A entrevista, vi-a em directo numa das televisões nacionais.
O vídeo, publicou-o uma amiga no Livro das Caras.
E eu não resisto a reproduzi-lo aqui, esperando que tenham pachorra para clicar no play e ouvir o que eles têm para dizer.
Porque estes senhores serão, à primeira vista, apenas uns grandes chalaceiros.
Mas basta um segundo olhar e um ouvido moderadamente atento para perceber que, por baixo dos figurinos à PREC e dos penteados esquisitos, há coisas para dizer, cérebros que não páram e uma inteligência invulgar.
Mais: estes senhores não só não estão a ridicularizar a imagem de Portugal, como temeram os espíritos mais bacocos, como estão a engrandecê-lo. Com eles, talvez o resto da Europa fique iludida, a pensar que representam um povo que sabe o que quer, que luta por aquilo em que acredita e que, finalmente!, substituiu os queixumes pelo humor.
Da minha parte, só aplausos.
ResponderEliminarComo escreveu um dia o falecido António Paulouro, fundador do «Jornal do Fundão», "(...) cultivar alegria, até entre as ruínas que inevitavelmente vamos sendo. Rir. De nós mesmos em primeiro lugar. Do que é risível, também. O riso, antídoto contra medos e rancores, é um bom, saudável, leal companheiro".
Malta criativa! Excelente entrevista! Apreciei especialmente o modelo! (E adoro o guarda-roupa!)
ResponderEliminarSe calhar não somos uma ruína tão grande como às vezes parece....
http://www.youtube.com/watch?v=XXw5fMIYGqg&feature=player_embedded
... mas o fatalismo também faz parte! E o fado... e tal...
São - É TÂO isso... :)
ResponderEliminarLibélula - Não somos ruína. não senhora, concordo plenamente (esse vídeo está por todo o lado, no FB, hoje!); e que venha o fado, desde que percebamos que somos nós quem o canta e que o ritmo é nosso. Ou deveria ser... :)
Como já tive oportunidade de referir antes, eles também colhem o meu voto e exactamente pelas razões todas que vocês têm invocadas. Sem endeusamentos, claro. Mas com a convicção no momento que passa
ResponderEliminarE tanto quanto se vai sabendo esse ritmo nosso, como diz a Ana, está a colher o espanto embasbacado da Europa.
Contrariamente a algumas considerações apriorísticas e por demais apressadas, pós-vitória no Festival, eu creio bem que eles darão uma excelente imagem de Portugal.
Parece que o Viriato sempre deixou alguma descendência.
E rindo de si mesmos, que é uma forma superior de um povo mostrar a sua dignidade.
Por mais que isso custe a quem ache que seriedade é não rir.
ResponderEliminarÉ...os Homens da Luta, são mesmo os Simpsons à Portuguesa.
ResponderEliminarA dizer coisas aparentemente estúpidas mostram de repente como é estúpido a alguém de Direita pretender-se superior pelo culto da personalidade e do seu estrato.
Mergulhando na sua piscina em condomínio privado, ve-se de repente reduzido - pela inteligência da palavra- ao esgravatador suino em plena actividade foçangeira na sua poçilga, satisfeito pelos proveitos obtidos quase sempre a custo da porcaria e lágrimas alheias...
Quando os comparo aos Simpsons, julgo estar a comparar por defeito: Os Simpsons são o estereótipo mais simples. Beer and a giant Tv, and no such a thing as brains.
Os próprios Red Necks da Pensilvânia ficam a anos luz dos nossos Manueis Falcões, de trás das bouças, a quem os lobos temem enquanto eles só são tementes a Deus.
Os Homens da Luta são quiçá o que todos esperávamos para reduzir a crise ao que é: um monstro quase virtual que nos quer devorar a sério. " Mas a gente, Camaradas, pá, nã deixa, Ora bom! Vamos à luta, camaradas"
E de repente, dou por mim a ver no burgo onde resido, certos figurões a chamar camaradas aos seus pares, quando vinte anos antes fugiam dela como o diabo da cruz. A palavra perdeu o estigma e mostra como nascemos todos nús e feitos da terra para onde regressamos, por mais que em vida já se fuce de trombas enfiadas nela...
Camaradas na vida e depois desta, é o que somos todos, camaradas... uns bons, outros a caminho da reciclagem por defeito de fabrico...
Isto é um pouco como as câmaras de ar. No caso, camaradas de ar.
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