Notícia do jornal «as Beiras»:
O sociólogo Boaventura Sousa Santos defendeu a necessidade de ser feita uma auditoria pública internacional à dívida portuguesa, que mostre qual é a parte da dívida que é legítima e a que não é legítima.
“Recomendo uma auditoria internacional, credível, à dívida portuguesa”, disse à Lusa o professor catedrático dando como exemplo o caso do Equador e da Argentina, que fizeram auditorias à sua dívida conseguindo, assim, pagar só um terço. Boaventura defendeu que Portugal deve fazer o mesmo, embora considere que neste período de campanha eleitoral niguém tomará essa iniciativa.
Para o académico a atual situação do país “obriga a soluções que não são compatíveis com uma recessão, onde está claro que o país não pode pagar a dívida”. “A auditoria da dívida pressupõe que haja intenção de renogociar a dívida, por iniciativa dos credores ou dos devedores”, disse.
No entanto, considerou que devem ser os devedores a tomar a iniciativa, para marcar a suspensão do pagamento, dado que os credores normalmente só aceitam renegociar a dívida quando já receberam a maioria do pagamento. “É o caso do Conselho Europeu que que diz estar disponível para renogociar a dívida portuguesa em 2013″, afirmou.
Boaventura Sousa Santos salientou ainda que o dinheiro que vier a ser libertado com a suspensão da dívida pode ser investido.
Creio que ele tem toda a razão. Mas onde ele tem mais razão é na parte que ele não diz mas que fica subentendida.
ResponderEliminarNa verdade, o processo de retirar moeda de circulação, que é o que na verdade está a acontecer, é algo perigoso até para o próprio sistema financeiro internacional. Quando a Grécia afirma querer sair do Euro, logo os "peritos" vem dizer aflitos de que " não, não pode ser, isso seria uma desgraça para a Grécia... a desvalorização do Dracma, o aumento exponencial da inflação, etc.
O que eles temem de verdade não é isso, mas sim o que está inerente à saída dum país num contexto complexo de paises com moeda única. O facto dela deixar de circular num dos países implica de imediato uma desvalorização dessa moeda, quer pelo excedente imediato de moeda derivada da implosão do espaço de circulação, quer pela descredibilização internacional: A moeda é expressão, imagem e um símbolo, tanto mais poderoso quanto mais abragente for. Uma moeda é forte não porque alguns são fortes mas porque todos são mais fortes ao te-la como elemento comum. Ora quando assistimos ao depredar sucessivo dos países da união europeia, um após o outro, sem que aparentemente os detentores da moeda única tomem as medidas necessárias à defesa do rebanho,. rabos para dentro, cornos para fora, o que podemos esperar? O sentimento que se tem é algo parecido à história do cavalo de Tróia. Os países fortes, em vez de apoiarem os fracos e fazer da união força, parecem estar do lado dos lobos. Ainda ninguém conseguiu meter nas cabeças tontas de que se a moeda única falir, perdem dezenas de vezes mais que a eventual perda de valor da moeda se a Europa acudisse ás dividas dos paises que compõem a união europeia. Pagar, e depois de pago está pago. Metam as agencias de rating no fundo das costas besuntadas de manteiga...
A questão com os países em dificuldades seria depois resolvida como assunto interno do espaço comum, a tal....união europeia...
Faz disto um post, carais!
ResponderEliminarAndo com pouco vagar, a par de ver se faço dinheiro, cobrar de gajos esquecidos de pagar, ando muito embrenhado a investigar o tema do nosso trabalho, o coiso das caldas entendes?
ResponderEliminarmas assim que puder faço um postitozito e assim, (ou açim)
É o que me dá conviver com gajos ocupados...
ResponderEliminarTanto o Boaventura Sousa Santos grita que o rei vai nu, que ainda um dia destes tem algum problema por acusação de tarado sexual... É que «eles» pegam muito por aí (salvo seja!) para dar cabo de uma reputação...
ResponderEliminarCharlie, amigo, eu cá estou, de novo, contigo.
ResponderEliminarDe qualquer modo, o plantio de umas couvitas, como sempre tenho advogado, é um factor importante, ainda que colateral, para ajudar a combater crises, internamente.
Isto de sermos só turismo e Auto-Europa é muito lindo, mas é uma grande treta, em termos de sustentabilidade e independência nacional.
Por essas e por outras é que eu prefiro sempre pepinos, tomates ou grelos de origem portuguesa. Por vezes, a dificuldade está em encontrá-los nos grandes meios urbanos...
Encontrar, encontras. Têm é bactérias...
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