O Bloco de Esquerda é uma espécie de Balcãs da política portuguesa.
Os Balcãs têm sido historicamente ingovernáveis porque acima dos interesses gerais da região se têm sobreposto, de forma exacerbada, os nacionalismos locais.
Apenas durante poucas dezenas de anos, durante a guerra fria, existiu uma união política da região, sob o pulso forte do marechal Josip Broz Tito. Com a sua morte, de novo se manifestaram os nacionalismos através de uma guerra nacionalista e fraticida, da qual resultaram os atuais países balcânicos.
Também a extrema-esquerda portuguesa se assemelha aos Balcãs, sendo constituída por grupúsculos em que o ego dos seus dirigentes se sobrepõe ao interesse geral.
Surpreendentemente, também entre nós o marechal Tito Louçã conseguiu reunir sob uma única bandeira e durante pouco mais de uma dezena de anos um conjunto considerável de grupúsculos aparentemente não miscíveis.
Reformado o leader, logo de novo se manifestaram os “nacionalismos” latentes e o Bloco de Esquerda retomou o caminho da balcanização, gerando Movimentos paroquiais que se acabam por confundir com a personalidade dos respetivos leaders. Resta saber que Movimento virá a ser criado por Ana Drago.
Cá como lá!
António Pimpão
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