fevereiro 05, 2014

Zangam-se as comadres...

... descobre-se o que já se sabia: que os Bancos ganharam sempre muito dinheiro à custa da especulação provocada por uma ambição desmedida. E nada melhor do que ouvir alguém que esteve directa e totalmente envolvido nesses «jogos de dinheiro». Vejam, segundo os jornais «Diário de Notícias» e «Jornal de Negócios», o que alega João Rendeiro, ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) no processo movido contra si por outros ex-accionistas do banco:

«Las Comadres» - Simon Silva, México
“os accionistas [do BPP] não foram enganados, uma vez que tinham experiência suficiente para saberem estar perante um investimento de risco e se acabaram lesados foi porque foram vítimas das suas ambições”.

“os presentes autos são o exemplo da cupidez [ambição] de muitos dos aqui assistentes, que, ao longo de vários anos muito ganharam em estratégias de investimento em tudo semelhantes à presente e que agora confrontados com a perda do investimento cujo risco aceitaram, dizem-se enganados”.

Sofisticados especuladores bolsistas, vestem a pele de ingénuos e impreparados consumidores, quando muitos deles investiram neste como antes em outros veículos e, pasme-se, investiram também a título particular precisamente no mesmo título em que a Privado Financeiras investiu, o BCP”.

“Antes do fracasso em torno das acções do BCP, a estratégia havia sido sempre de lucros impressionantes e muito acima dos indicadores de mercado. E ninguém poderia adivinhar que o BCP estivesse tão fraco”.

E o meu bolso, o seu e de 503 milhões de cidadãos europeus a serem atacados e forçados a «resolver» os problemas que estes senhores criaram!

2 comentários:

  1. Sempre me fez uma impressão impressionante, passe a redundância, da dimensão dos lucros da Banca.
    Cheirou-me sempre a virtual, ou seja, especulativo, sem valor real e nomeadamente no BCP, não descartando todos os outros
    Tive uma vez uma visita de um génio no mundo do financiamento.
    Para um apoio dos dinheiros da CEE, (dos quais nunca vi o brilho, diga-se desde já) apontou-me um salto para a frente: valorização de stocks!
    Ou seja, três ou quatro mil contos em material passavam por um estalar de dedos para uns doze ou treze mil. E continuou o seu bla bla, a relação ente existência e o apoio etc.
    Quando lhe disse se conseguiria num mercado concorrencial vender fosse o que fosse pelo triplo do preço, ele desviou a agulha do argumento para outra linha, e eu insistia, ele factor, maquinista e chefe de estação, mudava de linha como quem faz um enter no pc.
    Resultado: não me cheirando a coisa ficou-se a iniciativa pela visita do artista e preferi não ir nesse comboio.
    Mas obviamente que muitos foram na coisa, mais espertos digo eu....

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