riqueza efectiva, de contrário o seu valor inflaciona e muitas vezes acontece ele inflacionar mais do que o rendimento obtido em juros. Uma das formas de garantir a cobertura real é o SAQUE: as privatizações. Ou seja, não são os bens, as empresas do país que servem de garante em caso de incumprimento, mas sim à cabeça, quer pague quer não pague, as empresas tem de ser entregues. Podemos verificar sem qualquer espanto, como são as mesmas entidades que emprestam dinheiro aos países em aflição que financiam pela porta do cavalo os novos donos das empresas públicas alienadas.
    Um verdadeiro inside job para eles e um mau blow job para os países.
    O resto é uma esponja diáfana a dourar a pilula disfarçada de ideologia: o Salazar de Ultra-Direita nunca iria numa treta dessas: acima da ideologia está o elementar bom senso.
    E no nosso caso, entregou-se empresas e o dinheiro recebido em troca, em vez de potenciar a economia, serviu apenas para aumentar ainda mais a divida.
    Por outro lado houve algo positivo, as garantias do BCE tiraram um pouco de pressão sobre os juros, mas de FORMA GLOBAL, não se deve a nada que Portugal tenha feito, e até a verdade racional é esta: o País está agora muito pior do que há dois anos, desinvestiu-se nas áreas onde Portugal estava na vanguarda, a economia está de rastos e assim, um investidor a sério e não especulativo apenas põe uma questão:
    - Investir em Portugal? ..Para quê?
    Não estou maluco, se é pelos ordenados baixos, vou antes ali à China, onde são mais baixos e os trabalhadores tem mais formação, além dos impostos...Aí nem se fala....

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